1 blog - 1 página - + de 30 grupos - 311.127 visualizações
15
DE DEZEMBRO DE 2014
GLOBO AMPLIA PRESSÃO PARA
ABRIR O PRÉ-SAL A GRINGOS
Um dia depois de defender, em editorial, que empresas internacionais,
como Shell, BP, Exxon e Chevron, assumissem a liderança da exploração das
reservas brasileiras de petróleo no pré-sal, o jornal O Globo agora produz
reportagem sobre a mudança iminente nas regras, em razão dos problemas vividos
pela Petrobras; "essa reflexão vai acontecer", disse, em off, uma
suposta fonte governamental ao governo; não se sabe ainda nem quem será o novo
ministro de Minas e Energia, mas o Globo já vende a tese de que o segundo
governo Dilma adotará o programa de Aécio Neves no petróleo
247
- Um dia depois de produzir um editorial defendendo a abertura do
pré-sal a empresas estrangeiras (leia mais aqui),
o jornal O Globo, dos irmãos Marinho, produziu reportagem sobre uma suposta
mudança nas regras da exploração de petróleo no País.
De
acordo com o jornal, o modelo de partilha, que obriga os consórcios
exploradores, sempre liderados pela Petrobras, a dividir parte da receita com a
União (o que se explica pelo menor risco exploratório, uma vez que as reservas
já estão comprovadas), seria substituído pelo de concessões.
Embora
o governo ainda não tenha definido quem será o futuro ministro de Minas e
Energia, cargo para o qual aparece cotado o senador Eduardo Braga (PMDM-AM), o
Globo se ancora em fontes "em off" para tratar da suposta mudança.
"Essa reflexão vai acontecer", diz a suposta fonte.
Pelo
novo modelo, empresas internacionais, como Shell, Exxon, BP e Chevron poderiam
arrematar concessões para, assim, explorar as reservas descobertas pela
Petrobras ao longo dos últimos anos.
O
Globo aposta na tese de que a Petrobras, que ainda não conseguiu publicar seu
balanço, ficará fragilizada financeiramente, será rebaixada por agências
internacionais de risco e não conseguirá captar recursos para tocar seu plano
de investimentos. Assim, a abertura aos grupos internacionais seria inevitável.
Este
modelo era exatamente que vinha sendo defendido pelo senador Aécio Neves
(PSDB-MG) durante a campanha presidencial. "Acho que nós temos que
discutir o que é melhor para o Brasil, se em determinados casos não é melhor o
modelo de concessão.
É
uma discussão que nós vamos fazer lá na frente, obviamente respeitando os
contratos vigentes", disse o senador, durante a campanha presidencial
(leia mais aqui).
MORO:
PETROBRAS É VÍTIMA E
SAIRÁ MAIS FORTE DA CRISE
Juiz federal responsável pelos processos da Lava Jato, Sérgio Moro
afirma que "a investigação e a persecução não têm cores partidárias"
e que "o processo também não se dirige contra a Petrobras. A empresa
estatal é vítima dos crimes. A investigação e a revelação dos malfeitos, embora
possam acarretar ônus momentâneos, trarão benefícios muito maiores no futuro a
ela"; declarações foram registradas no despacho em que aceitou a primeira
denúncia criminal do caso, que atingiu executivos das grandes empreiteiras do
País; Moro ressalta ainda que a investigação recebeu apoio expressivo de
elevadas autoridades políticas, como a presidente da República, Dilma Rousseff, e o senador Aécio Neves
247 – No despacho em que aceitou, na última sexta-feira 12, a primeira
denúncia criminal no âmbito da Operação Lava Jato, o juiz Sérgio Moro, da 13ª
Vara Federal de Curitiba, afirmou que "a investigação e a persecução não
têm cores partidárias" e que a Petrobras, que pagou por obras
superfaturadas, "é vítima dos crimes". A estatal, de acordo com o
magistrado, deverá sair mais forte da crise que a atinge no momento.
"O processo também não se dirige
contra a Petrobras. A empresa estatal é vítima dos crimes. A investigação e a
revelação dos malfeitos, embora possam acarretar ônus momentâneos, trarão
benefícios muito maiores no futuro a ela", declarou Sérgio Moro no
documento. Com a aceitação da denúncia do Ministério Público por Moro, nove
investigados passam a ser réus, inclusive o doleiro Alberto Youssef e o
ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Ele disse ainda que a investigação e a
persecução "inclusive receberam apoios expressos de elevadas autoridades
políticas de partidos opostos, como da Exma. Sra. Presidenta da República,
Dilma Rousseff, e do Exmo. Sr. senador da República Aécio Neves". Para o
magistrado, "não há alternativa além da prevenção e da repressão à cultura
da corrupção, fatal a qualquer empresa, privada ou pública, e à própria
democracia".
Na apresentação da denúncia contra 36
pessoas na semana passada, o Ministério Público Federal do Paraná também
apontou que a Petrobras foi "vítima" de um "imenso e gigantesco
esquema criminoso", nas palavras do procurador Deltan Dallagnol.
A estatal do petróleo "pagava de forma sobrevalorada as
obras dessas empreiteiras" que formavam o cartel, explicou (leia
mais).
AEPET SUGERE QUE
GOVERNO RECOMPRE
AÇÕES DA PETROBRAS
Associação
dos Engenheiros da Petrobras, a Aepet, recomenda que o governo federal
aproveite o preço baixo das ações da companhia e a fuga de investidores
estrangeiros para recomprar os papéis; "já que os estrangeiros querem
vender, o governo deveria aproveitar as ações em baixa para recuperar o máximo
possível da maior empresa do País para o controle do povo brasileiro", diz
a nota
247 - A Associação dos Engenheiros da Petrobras, a Aepet, recomenda
que o governo federal aproveite o preço baixo das ações da companhia e a fuga
de investidores estrangeiros para recomprar os papéis.
"Já que os
estrangeiros querem vender, o governo deveria aproveitar as ações em baixa para
recuperar o máximo possível da maior empresa do País para o controle do povo
brasileiro", diz a nota. Leia abaixo:
Governo deveria aproveitar para recomprar ações da Petrobrás
Sem querer, o jornal O Globo
desta quarta-feira (10) deu uma excelente ideia ao governo em relação à
Petrobrás: na página 25, no quadro “perguntas e respostas”, traz a opinião de
um especialista da FGV para quem o governo "pode injetar mais dinheiro e
chegar a estatizar totalmente a empresa".
Na verdade, "injetar mais
dinheiro" deve ser substituído por “recomprar ações”, principalmente
aquelas negociadas em Nova Iorque, já que outro jornal, o Brasil Econômico,
destaca que "Risco faz estrangeiros venderem Petrobrás".
Ou seja, já
que os estrangeiros querem vender, o governo deveria aproveitar as ações em
baixa para recuperar o máximo possível da maior empresa do País para o controle
do povo brasileiro.
A AEPET há muito vem sugerindo
que caminhemos nessa direção, que reforçaria o papel da Petrobrás no desenvolvimento
do Brasil. Ainda no mandato de Lula, contatamos o então presidente do BNDES,
Carlos Lessa, pedindo que iniciasse movimento de recompra de ações da
Petrobrás.
Lessa, que já tinha feito o mesmo com a Vale, impedindo que a
Mitsubishi passasse a controlar a mineradora, gostou da ideia, mas logo em
seguida foi substituído na presidência do banco de desenvolvimento.