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15 DE NOVEMBRO DE 2014
CARDOZO:
"LAVA JATO NÃO
É TERCEIRO TURNO"
247 - O
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, comentou, neste sábado, a nova fase
da Operação Lava Jato e condenou a politização do caso.
"Há
aqueles que ainda acham que estamos em uma disputa eleitoral. Não perceberam
que o resultado das urnas já foi dado", disse ele. "A
investigação não é terceiro turno eleitoral. As pessoas não podem levar para o
foro político possíveis crimes que foram cometidos. Se 'eleitoralizarmos' a
investigação, a colocamos em cheque", disse o ministro.
Foi
um recado direto ao senador Aécio Neves, que tem tensionado o cenário político.
Ontem, o político mineiro defendeu a instauração de uma nova CPI e insinuou o
desejo de que as investigações atinjam o ex-presidente Lula e a presidente
Dilma.
Cardozo
também defendeu os processos disciplinares contra os delegados que atuam no
caso e, nas redes sociais, insultaram Lula e Dilma. "Isso é necessário para que se
ateste a lisura da investigação. Para que depois provas não sejam anuladas e o
resultado seja comprometido", disse.
"Isso
não é tentar influenciar as investigações, é preciso garantir que paixões
pessoais não atrapalhem o a operação".
Leia, abaixo, reportagem da Agência Reuters a respeito:
Reuters - A
presidente Dilma Rousseff pediu que as investigações da Lava Jato prossigam com
transparência e que todos os responsáveis sejam punidos, disse neste sábado o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que criticou o uso eleitoral da
operação.
"Muitas
vezes há aqueles que ainda acham que estamos numa disputa eleitoral. Talvez não
tenham se apercebido que o resultado das urnas já foi dado... Eu repilo
veementemente a tentativa de se politizar essa investigação", disse o
ministro em entrevista coletiva em São Paulo neste sábado.
Segundo
ele, o governo não aceita insinuações de que se tenha tentado criar obstáculos
para a investigação, e que os responsáveis serão punidos, sejam da oposição ou
membros do governo, "doa a quem doer".
Cardozo
disse que entrou em contato na sexta-feira com a presidente Dilma, que
participa da reunião do G20, grupo formado pelas principais economias do mundo,
em Brisbane, na Austrália, para deixá-la a par da situação.
"A
orientação da presidente Dilma Rousseff ao Ministério da Justiça e a nossa à
Polícia Federal é muito clara: investigar com absoluta transparência, com
absoluta objetividade, tudo o que há de irregular, para que sejam punidas todas
as pessoas que praticaram atos ilícitos", disse.
Cardozo
acrescentou que a Petrobras continuará normalmente com suas operações e que
pretende conversar com a presidente da estatal, Graça Foster, para ter uma
clareza sobre a situação dos contratos.
"A
Petrobras não pode parar. A Petrobras é uma empresa vital para o país",
afirmou.
A
Polícia Federal lançou na sexta-feira nova fase da Operação Lava Jato, com a
prisão do ex-diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais da Petrobras, Renato
Duque, e de executivos de empresas privadas, após uma série de denúncias de
corrupção nos últimos meses envolvendo grandes obras da petroleira.
[nL2N0T42LD]
Cardozo
afirmou que foram cumpridos todos os 49 mandados de busca e apreensão
expedidos. Além disso, dos nove de condução coercitiva, seis foram cumpridos.
Também foram emitidos 25 mandados de prisão, entre preventivas e temporárias,
sendo 19 cumpridas. Segundo o ministro, elas continuam valendo e as pessoas que
ainda estão soltas são consideradas foragidas.
(Por
Juliana Schincariol, no Rio de Janeiro; Edição de Alexandre Caverni)
247 - O
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, comentou, neste sábado, a nova fase
da Operação Lava Jato e condenou a politização do caso.
"Há
aqueles que ainda acham que estamos em uma disputa eleitoral. Não perceberam
que o resultado das urnas já foi dado", disse ele. "A
investigação não é terceiro turno eleitoral. As pessoas não podem levar para o
foro político possíveis crimes que foram cometidos. Se 'eleitoralizarmos' a
investigação, a colocamos em cheque", disse o ministro.
Foi
um recado direto ao senador Aécio Neves, que tem tensionado o cenário político.
Ontem, o político mineiro defendeu a instauração de uma nova CPI e insinuou o
desejo de que as investigações atinjam o ex-presidente Lula e a presidente
Dilma.
Cardozo
também defendeu os processos disciplinares contra os delegados que atuam no
caso e, nas redes sociais, insultaram Lula e Dilma. "Isso é necessário para que se
ateste a lisura da investigação. Para que depois provas não sejam anuladas e o
resultado seja comprometido", disse.
"Isso
não é tentar influenciar as investigações, é preciso garantir que paixões
pessoais não atrapalhem o a operação".
Leia, abaixo, reportagem da Agência Reuters a respeito:
Reuters - A
presidente Dilma Rousseff pediu que as investigações da Lava Jato prossigam com
transparência e que todos os responsáveis sejam punidos, disse neste sábado o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que criticou o uso eleitoral da
operação.
"Muitas
vezes há aqueles que ainda acham que estamos numa disputa eleitoral. Talvez não
tenham se apercebido que o resultado das urnas já foi dado... Eu repilo
veementemente a tentativa de se politizar essa investigação", disse o
ministro em entrevista coletiva em São Paulo neste sábado.
Segundo
ele, o governo não aceita insinuações de que se tenha tentado criar obstáculos
para a investigação, e que os responsáveis serão punidos, sejam da oposição ou
membros do governo, "doa a quem doer".
Cardozo
disse que entrou em contato na sexta-feira com a presidente Dilma, que
participa da reunião do G20, grupo formado pelas principais economias do mundo,
em Brisbane, na Austrália, para deixá-la a par da situação.
"A
orientação da presidente Dilma Rousseff ao Ministério da Justiça e a nossa à
Polícia Federal é muito clara: investigar com absoluta transparência, com
absoluta objetividade, tudo o que há de irregular, para que sejam punidas todas
as pessoas que praticaram atos ilícitos", disse.
Cardozo
acrescentou que a Petrobras continuará normalmente com suas operações e que
pretende conversar com a presidente da estatal, Graça Foster, para ter uma
clareza sobre a situação dos contratos.
"A
Petrobras não pode parar. A Petrobras é uma empresa vital para o país",
afirmou.
A
Polícia Federal lançou na sexta-feira nova fase da Operação Lava Jato, com a
prisão do ex-diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais da Petrobras, Renato
Duque, e de executivos de empresas privadas, após uma série de denúncias de
corrupção nos últimos meses envolvendo grandes obras da petroleira.
[nL2N0T42LD]
Cardozo
afirmou que foram cumpridos todos os 49 mandados de busca e apreensão
expedidos. Além disso, dos nove de condução coercitiva, seis foram cumpridos.
Também foram emitidos 25 mandados de prisão, entre preventivas e temporárias,
sendo 19 cumpridas. Segundo o ministro, elas continuam valendo e as pessoas que
ainda estão soltas são consideradas foragidas.
(Por
Juliana Schincariol, no Rio de Janeiro; Edição de Alexandre Caverni)