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18 DE NOVEMBRO DE 2014
PSDB TEM
NOVO
NOME NA JUSTIÇA:
"MAIS ALGUNS"
???????????
Ao
reportar o depoimento de Ildefonso Filho, presidente da empreiteira Queiroz
Galvão, à Justiça Federal, o jornal Estado de S. Paulo informa que a
construtora fez doações ao PT, PMDB, PP e "mais alguns"; embora
exista certo interesse em confinar o escândalo aos partidos da base aliada,
Ildefonso Filho foi quem negociou o pagamento de US$ 10 milhões ao
ex-presidente nacional do PSDB, Sergio Guerra, para que uma CPI sobre a
Petrobras fosse colocada em fogo brando; então, fica combinado: PSDB, a partir
de agora, se chama "mais alguns"; detalhe: o
empreiteiro não foi questionado sobre o pagamento a Sergio Guerra
247 - Uma reportagem do jornal Estado de S. Paulo sobre o depoimento de
Ildefonso Filho, presidente da Queiroz Galvão, à Justiça Federal, informa que a
construtora fez doações a "PT, PMDB, PP e mais alguns" (leia aqui).
"Mais alguns" é a nova nomenclatura para o principal
partido de oposição: o PSDB. Foi o mesmo executivo, Ildefonso Filho, quem,
segundo o doleiro Alberto Youssef, pagou uma propina de US$ 10 milhões a Sergio
Guerra, ex-presidente nacional do PSDB, para que uma CPI sobre a Petrobras
fosse colocada em fogo brando no Congresso Nacional (leia aqui reportagem do Diário do Poder a respeito).
Em seu depoimento, Ildefonso Filho foi questionado sobre o
critério para as contribuições. “O primeiro critério era o limite, sempre aquém
do permitido.
A gente dava para aqueles partidos que mais se caracterizam com as
características da empresa, ligados ao crescimento da infraestrutura.”
Confira aqui a íntegra do seu depoimento, em que ele não foi questionado sobre
o pagamento de US$ 10 milhões a Sergio Guerra.
CORRUPTO
DE US$ 100 MI ATUA EM
EMPRESA DO BTG PACTUAL
Executivo Pedro Barusco, que aceitou devolver
nada menos que US$ 100 milhões à Justiça, no maior acordo de recuperação de
ativos da história do Poder Judiciário no Brasil, vinha atuando como diretor de
Operações da Sete Brasil, empresa que tem o BTG Pactual, de André Esteves, como
seu maior cotista; Barusco já aceitou fazer delação premiada e começou a
entregar tubarões, como a construtora Schahin; recentemente, o BTG também foi
acusado de ser favorecido em negócios internacionais da Petrobras, com a compra
de ativos na África por 50% do preço
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247 - O executivo Pedro Barusco, até
agora o maior corrupto já descoberto no País, vinha atuando numa empresa do BTG
Pactual, do banqueiro André Esteves.
Ex-gerente executivo da Petrobras, Barusco era Diretor de
Operações da Sete Brasil, empresa criada para gerenciar contratos da estatal
para a contratação de sondas marítimas.
Na Sete Brasil, o BTG Pactual, de Esteves, era o maior cotista,
com 27,7% do capital, seguido por fundos de pensão como Petros (17,5%),
Funcef (17,5%), Previ (2,35), Valia (2,5%) e FGTS (8,2%).
Barusco iniciou nesta segunda-feira 17 seu processo de delação
premiada e se comprometeu a devolver nada menos que US$ 100 milhões – cerca de
R$ 252 milhões. Trata-se do maior valor já recuperado pelo Poder Judiciário no
Brasil.
Ontem, ele começou a delatar tubarões ainda não alcançados pela
Operação Lava Jato. Um dos exemplos foi o grupo Schahin, que tem contratos
superiores a R$ 12 bilhões com a estatal para arrendamento de plataformas (leia aqui).
Recentemente, o BTG Pactual,
que controla a Sete Brasil, também esteve envolvido numa polêmica relacionada à
Petrobras.
A venda de 50% dos ativos da Petrobras na África para o banco de
investimentos BTG Pactual, fechada em meados do ano passado por US$ 1,5 bilhão,
passou a ser analisada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Isso se deve a uma suspeita de que o negócio tenha sido efetuado
por um preço bem inferior ao valor efetivo dos ativos.
O líder do PSDB na Câmara, deputado federal Antônio Imbassahy
(BA), enviou requerimento em 29 de maio ao Ministério de Minas e Energia (MME)
pedindo esclarecimentos sobre a venda dos ativos da Petrobras na África, mas,
durante a campanha eleitoral, não tratou mais do tema.
JANIO
DIZ QUE
"MARCOLAS
PEDEM
IMPEACHMENT"
O
colunista Janio de Freitas alerta, em sua coluna desta terça-feira, para o
risco de um neogolpismo no Brasil; "No caso extremo dessas esperadas
mudanças a história oferece a fileira de golpes de Estado, consumados ou não. A
cada recuperação do regime legal estuprado pelos militares, 'nunca mais haveria
golpe'. Até vir o seguinte", diz ele
247 - O colunista Janio de Freitas alerta, em sua coluna desta
terça-feira, para o risco de um neogolpismo no Brasil. Na coluna Mudar para continuar, ele aborda o tema.
"Um escândalo é um escândalo, não é uma solução.
O otimismo, que não é só de Dilma Rousseff, mas foi por ela
sintetizado na convicção de que o escândalo da Petrobras "pode mudar o
país para sempre" ao "acabar com a impunidade", já foi submetido
a muitos testes.
E não passou por nenhum", diz ele.
Em seguida, ele aborda o risco de rupturas institucionais.
"No caso extremo dessas esperadas mudanças a história oferece
a fileira de golpes de Estado, consumados ou não. A cada recuperação do regime
legal estuprado pelos militares, "nunca mais haveria golpe". Até vir
o seguinte."
Segundo Janio, "marcolas ideológicos" pedem golpe sob a
forma de impeachment. "Entre nós, na melhor hipótese, mudam-se os métodos.
Já na primeira eleição com princípios democráticos, pós-ditadura
militar, exibiu-se o golpe eleitoral preventivo. Solucionou o temido risco de
violência civil, em dimensão nacional, contra a conspiração e o golpe militar
no caso da possível eleição de Lula.
Agora mesmo passeia pelas ruas de São Paulo uma gangue de marcolas
ideológicos pedindo um golpe sob a forma de impeachment."
LEGADO DA CRISE
SERÁ PETROBRAS MAIS FORTE
Processo de depuração que não vai deixando
pedra sobre pedra nos esquemas de corrupção na maior estatal do País resulta em
novos mecanismos de governança; espetáculo de prisão de empreiteiros cria
parâmetros inéditos na relação entre iniciativa privada e Estado; tabu de que
corruptores não são presos caiu; devolução de fortunas advindas de contratos
superfaturados mostra que meios para aproveitar roubos são cada vez mais
escassos; inclusão em listas da Interpol globaliza criminosos; quem vai querer
tentar ser o próximo?
247 – No
plano imediato, o furacão Lava-Jato que está sacudindo a Petrobras vai
resultando em punições à empresa no mercado financeiro.
Nesta segunda-feira 17,
após a presidente Graça Foster anunciar nada menos que 60 medidas para
aprimorar os mecanismos de governança corporativa, os papeis da estatal caíram
forte, em menos 5% no fechamento do pregão.
No entanto, no médio e
longo prazos a Petrobras está lançando as bases para um futuro de
fortalecimento.
Pela primeira vez, a partir de um
trabalho conjunto entre a Justiça e a Polícia Federal, o País está assistindo à
prisão de corruptores, além de obter a extração de depoimentos detalhados de
corruptos sobre operações criminosas.
Como nunca antes, os
elementos de investigação vão se somando a ações práticas apresentadas em rede
nacional à Nação, na forma de prisões em série sob justificativas bastante
compreensíveis ao nível popular.
Pedra sobre pedra, como
disse a presidente Dilma Rousseff, vão caindo para derrubar o código não
escrito do 'sempre foi assim' para dar lugar ao novo momento de 'isso não será
mais assim'.
A institucionalização da delação premiada
está na base dessa transformação dura, porém em todos os aspectos positiva. A
partir de agora, o relacionamento entre agentes públicos e privados mal
intencionados não será mais o mesmo, uma vez que o medo real de prisões e
processos finalmente se materializou.
O que está surgindo em torno do
escândalo da Lava-Jato é absolutamente inédito em relação ao passado. O
processo de esconder escândalos em baixo do tapete, obter salvos-condutos junto
à mídia e fazer, assim, a blindagem de malfeitos foi ultrapassado pelos fatos.
As instituições estão se mostrando muito mais fortes do que o jeitinho de
sempre.
Não é, portanto, pouca coisa que está em
mudança. Dentro da Petrobras, a criação de uma nova diretoria de Governança promete
mudar o padrão ético do relacionamento da companhia com o mundo de negócios que
a cerca.
Empresas com ficha suja
não poderão mais ter negócios com a companhia. Para os corruptores, que até
agora gozavam, na prática, de imunidade, os bons tempos acabaram. Caçados no
Brasil, eles estarão em listas de procurados pela Interpol.
Para eles, o mundo ficou
menor, com chances de fuga bastante reduzidas. Ao mesmo tempo, recentes
alterações nas leis financeiras e contra a lavagem de dinheiro acabaram com as
contas sem identificação clara. Significa que guardar somas enormes de dinheiro
sujo passa a ser cada vez mais complicado.
Esse conjunto de fatores aponta para uma
espécie de refundação, em termos bem mais nobres que os anteriores, das
relações entre empresários e o poder público. De inteiramente promíscuas, como
se vê nas descobertas da Lava-Jato, elas terão de se tornar, queira-se ou não,
de respeito e receio.
Propostas sobre obter
vantagens ilícitas em cima de contratos milionários vão sendo sufocadas pelo avanço
da tecnologia, que a tudo escuta e vê, e, principalmente, pelo medo renovado
dos agentes que potencialmente podem se envolver em problemas dessa natureza. O
elemento medo de ir para a cadeia vai falar mais alto nessas horas.
O maior legado da Lava-Jato,
ao lado de todas as recuperações de recursos que vão sendo conseguidas, está em
seu efeito multiplicador sobre muitas outras tentativas de fraude que deixarão
de ser consumadas ou, quando feitas, apanhadas pelas autoridades.