sexta-feira, 15 de agosto de 2014

ENTENDA AS QUESTÕES REFERENTES À PETROBRÁS... A OPOSIÇÃO DA PRIVATARIA NÃO SE CONFORMA EM NÃO PODER PRIVATIZA-LA...

14/08/2014
PEC PROÍBE VENDA DO CONTROLE ACIONÁRIO DA PETROBRAS ATÉ 2050

Aguarda designação de relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 15/2014, que proíbe a venda do controle acionário da Petrobras pelo governo brasileiro até 31 de dezembro de 2050.

Atualmente, duas comissões parlamentares de inquérito (CPIs) – uma exclusiva do Senado e uma mista – investigam a Petrobras em razão de supostas irregularidades em negócios como a aquisição da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

De autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e subscrita por outros senadores, a PEC 15/2014 acrescenta ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) dispositivo para vedar a alienação, pela União, do controle acionário da Petrobras até 2050. A estatal é hoje uma sociedade anônima de capital aberto, cujo acionista majoritário é o governo brasileiro.

Em 60 anos de existência, observa Vanessa, a Petrobras mantém uma trajetória de conquistas internacionalmente reconhecidas no desenvolvimento e aplicação de tecnologias para a produção de petróleo em águas profundas. 

Para ela, é difícil acreditar que todos esses resultados tivessem sido alcançados se a exploração de petróleo no Brasil fosse inteiramente entregue à iniciativa privada.

Vanessa considera também a possibilidade de usar as compras feitas pela Petrobras como instrumento de política industrial, o que não seria possível caso ela fosse orientada exclusivamente pelo lucro. 

Do mesmo modo, não haveria incentivo para a atuação social e cultural atualmente praticada pela Petrobras, sem falar no elevado montante de recursos transferidos aos entes federados, utilizados no financiamento da oferta de serviços públicos, como saúde e educação.

Vanessa Grazziotin observa ainda que o Plano de Negócios e Gestão da Petrobras prevê investimentos de US$ 220,6 bilhões para o período 2014-2018, o equivalente atualmente a quase R$ 500 bilhões. 

Em 2013, foram pagos R$ 74,7 bilhões em tributos e R$ 31,3 bilhões em royalties e participações especiais. Naquele ano, as receitas foram de R$ 304,9 bilhões. Os investimentos totalizaram R$ 104,4 bilhões.

A senadora ressalta que a mais de R$ 2 bilhões são investidos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) anualmente pela Petrobras, visando a ampliação das reservas, a extração e o refino com mais eficiência, o aprimoramento da logística de distribuição, a diversificação das fontes energéticas e a maior sustentabilidade, entre outros.

Na justificativa da proposta, Vanessa cita outros números da Petrobras: produção de 2,5 milhões de barris diários de óleo e 2,1 milhões de barris diários de derivados; reservas provadas de 16,6 bilhões de barris de óleo; 135 plataformas, sendo 55 flutuantes; 15 refinarias; 19 termoelétricas movidas a gás natural; uso de 237 navios, sendo 60 da própria Petrobras; 31,3 mil quilômetros de dutos; presença em 25 países; 86,1 mil empregados e 573,2 mil acionistas.



24/05/2014

VICENTINHO:
“AÉCIO JÁ SINALIZOU.
VAI PRIVATIZAR A PETROBRAS
E DISSE QUE O MÍNIMO
ESTÁ ALTO

O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), em entrevista publicada no último dia 22 de maio pelo site ABCD Maior, faz uma avaliação da conjuntura nacional, do cenário para as eleições presidenciais deste ano e alerta: “A oposição, por falta de propostas cria mentiras para descontruir o governo do PT e aliados e para criar um ambiente para privatizar a Petrobras”.  

O líder enfatiza que o candidato tucano, senador Aécio Neves, já afirmou publicamente que se ganhar a eleição, mudará o sistema da Petrobras. Passará de concessão para o sistema de partilha, “o que é, na prática, uma privatização”. Leia a seguir a íntegra da entrevista do líder. 

PSDB ABANDONOU O POVO, DIZ VICENTINHO

Com todos os olhos voltados para as eleições e apoiados pelo capital internacional, a oposição, diante da ausência de propostas e discurso, cria mentiras para desconstruir o governo e privatizar a Petrobras. 

Essa é a avaliação do líder da bancada petista na Câmara dos Deputados, Vicente Paulo da Silva (PT-SP), o Vicentinho, em entrevista realizada na redação do ABCD MAIOR. Ainda de acordo com o parlamentar, parte da população não percebe que se beneficiou das políticas de desenvolvimento social e econômico dos governos Lula e Dilma. “A elite não tirou ninguém da miséria”, ressalta o parlamentar. 

ABCD Maior- O ex-ministro Armínio Fraga (PSDB) e hoje assessor do pré-candidato à presidente da República, Aécio Neves (PSDB), declarou que o salário mínimo está alto no País.

Para o senhor, é perigoso falar em retrocesso na política de valorização do salário mínimo?

Vicente Paulo da Silva – A gente sabe que eles (PSDB) têm a concepção de abandonar o povo brasileiro e fazer privatizações gravíssimas. O Aécio, inclusive, já se manifestou que se ganhar a eleição, mudará o sistema da Petrobras. Passará de concessão para o sistema de partilha, o que é, na prática, uma privatização. Inclusive essa historia de CPI da Petrobras tem muita coisa por traz. A eleição é uma delas, mas a mais grave é o interesse econômico das multinacionais. A pressão feita pelas multinacionais foi muito grande para que o pré-sal fosse delas. Elas querem desconstruir a maior empresa pública, o que é um orgulho para o povo brasileiro, para depois comprá-la.

Então a questão da Petrobras é mais política do que econômica?

A ideia da oposição é que a Petrobras seja gerenciada por grupos econômicos. Eles (a oposição) não dizem isso, mas a prática mostra isso. É uma irresponsabilidade o que estão fazendo. A presidente (da Petrobras) Maria das Graças Foster e os dirigentes da Petrobras foram à Câmara e responderam todas as perguntas e sanaram todas as dúvidas e denúncias. Outra coisa: o salário mínimo não é responsável pela inflação. A valorização do salário mínimo foi abandonada pelos governos anteriores, em especial pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Quando Lula ganhou as eleições (em 2002), o salário mínimo era equivalente a 70 dólares e hoje equivale e 340 dólares. E foi o salário mínimo e as políticas afirmativas e de negociações de capital e trabalho que garantiram que a crise internacional não afetasse o Brasil. A vida do povo melhorou. Isso é fato. Não digo que está tudo resolvido, mas não tem como não reconhecer que o Brasil mudou para muito melhor.

O senhor acredita que a população que evolui socialmente e economicamente durante as gestões de Lula e Dilma reconhecerão isso na hora do voto?

Acho que a população como um todo vai reconhecer. Não é a toa que Dilma foi eleita em 2010 e está em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. A nossa luta é para que Dilma vença as eleições no primeiro turno. Mas acho que a maioria compreende e alguns outros não sabem que essa mudança vem das políticas adotadas pelo PT. Muitos que se tornaram classe média não percebem que foi em função de uma política de crescimento econômico adotada pelo PT. Os empresários também ganharam muito, mas eles não têm ideologia. A ideologia do empresário é o lucro. E a elite do Brasil tem uma grande inveja do jeito do PT governar. A elite não tirou ninguém da miséria.

O senhor considera que atualmente a bancada governista em Brasília está unida?

Já tivemos em situação pior, mas existe certa instabilidade. Dependendo da votação, alguns partidos acabam angariando. Alguns querem cargos. Mas uma coisa é certa: quando a base está divida, nos perdemos. Mas estamos caminhando. A Dilma está bem representada na Câmara. O ministro Ricardo Berzoini é extraordinário.

E a relação com a oposição…

No ponto de vista do respeito, não está difícil. Mas a relação política está difícil. A oposição cria mentiras e inventa muita coisa. A questão da Petrobras (CPI da Petrobras), por exemplo, tem mais fumaça do que denúncia concreta. Se o caso é Pasadena (empresa comprada em 2006 pela Petrobras e que gerou denúncias de compra superfaturada) está resolvido. Se dependêssemos da grande mídia, o Lula nunca seria eleito e estaria nas fabricas em São Bernardo ainda. Mas o povo tem percebido e julgado positivamente o nosso governo. Hoje o maior partido de oposição é a grande mídia.

Como líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados, qual sua avaliação sobre a relação parlamentar com a presidente Dilma Rousseff (PT)?

Primeiramente, quero lembrar que tivemos poucos líderes operários da bancada. O ex-deputado federal Djalma Bom foi o líder em 1985 (na época a bancada era de oito deputados), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 1989, quando era deputado federal. Também quero ressaltar que tenho muita honra de ser o primeiro negro a assumir a liderança de uma bancada. Sou o primeiro deputado a chegar e o último a sair da Casa. Tenho reuniões semanais e, dependendo do caso, são encontros a cada dois dias com o ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini. A nomeação dele de uma ótima dinâmica aos nossos trabalhos e na relação com o governo.

A aprovação do Marco Civil da Internet foi um importante passo no Congresso e uma vitória do governo Dilma. O senhor acredita que neste ano, de eleição, está mais fácil para o governo aprovar os projetos?

A aprovação do Marco Civil da Internet foi um marco não só para o Congresso, mas para o País. O Brasil é o primeiro a definir o Marco Civil da Internet. O projeto virou referência mundial. Mas nós também aprovamos outras importantes propostas neste período. Falarei de algumas, em especiais nas que me evolvi, como por exemplo, a luta dos 30% da periculosidade para os vigilantes, que hoje é uma realidade. Sou presidente da Frente Parlamentar Pró-Guarda Civil, e agora acabei de criar a Frente Parlamentar pela Segurança e Saúde no Trabalho. Pouco se divulga, mas ainda morre mais de 3 mil pessoas em acidentes do trabalho. Além da lei em defesa das empregadas doméstica. O governo tem sido protagonista em muitos debates importantes, mas temos muitos outros desejos. Estamos trabalhando e esperando pelo fim do fator previdenciário, pelas 40 horas semanais, projeto do qual sou relator. Mas apesar do carnaval que a oposição tem feito neste ano de eleição temos conseguido avançar. Quando a base aliada está unida conseguimos avançar e fazer importantes debates e mudanças.



07/03/2014

CHORA FHC:
PETROBRAS SUPERA AS MAIORES EMPRESAS DE PETRÓLEO DO MUNDO
Balanços das gigantes do petróleo revelam uma verdade inconveniente para os que apostam na derrocada da Petrobras: a estatal brasileira supera seus concorrentes em vários quesitos, como aumento da produção, dos investimentos e até do lucro, tanto no último ano, como numa análise que retrocede a 2006; diante dos dados econômico-financeiros, fica claro que a estatal, comandada por Graça Foster, está sendo submetida a um ataque especulativo por forças que gostariam que o Brasil adotasse um outro modelo para a gestão de suas reservas do pré-sal, menos nacionalista e mais parecido com o mexicano.
Dias atrás, numa conversa reservada, o chefe de um grande banco de investimentos no Brasil fez uma inconfidência. Afirmou que, se pudesse, investiria todo o seu patrimônio pessoal em ações da Petrobras, estatal brasileira que vem sendo castigada pelo mercado financeiro desde o início do ano. Só não o faz porque, como responsável pela corretora de um banco, sofre restrições legais para investir diretamente em ações da companhia.

Pessoas desse tipo, com acesso a informações qualificadas, estão convencidas de que algo muito inusual ocorre hoje com a Petrobras.  Desde o início do ano, a ação da empresa comandada por Graça Foster recuou 26,7%, sem nenhuma razão objetiva.

Além disso, analistas do Brasil e de fora vêm alardeando a tese de que a empresa, sem novos reajustes nos preços dos combustíveis, poderia ter sua nota de risco rebaixada e ficaria impossibilidade de investir nos campos do pré-sal.

Mas será que é realmente isso o que mostram os números da empresa? Nada disso. A produção no pré-sal bate recordes sucessivos, acima de 415 mil barris/dia, e os indicadores econômico-financeiros também são positivos.

Uma comparação feita entre os balanços da Petrobras com quatro grandes rivais internacionais – Exxon Mobil, Shell, Chevron e BB – revela uma verdade inconveniente para muitos arautos do caos: a Petrobras, ao contrário do que dizem, ostenta números mais saudáveis do que suas rivais.

A começar pela última linha do balanço: a do lucro. De 2012 para 2013, a Petrobras avançou 1%, em dólar, enquanto Exxon caiu 27%, Shell recuou 35%, Chevron perdeu 18% e apenas a BP avançou impressionantes 113%.
A foto mais ampla, com dados de 2006 a 2013, também traz dados muito positivos para a Petrobras.

Entre as cinco, foi a única que expandiu sua produção (11%), enquanto as outras caíram ou ficaram no mesmo lugar: Exxon (-1%), Shell (-8%), Chevron (0%) e BP (-18%).

Outro ponto importante diz respeito aos investimentos. Das cinco, a Petrobras, de novo, foi a que mais cresceu, com um salto de 228%, contra 114% da Exxon, 85% da Shell e 152% da Chevron.

Ataque especulativo?

Diante dos dados, fica claro que a Petrobras, maior empresa brasileira, está sob ataque. Sim, um ataque especulativo, movido por forças que gostariam que o Brasil adotasse um novo modelo para a gestão das reservas do pré-sal – de preferência, seguindo a inspiração mexicana, onde a estatal Pemex aderiu a um regime de concessões aberto aos investidores externos.

No Brasil, desde a escolha do modelo de partilha, a empresa tem sido submetida a vários questionamentos. Recentemente, em editorial, o jornal Folha de S. Paulo defendeu um modelo mais mexicano e menos brasileiro. “A Petrobras não pode nem precisa se envolver em todos os blocos. O interesse nacional de produzir o máximo de petróleo no menor tempo possível – e de coletar impostos e royalties – será mais bem atendido se houver outros participantes na empreitada”, dizia o texto da Folha.

Antes, a mesma tese havia sido defendida pela revista Exame, da Editora Abril.

No entanto, uma ampla reportagem do jornal El Pais, publicada na semana passada, afirmou que a Petrobras está anos-luz à frente da mexicana Pemex. Os dados financeiros revelam que ela também não deve nada a gigantes como Shell, Exxon-Mobil, Chevron e BP.

Confira, abaixo, uma análise comparativa dos balanços da Petrobras com os de suas grandes concorrentes internacionais: