As principais construtoras do País são os
novos alvos da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, agora que Paulo Roberto
Costa as identificou como fomentadoras de um grande esquema de corrupção, em
sua delação premiada; a lista inclui pesos-pesados como Camargo Corrêa, Queiroz
Galvão, OAS e Odebrecht; recentemente, as empreiteiras formaram um pool e
contrataram o ex-ministro Marcio Thomaz Bastos para tentar evitar a delação de
Costa; não deu certo; no fim de semana, donos e executivos das construtoras
viajaram para não ser presos.
247 - Os principais empreiteiros do País serão os novos alvos da Polícia
Federal, na Operação Lava-Jato, agora que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da
Petrobras, os apontou como os principais fomentadores da corrupção no País.
A lista inclui gigantes como Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, OAS e
Odebrecht, entre outras grandes firmas de engenharia, que fizeram negócios com
o doleiro Alberto Youssef ou contrataram a MO Connsultoria, uma empresa que, segundo a
PF, era utilizada para distribuir propinas.
Neste fim de semana,
presidentes e executivos de construtoras chegaram a viajar, e alguns saíram do
País, temendo ser presos. A empresa que tem a maior ligação com Youssef é a Camargo Corrêa, comandada pelo herdeiro Luis Nascimento e presidida por Vitor Hallack.
Líder na construção da Refinaria Abreu e Lima, a Camargo tem como advogado o ex-ministro da Justiça, Marcio
Thomaz Bastos, que, recentemente, conseguiu anular uma outra operação da PF, a
Castelo de Areia.
Desta vez, ele foi acionado por
um pool de empreiteiras para tentar evitar a delação premiada de Paulo Roberto
Costa, mas não obteve êxito.
O ex-diretor da Petrobras
denunciou as construtoras e os políticos que seriam beneficiários do esquema de
propinas.
Conduzida pelo juiz paranaense Sergio Moro, um dos mais rigorosos
do País, a Lava-Jato pode desembocar num fato inédito:
a prisão de empreiteiros
às vésperas de uma eleição presidencial.
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