domingo, 8 de junho de 2014

A POLÍTICA COMO ELA É... MESMO QUE VOCÊ NÃO QUEIRA DESTA FORMA,... MUDANÇAS VIRÃO,... A DEMOCRACIA PREVALECERÁ À QUALQUER CUSTO:

MINAS

8 DE JUNHO DE 2014
PARA ELES,
SEU VOTO BASTA,
E SUA PARTICIPAÇÃO
NÃO É BEM VINDA
O horror que a idéia de mais participação causa na parcela da mídia alinhada à agenda de oposição não é surpreendente. Afinal, a democracia em nosso país tem-se construído 
apesar dessa gente, não com ela



CARLOS ODAS


Uma das colunas que mais presta serviço a causas obscurantistas no Brasil celebrava, esta semana, o fato de que dez partidos aliaram-se no Congresso Nacional contra o Decreto 8.243, que cria a Política Nacional de Participação Social e o Sistema Nacional de Participação Social.
Participação popular, para os brutos, deve reduzir-se ao voto em urna. E pronto. O restante da atividade política é atribuição dos poderes constituídos, segundo eles. É a mesma gente que concebe o Judiciário como uma espécie de poder “moderador” dos demais poderes da República, coisa que jamais foi seu papel; o fazem, decerto, por ser esse o único poder que não é constituído por sufrágio universal. Confiam pouco no voto popular e na participação social. 
O horror que a idéia de mais participação causa na parcela da mídia alinhada à agenda de oposição não é surpreendente. Afinal, a democracia em nosso país tem-se construído apesar dessa gente, não com ela. O que considero, mesmo, surreal é partidos políticos se declararem e atuarem contra a participação popular e depois pedirem votos ao povo que alegam não ter legitimidade para monitorar, avaliar e promover o controle social das políticas públicas.
É como dizer, claramente, que a legitimidade da cidadania se encerra e se resume no ato de votar – em eleições para eleger representantes nos governos e no Congresso, que fique claro.
Os dez partidos são DEM, PPS, PSDB, PR, PRB, SDD, PV, PSD, PROS e PSB. O caso mais notório, não há como deixar de reconhecer, é o do Partido Socialista Brasileiro, o PSB de Eduardo Campos e Marina Silva. Há pouco se gerou um debate, que em minha opinião era tolo, em torno do fato de que alguma liderança do partido sugeriu retirar do manifesto de fundação, um documento histórico, as referências mais claras ao marxismo enquanto horizonte estratégico – como a socialização dos meios de produção, por exemplo.
Com a atual postura, o PSB já não precisa mexer em seu manifesto porque ele já não tem significado algum. É espantoso que forças políticas que pretenderam dar ares de “primavera brasileira” às manifestações de junho de 2013, inclusive conclamando a população a manifestar-se com o mesmo ímpeto durante a Copa do Mundo e que, ademais, auto proclamam-se a “nova política”, aliem-se ao conservadorismo para manter o modelo de política velho, oxidado e autorreferente contra o qual se mobilizaram milhões de cidadãos, sobretudo os jovens.
Há que se reconhecer que esta, como muitas outras, são batalhas que o Governo Federal – e o PT – postergaram, sabe-se lá os motivos, para momentos mais que inoportunos; não basta mencionar a boa e velha cantilena da correlação de forças na sociedade.
A esperar por essa condição ideal na chamada correlação de forças, damos por fato a idéia de que mudanças dependem, fundamentalmente, de quem é contra elas. Batalhas podem ser pedidas ou ganhas, mas a correlação de forças só muda com discussão de idéias. E é redundante reconhecer aqui a miséria do debate político no Brasil; qual idéia, grande ou pequena, para o país está em debate hoje? Sou por demais pessimista ao não conseguir enxergar nenhuma?
O fato é que a imaginação dos nossos companheiros – sou filiado ao PT – limitou-se à elevação do tema da inclusão social e econômica à condição de estratégia de desenvolvimento, mas sem apontar, no entanto, qual sociedade queremos construir e sob quais valores. E agora temos de discutir mobilidade nas cidades que ajudamos a inundar de carros, por exemplo.
O problema não é da péssima qualidade da política de comunicação dos governos petistas, como comumente se diz, frente a uma mídia corporativista, oligárquica e com agenda própria; a questão é que não fomos capazes, até aqui, de trabalhar verdadeiramente a construção de significados em torno de pautas como essa da participação social. Na temática da qual me sinto mais apropriado, a juventude, não construímos uma só idéia marcante para as novas gerações. Nenhuma.
Mesmo a alegação, verdadeira, de que a Política Nacional de Participação Social como instituída no Decreto é fruto de uma construção, ela própria, resultado de amplos processos participativos e que, metodologicamente, leva-se tempo para a máxima concertação dos pontos estruturantes, eu considero que ainda não justifica a tão pouca incidência desse debate.
A Copa do Mundo é um exemplo; tivemos sete anos para promover processos que dessem o devido significado à realização do maior evento comercial do mundo em nosso país, mas não o fizemos, a ponto de hoje termos de justificar diuturnamente sua realização.
À parte esse contexto difícil, o Decreto 8.243 é o marco institucional cujo teor mais dialoga com as manifestações de junho de 2013; muito mais, aliás, que as pautas conservadoras com que o Congresso Nacional buscou responder mais à mídia que aos manifestantes.
Agora, é necessário enfrentar a argumentação dos que querem que a atividade política permaneça sendo um privilégio oligárquico ou de classe social. Para definir campo nesse debate, acho que a pergunta que cabe é: você daria seu voto a quem não quer que sua participação tenha validade institucional?
Eu não.
O figurino de Justo Veríssimo é o ideal para os políticos que são contrários a instrumentos de participação social. Para quem não se lembra, é a criação do genial Chico Anísio como arquétipo do político paroquial e corrupto. Uma de suas citações caberia bem a quem quer derrotar a proposta da Política Nacional de Participação Social.
Do povo, diria Justo Veríssimo, eles querem duas coisas:
o voto e distância.
MINAS

DILMA:

"DAREMOS EXEMPLO 

DE ALEGRIA E CIVILIDADE"

Na capital mineira, neste domingo (8), onde inaugurou o Centro de Operações da Prefeitura de Belo Horizonte (Cop) que concentrará as ações estratégicas de trânsito e segurança durante a Copa, a presidente Dilma Rousseff (PT) voltou a pedir aos brasileiros, que recebam bem os turistas que virão ao país durante o Mundial de Futebol; "Nós vamos mostrar o exemplo de alegria, de força e de civilidade do Brasil. Sempre fomos muito bem recebidos. Tenho certeza que o turista vai levar no seu coração, essa recepção calorosa, humana, respeitosa que os mineiros e os belo horizontinos são capazes de dar", disse; "Tenho certeza também que a Copa vai ser uma festa, e é fundamental que a maioria da população brasileira tenha o direito de usufruir dessa grande festa", afirmou

247 - A presidente Dilma Rousseff voltou a pedir, em Belo Horizonte, neste domingo (8), aos brasileiros, que recebam bem os turistas que virão ao país durante a Copa do Mundo. Na capital mineira, ela inaugurou o Centro de Operações da Prefeitura de Belo Horizonte (Cop), onde ficarão concentradas as ações estratégicas de trânsito e segurança durante a Copa, e entregou 19 ambulâncias para expansão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na cidade.
"Nós vamos mostrar o exemplo de alegria, de força e de civilidade do Brasil. Sempre fomos muito bem recebidos. Tenho certeza que o turista vai levar aqui de Belo Horizonte, no seu coração, essa recepção calorosa, humana, respeitosa que os mineiros e os belo horizontinos são capazes de dar", disse. A presidente disse ainda que a Copa será uma "festa". "Tenho certeza também que a Copa vai ser uma festa, e é fundamental que as pessoas, que a maioria da população brasileira tenha o direito de usufruir dessa grande festa que começa nesta semana, na quinta-feira", afirmou.
Antes da cerimônia de inauguração, a presidente visitou a Estação de Transferência Mineirão, uma linhas do sistema BRT/Move, entre as avenidas Antônio Carlos e Abraão Caram, na Pampulha. O BRT de BH recebeu R$ 730 47 milhões, sendo R$ 382,30 milhões de financiamento federal por meio do Programa Pró-Transporte
"A Copa tem o papel de acelerar as obras, mas elas não foram feitas para uso exclusivo no Mundial. Quando o turista for embora ele não vai levar nenhuma das obras, isso vai ficar de legado para a população", disse. Essa foi a oitava viagem da presidente Dilma a Minas neste ano, base eleitoral do senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB ao Planalto. É o mesmo número de viagens que a presidente fez ao Estado durante todo o ano passado.
A presidente aproveitou para mais uma vez criticar a oposição, sem citar nomes. Ela disse que os governos do PT estão investindo em mobilidade no país, o que não tinha sido feito nas décadas de 1980 e 1990 pelo governo federal. Ela também aproveitou para, mais uma vez, dizer que o governo federal tem recursos disponibilizados para investir no metrô de BH e cobrar os projetos do governo estadual, que faz oposição a ela.