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08/12/2014
República do Paraná:
Moro trabalhou para advogado
do PSDB, que ajudou a desviar
R$ 500 Mi da prefeitura de Maringá
Nascido em Maringá, no norte do Paraná, Moro é um dos maiores
"especialistas" do país na área de lavagem de dinheiro. Formado em
direito pela Universidade Estadual de Maringá, seu primeiro serviço foi o
escritório do Dr Irivaldo Joaquim de Souza, o maior Tributarista de Maringá.
Dr Irivaldo foi advogado de Jairo Gianoto
entre os anos de 1997 a 2000, ex-prefeito de Maringá pelo PSDB, condenado por
gestão fraudulenta.
O Tribunal de Justiça do Paraná condenou o ex-prefeito de
Maringá em 2010 a devolver cerca de R$ 500 milhões aos cofres públicos. Segundo
informação da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Maringá
foram condenados por improbidade administrativa o ex-prefeito Jairo Morais
Gianoto, o ex-secretário da Fazenda Luis Antônio Paolicchi, e dois
ex-servidores municipais: Jorge Aparecido Sossai, então contador, e Rosimeire
Castelhano Barbosa, ex-tesoureira, entre outros réus.
Segundo o MP, as decisões se referem a duas
ações que tratam de desvios de dinheiro do município de Maringá constatados
entre 1997 e 2000, num total de R$ 49.135.218,35 na época do ingresso da ação.
O valor atual é atualizado.
De acordo com a sentença o ex-prefeito e o
ex secretário da Fazenda "enriqueceram-se ilicitamente através de atos de
improbidade administrativa, tendo colaboração dos réus Jorge e Rosimeire"
e o dinheiro público "foi utilizado para aquisição de bens, depósitos em
contas bancárias, em benefício a Jairo, Paolichi ou terceiros". Cabe
recurso à decisão do TJ-PR.
Além de Jairo, Paolicchi, Sossai e Rosimeire,
foram condenados nos autos nº 449/2000 a mulher de Gianoto, Neuza Aparecida
Duarte Gianoto, o ex-deputado federal José Rodrigues Borba, e os réus Sérgio de
Souza Campos, Celso de Souza Campos, Eliane Cristina Carreira, Izaias da Silva
Leme, Silvana Aparecida de Souza Campos, Valdenice Ferreira de Souza Leme,
Valmir Ferreira Leme, Waldemir Ronaldo Correa, Paulo Cesar Stinghen, Moacir
Antônio Dalmolin, a empresa Flórida Importação e Comércio de Veículos Ltda. e o doleiro Alberto Youssef.
A Policia Federal prendeu o ex-prefeito
Jairo Gianoto em 2006, por desvio de dinheiro público, formação de quadrilha, e
sonegação fiscal, já o advogado Tributarista
Irivaldo Joaquim de Souza foi preso, e só conseguiu o Habeas Corpus, depois do
Juiz Federal Sérgio Fernando Moro, ter testemunhado ao seu favor.
O
doleiro Alberto Youssef, "o laranja de Moro"
Entre os investigados “Um dos nomes sob investigação, o
ex-secretário da Fazenda de Maringá, Luís Antônio Paolicchi, apontado como pivô
do esquema de corrupção, afirmou, em depoimento à Justiça, que as campanhas de
políticos do Paraná, como o governador Jaime Lerner (DEM) e o senador Álvaro
Dias (PSDB), foram beneficiadas com dinheiro desviado dos cofres públicos, em
operações que teriam sido comandadas pelo ex-prefeito Gianoto através do
doleiro Youssef
Álvaro Dias
A campanha em questão foi a de 1998. “A pessoa que coordenava (o
comitê de Lerner em Maringá) era o senhor João Carvalho (Pinto, atual chefe do
Núcleo Regional da Secretaria Estadual de Agricultura), que sempre vinha ao meu
gabinete e pegava recursos, em dinheiro”, afirmou Paolicchi, que não revelou
quanto teria destinado à campanha do governador -o qual não saberia diretamente
do esquema, segundo ele.
Quanto a Dias, o ex-secretário disse que Gianoto determinou o
pagamento, “com recursos da prefeitura”, do fretamento de um jatinho do doleiro
Alberto Youssef, que teria sido usado pelo senador durante a campanha.
“O prefeito (Gianoto) chamou o Alberto Youssef e pediu para
deixar um avião à disposição do senador. E depois, quando acabou a campanha, eu
até levei um susto quando veio a conta para pagar. (…) Eu me lembro que paguei,
pelo táxi aéreo, duzentos e tantos mil reais na época”, afirmou.”.