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13
DE JANEIRO DE 2015
COLUNISTA
DO GLOBO
REVELA
SEU NOJO
CONTRA
POBRES
Jornalista Silvia Pilz "diz o que
pensa" sobre os pobres que frequentam consultórios médicos;
"Normalmente, [o pobre] se arruma para ir a consultas médicas e aos
laboratórios", onde "provavelmente se sente em um cenário de novela";
tentando ser engraçada, ela afirma que pobre "faz drama, fica de
cama" para não ir trabalhar quando tira sangue e que muitos sonham em
"ter nódulos"; para arrematar seu desprezo, ela diz que "a
grande preocupação do pobre é procriar"
247 – Em um artigo espantoso publicado em seu blog no
Globo, a jornalista Silvia Pilz desfere todo seu asco contra os
pobres.
Especialmente o pobre que frequenta consultórios médicos,
para onde "se arruma" para ir, segundo ela, por
"provavelmente" se sentir "em um cenário de novela".
Segundo ela, "o pobre quer ter uma doença" – como
tireoide, "é quase chique" – e tem como principal preocupação na vida
"procriar". Leia:
O plano cobre
Todo pobre tem
problema de pressão.
Seja real ou imaginário. É uma coisa impressionante.
E todos têm fascinação por aferir [verificar] a pressão
constantemente. Pobre desmaia em velório, tem queda ou pico de pressão.
Em churrascos, não.
Atualmente, com as facilidades que os planos de saúde
oferecem, fazer exames tornou-se um programa sofisticado.
Hemograma completo, chapa do pulmão, ressonância magnética
e etc. Acontece que o pobre - normalmente - alega que se não tomar café da
manhã tem queda de pressão.
Como o hemograma
completo exige jejum de 8 ou 12 horas, o pobre, sempre bem arrumado, chega bem
cedo no laboratório, pega sua senha, já suando de emoção [uma mistura de medo e
prazer, como se estivesse entrando pela primeira vez em um avião] e fica
obcecado pelo lanchinho que o laboratório oferece gratuitamente depois da
coleta.
Deve ser o ambiente. Piso brilhante de porcelanato, ar
condicionado, TV ligada na Globo, pessoas uniformizadas. O pobre provavelmente
se sente em um cenário de novela.
Normalmente, se arruma
para ir a consultas médicas e aos laboratórios.
É comum ver crianças e bebês com laçarotes enormes na
cabeça e tênis da GAP sentados no colo de suas mães de cabelos lisos [porque
atualmente, no Brasil, não existem mais pessoas de cabelos cacheados] e barriga
marcada na camiseta agarrada.
O pobre quer ter uma
doença.
Problema na tireoide, por exemplo, está na moda. É quase
chique.
Outro dia assisti um programa da Globo, chamado Bem-Estar.
Interessantíssimo. Parece um programa infantil.
A apresentadora cola coisas em um painel, separando o que
faz bem e o que faz mal dependendo do caso que esteja sendo discutido.
O caso normalmente é a dúvida de algum pobre. Coisas do
tipo "tenho cisto no ovário e quero saber se posso engravidar".
Porque a grande preocupação do pobre é procriar.
O programa é educativo, chega a ser divertido.
Voltando ao exame de sangue, vale lembrar que todo pobre
fica tonto depois de tirar o sangue.
Evita trabalhar naquele dia. Faz drama, fica de cama.
Eu acho que o sonho de muitos pobres é ter nódulos.
O avanço da medicina - que me amedronta a cada dia porque
eu não quero viver 120 anos - conquistou o coração dos financeiramente
prejudicados. É uma espécie de glamourização da doença.
Faz o exame, espera o resultado, reza para que o nódulo não
seja cancerígeno. Conta para a família inteira, mostra a cicatriz da cirurgia.
Acho que não conheço
nenhuma empregada doméstica que esteja sempre com atacada da ciática [leia-se
nervo ciático inflamado].
Ah! Eles também têm colesterol [leia-se colesterol alto] e
alegam "estar com o sistema nervoso" quando o médico se atreve a
dizer que o problema pode ser emocional.
O que me fascina é que
o interesse deles é o diagnóstico.
O tratamento é
secundário, apesar deles também apresentarem certo fascínio pelos genéricos.
Mesmo "com
colesterol" continuam comendo pastel de camarão com catupiry [não existe
um pobre na face da terra que não seja fascinado por camarão] e, no final de
semana, todo mundo enche a cara no churrasco ao som de "deixar a vida me
levar, vida leva eu" debaixo de um calor de 48 graus.
Pressão: 12 por 8
Como são felizes. Babo
de inveja.
DO BLOGUEIRO:
DIANTE DE TÃO GRANDE DESFAÇATEZ DESTA IMBECIL,
FAÇO-LHE UMA HOMENAGEM POSTANDO AQUI A REPRESENTAÇÃO DE SUA IMAGEM, NESSA MAGNIFICA CRIAÇÃO DE CHICO BURQUE.
CERTAMENTE O GENIAL CRIADOR, CONVIVEU COM “ESPÉCIES” IGUAIS A ESTA JORNALISTA, FRUTO DA MENTALIDADE COXINHA DA MÍDIA MÓR GOLPÍSTA,
COM O SISTEMA RACISTA JUDEU DA FAMÍLIA DOS “MARINHOS”,
DONOS DO COMPLEXO GLOBO DE COMUNICAÇÃO...
Chico
Buarque - Geni e o Zepelim - YouTube
o
2.