12
DE AGOSTO DE 2014
PML:
DESCULPAS DE ISRAEL
RIDICULARIZAM VIRA-LATAS
Quando o porta-voz da chancelaria israelense Yigal Palmor
classificou o Brasil como "anão diplomático", ganhou o inusitado
apoio de colunistas neoconservadores como Reinaldo Azevedo, Rodrigo Constantino
e Demétrio Magnoli; agora, depois que o presidente de Israel, Reuven Rivlin,
pediu desculpas ao Brasil e à presidente Dilma Rousseff pela grosseria, o
episódio revela como são ridículos os nossos vira-latas;
leia a análise de
Paulo Moreira Leite sobre o episódio
Para Paulo Moreira Leite,
diretor do 247 em Brasília, o episódio ridiculariza os nossos vira-latas. Leia
abaixo:
DESCULPAS
DE ISRAEL RIDICULARIZAM VIRA-LATAS BRASILEIROS
Depois que o próprio Reuven
Riulin, o novo presidente de Israel, telefonou para Dilma Rousseff para pedir
desculpas, não custa recordar a reação dos adversários do governo brasileiro,
que há duas semanas se alinharam com o porta-voz da chancelaria israelense que
definiu o Brasil como “anão diplomático.”
Em poucas horas o Brasil foi
inundado por vídeos, artigos e comentários de ar grave, palavras duras e
retórica pedante, de grande utilidade para encobrir uma postura típica de vira-latas.
Falou-se que era uma definição
com “incrível precisão” de nossa diplomacia. Mesmo quem admitiu que a postura
do governo brasileiro diante dos ataques do Exército Israelense a Gaza podia
estar certa, justificou o “anão diplomático” porque o Itamaraty carece “de
credibilidade mesmo quando faz declarações corretas.”
O telefonema de Riulin mostra
com precisão realmente incrível o ridículo dessa reação. Para azar de quem
levou o “anão diplomático” a sério, a atitude do presidente de Israel deixa
claro que era uma definição menor, de um funcionário sem qualificação para
emitir conceitos em nome do governo, alguma coisa que se poderia chamar de
“gafe” — o que torna ainda mais curioso que tenha sido aceita e divulgada com
tanta facilidade.
Riulin deixou claro pelo gesto
que o Brasil está longe de desempenhar um papel desprezível na diplomacia do
século XXI, para infelicidade daqueles que enxergam o mundo pelo olhar da
inferioridade e da submissão.
Continue lendo no blog de Paulo Moreira Leite
|