sexta-feira, 6 de junho de 2014

O BEIJO DA MORTE DE “FHC” E OS INVESTIMENTOS FEDERAIS EM MINAS GERAIS...

MINAS
6 DE JUNHO DE 2014

DATAFOLHA

E O BEIJO DA MORTE

DE FHC
Simplesmente porque 57% dizem que não votam de jeito nenhum 
em um candidato apoiado por FHC. 
E, pela quarta vez desde 2002, FHC terá que ser escondido do eleitorado.








EDUARDO GUIMARÃES


Mesmo concedendo o benefício da dúvida à pesquisa Datafolha – ou seja, que a boa e velha “margem de erro” não foi usada para corroborar as preferências do jornal que a divulgou –, pode-se dizer que a Folha de São Paulo, que controla o instituto, manipulou ao menos as manchetes sobre os números da disputa pela Presidência da República.
Diz a manchetona de primeira página:
“Dilma mantém tendência de queda; rivais não sobem”.
Ora, basta ler a reportagem sobre a pesquisa que se descobre que a manchete é inexata. 
O correto seria dizer que Dilma, Aécio e Campos caem e indecisos sobem.
Segundo o Datafolha, Dilma Rousseff caiu de 37% para 34%, Aécio Neves caiu de 20% para 19% e Eduardo Campos caiu de 11% para 7%, enquanto que o pastor Everaldo subiu para 4%.
A manipulação ao relatar os dados captados pela pesquisa não para por aí e a manchete distorcida nem é a maior das manipulações. Antes de abordar esse ponto, porém, vale comentar o que escreveu em sua coluna na mesma Folha Eliane Cantanhêde, casada com um marqueteiro do PSDB e que parece acreditar no que diz.
Ultimamente, a colunista vem reclamando de que Dilma tem muito espaço concedido pelo cargo e que por conta disso a pesquisa é pior para “quem disputa a reeleição”.

Diz ela que “Mesmo com todos os seus instrumentos à mão, mesmo com todas as entrevistas, mesmo com a maior coligação partidária do planeta, Dilma continua perdendo pontos”.

A colunista parece achar pouco que todos os grandes impérios de mídia do país batam no governo e em sua titular todo santo dia, enquanto poupam seus adversários. Mas, enfim, o autoengano é quase um direito humano…
Mas o maior escândalo na forma como a Folha noticiou o que seu instituto de pesquisas apurou não é a manchetona mentirosa que diz que Dilma caiu e que os adversários “não sobem”, mas um dado altamente relevante da pesquisa e que ficou muito bem escondidinho em uma das três matérias do jornal que tratam do assunto.
Uma dessas três matérias foi publicada sob o título “Joaquim Barbosa é o segundo voto mais influente da eleição” – o primeiro voto mais influente é de ninguém mais, ninguém menos do que dele, Lula, é claro.
O que a matéria diz de altamente relevante não está aí, mas na influência que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem sobre o eleitorado. Lá no finzinho da matéria, bem escondidinha, consta a informação espantosa que a personalidade com menos influência positiva e mais influência negativa na decisão de voto do eleitor é ele mesmo, FHC.
É um terremoto, essa notícia. Simplesmente porque 57% dizem que não votam de jeito nenhum em um candidato apoiado por FHC. Ou seja, os planos largamente anunciados por Aécio de incluir o ex-presidente em sua campanha, resgatando seu “legado”, foram para o ralo. E, pela quarta vez desde 2002, FHC terá que ser escondido do eleitorado.
Afinal, 57% é a maioria do eleitorado e, se não votam em quem é apoiado por FHC e se este apoia Aécio, em teoria a candidatura tucana está inviabilizada.
E mesmo para esconder FHC haverá que combinar com os russos. Não basta Aécio escondê-lo se os seus adversários o trouxerem à luz, lembrando ainda mais aos brasileiros daquele período que faz com que o eleitor nem queira ouvir falar do ex-presidente tucano, de triste memória.
E, como se sabe, mais uma vez o PT irá pendurar FHC no pescoço de um candidato do PSDB.
Há, ainda, a questão da rejeição de Dilma, que subiu para 35% enquanto que as de Aécio e Campos caíram para 29%. É óbvio que isso teria que acontecer porque eles pouco aparecem na mídia, enquanto que Dilma só aparece apanhando. Vamos ver o que acontecerá quando o eleitor for informado de que Aécio é o candidato de FHC…
Aliás, vale lembrar que a rejeição de Lula é de míseros 17%, ou seja, enquanto que o ex-presidente terá influência positiva na campanha de Dilma, o patrono de Aécio terá influência sobre seu desempenho que pode ser considerada fatal.
Fora isso tudo ainda há muito a comentar sobre a pesquisa Datafolha recém-divulgada, mas serão outras histórias que a ser contadas ao longo dos próximos dias, inclusive à luz de outras pesquisas, como uma privada do Vox Populi que mostra números substancialmente diferentes e que ainda virá à luz.
MINAS
4 DE JUNHO DE 2014

EM MG,

OBRAS FEDERAIS NAS ESTRADAS

SOMAM R$ 3,1 BIlhões

Embora detenha sob sua responsabilidade menos de 3% da malha rodoviária mineira, a União, nos dois governos Lula e na gestão de Dilma vem tocando as principais obras de aumento da capacidade e melhoramento das estradas no Estado; desde 2003, foram iniciados oito grandes empreendimentos, somando aproximadamente R$ 2 bilhões em verbas federais; 
de 2011 a 2014, no âmbito do Pac2, estão sendo investidos em 11 obras em andamento 
mais R$ 1,1 bilhão


Embora detenha sob sua responsabilidade menos de 3% da malha rodoviária mineira, a União, nos dois governos Lula e na gestão de Dilma Rousseff vem tocando as principais obras de aumento da capacidade e melhoramento das estradas no Estado. Foram iniciadas e concluídas de 2003 para cá oito grandes empreendimentos, somando aproximadamente R$ 2 bilhões em verbas federais, sem contar a conclusão no primeiro governo Lula da duplicação da rodovia Fernão Dias (BR-381 – BH-São Paulo), que se arrastava desde 1993, no governo Itamar Franco.

De 2011 a 2014, no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (Pac2), estão sendo investidos em 11 obras em andamento mais R$ 1,1 bilhão. Essa conta não inclui a duplicação da BR-381, recentemente começada, que vai receber um total estimado de R$ 2,5 bilhões em verbas do Orçamento da União.
A malha rodoviária de Minas é a maior do Brasil.
Soma 269.546 quilômetros de estradas, o que corresponde a 16% da extensão total de vias existentes no país. No Estado, são 7.689 quilômetros de rodovias federais, 23.663 quilômetros de estradas estaduais e 238.191 quilômetros de vias municipais.
Apesar de ter sob sua responsabilidade o triplo de quilômetros de estradas, o governo mineiro não consegue fazer deslanchar um programa de obras expressivo. Lançado em 2010 junto com a candidatura de Antonio Anastasia (PSDB) à sucessão do hoje presidenciável tucano Aécio Neves, o programa Caminhos de Minas só conseguiu pavimentar até agora 41 quilômetros dos mais de 8 mil quilômetros prometidos, embora a maioria das obras seja de estradas vicinais, de baixa complexidade de execução e de características modestas.
A lista de obras federais concluídas e em execução a partir de 2003:

Concluídas:

- Duplicação BR-050 – Delta-Uberaba-Uberlândia
140 km
R$ 400 milhões

- Duplicação BR-050 – Araguari-Uberlândia
R$ 157,39 milhões
- Duplicação da BR-040 – Sete Lagoas – Trevo de Curvelo
47,5 km
R$ 298,8 milhões
- Duplicação da BR-153 – Araporã – Monte Alegre de Minas
58 km
R$ 142,4 milhões
- Recuperação e implantação de terceira faixa na BR-153 – Monte Alegre de Minas ao entroncamento com a BR-262 – Prata-Comendador Gomes-Campo Florido
89,7 km
R$ 143,87 milhões
- Duplicação da BR-262 – Betim – Nova Serrana
83,1 km
R$ 465,3 milhões
- Implantação e pavimentação da BR-265 – Ilicínea – São Sebastião do Paraíso
136 km
R$ 245 milhões
- Implantação e pavimentação da BR-364 – Santa Vitória – Acesso a Gurinhatã
83,6 km
R$ 138,5 milhões
TOTAL: R$ 1,99 bilhão


Não inclui a conclusão da duplicação da Fernão Dias (BR-381 – BH-Divisa SP no começo do primeiro governo Lula (2003-2004)


PAC2


- Duplicação da BR-365 - Trevão de Monte Alegre de Minas – Uberlândia
89,1 km
De 2011 a 2014 – R$ 256,25 milhões
Após 2014 – R$ 30,59 milhões

- Duplicação – BR-050 – Araguari-Divisa MG-GO
40 km
De 2011 a 2014 – R$ 187,57 milhões
- Recuperação e melhorias – BR-135 – Montes Claros-Entroncamento com a BR-040
300 km
De 2011 a 2014 – R$ 120 milhões
- Pavimentação – BR-135 – Itacarambi – Divisa MG-BA
De 2011 a 2014 – R$ 149,56 milhões
137 km
Após 2014 – R$ 55,02 milhões
- Travessia urbana de Unaí – BR-251
De 2011 a 2014 – R$ 15,13 milhões
- Adequação da travessia urbana de Nova Serrana – BR-262
De 2011 a 2014 – R$ 76,48 milhões
- Adequação da travessia urbana de Uberaba – BR-262
De 2011 a 2014 – R$ 35,85 milhões
- Pavimentação da BR-265 – Alpinópolis-Jacuí
De 2011 a 2014 – R$ 26,96 milhões
50 km
Após 2014 – R$ 5,75 milhões
- Construção da BR-364 – Entre o entroncamento da BR-153 – Comendador Gomes-Campina Verde-Acesso a Gurinhatã
122 km
De 2011 a 2014 – R$ 105 milhões
- Adequação da travessia urbana de Juiz de Fora – BR-440
De 2011 a 2014 – R$ 46,25 milhões
SUBTOTAL: R$ 1,082 bilhão

- Duplicação da BR-381 – Belo Horizonte – Governador Valadares
Obra recém-iniciada no valor total estimado de R$ 2,5 bilhões