1 blog - 1 página - + de 30 grupos - 337.860 visualizações
13
DE JANEIRO DE 2015
PROMOTORIA INVESTIGA
PROPINA DE DOLEIRO EM SP
Ministério Público apura planilha apreendida em
imóvel de Alberto Youssef
que indica atuação de esquema em obras da Sabesp, do
Metrô
e de refinarias da Petrobras no Estado
247 - O Ministério Público de São Paulo vai apurar possível repasse de
propina do doleiro Alberto Youssef a agentes públicos em obras no Estado.
A ação se baseará na planilha apreendida em imóvel do alvo da operação Lava
Jato, que indica atuação de esquema em contratos da Sabesp, do Metrô e de
refinarias da Petrobras no Estado.
Entre os negócios mencionados estariam a estação de tratamento
de Água Jurubatuba, no Guarujá (SP), a adutora Guarau-Jaguará, na Grande São
Paulo, e a tubulação da Sabesp em Franca (SP) – que foram ligados ao valor de
R$ 29 milhões, o que, segundo promotores, pode corresponder ao custo da
propina.
A "Obra Vila Prudente" do Metrô também faz parte da
tabela, com a menção de R$ 7,9 milhões. Em nota, o Metrô rejeitou a “a
tentativa de extrair conclusões de documento cuja autenticidade e significado
dependem de provas".
Leia reportagem de Flavio Ferreira sobre o
assunto.
Escândalo na Petrobras
Ministério
Público investiga
se doleiro pagou propina em SP
Primeiros alvos da apuração serão projetos da Sabesp,
do Metrô
paulista e de refinarias da Petrobras no Estado.
Promotoria terá como base planilha apreendida com Youssef
que indica
obras em vários Estados.
FLÁVIO FERREIRA DE SÃO PAULO
O Ministério Público
de São Paulo abriu investigações para apurar se o doleiro Alberto Youssef, alvo
da Operação Lava Jato, intermediou o pagamento de propinas a agentes públicos
em contratos de obras no Estado.
Os primeiros alvos
serão projetos da Sabesp, do Metrô e de refinarias da Petrobras em São Paulo.
A Promotoria terá
como base a planilha apreendida em março pela Polícia Federal em um imóvel de
Youssef que indica obras em território paulista e outros Estados.
A tabela com 34
páginas e 747 obras menciona as empreiteiras ligadas aos projetos e valores
que, segundo os promotores paulistas, podem ser de suborno.
Após a publicação da
planilha pela imprensa, no final do ano passado, o promotor Silvio Marques
pediu que a Promotoria do Patrimônio Público e Social, da qual faz parte,
iniciasse as investigações sobre o documento.
As primeiras análises
do material levaram a Promotoria a dividir a apuração em três partes.
Uma delas terá como
foco a Sabesp e terá como base três citações à companhia de saneamento
controlada pelo governo paulista.
Os negócios
mencionados na tabela de Youssef referem-se à implantação da estação de
tratamento de Água Jurubatuba, no Guarujá (SP), à obra da adutora
Guarau-Jaguará, na Grande São Paulo, e à tubulação da Sabesp em Franca (SP).
A soma dos valores
atribuídos a esses projetos, que segundo os promotores paulistas podem
corresponder a propina, é de aproximadamente R$ 29 milhões.
Outra frente será
relativa ao Metrô paulista. A planilha relaciona a estatal de trens de São
Paulo a um negócio descrito como "Obra Vila Prudente" e à quantia de
R$ 7,9 milhões.
A terceira linha de
investigação reunirá obras da Petrobras em São Paulo.
A tabela cita cerca
de 90 projetos da estatal de petróleo no Estado, a maioria ligados às
refinarias Replan (Refinaria de Paulínia), no município de Paulínia, Recap
(Refinaria Capuava), na Grande São Paulo, e Revap (Refinaria Henrique Lage), em
São José dos Campos.
De acordo com o
promotor Otavio Ferreira Garcia, a análise da planilha continua e outras
frentes de apuração podem ser abertas, já que a tabela contém a indiciação de
outros órgãos situados no Estado de São Paulo, como o DAEE (Departamento de
Águas e Energia Elétrica) e a Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo).
Na tabela, também
estão estão apontadas obras de companhias de gás de Bahia, Ceará, Paraíba e
Sergipe, e de saneamento de Rio de Janeiro, Goiás, Alagoas e Maranhão.
A planilha também
indica projetos no Uruguai, na Colômbia e na Argentina.
OUTRO LADO
Em nota, o Metrô de
São Paulo apontou que "o alegado autor da planilha mencionada pela
reportagem fez acordo de delação premiada no âmbito da investigação da operação
Lava-Jato".
Segundo a estatal de trens,
"é lamentável, na melhor das hipóteses, a tentativa de extrair conclusões
de documento [planilha de Youssef] cuja autenticidade e significado dependem de
provas que já estão sendo produzidas com muita correção pelo Judiciário,
Ministério Público e Polícia Federal".
A Sabesp, também em
nota, informou que somente irá se manifestar após tomar conhecimentos das
alegações e realizar as apurações sobre os contratos citados na planilha
apreendida.
A Petrobras não se
manifestou até o fechamento desta edição.