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7
DE FEVEREIRO DE 2015
MINAS
DENUNCIARÁ AÉCIO
E ANASTASIA AO MPF
O deputado estadual Durval Ângelo, líder do PT
na Assembleia Legislativa, afirmou que as conclusões que a auditoria comandada
pelo controlador-geral do Estado, Fernando Spinelli, nos governos de Aécio
Neves e Antônio Anastasia, ambos do PSDB, são "estarrecedoras"; alvos
da investigação são as obras da Cidade Administrativa pelo governo Aécio Neves,
que custou R$ 1,7 bilhão, a concessão de rodovias, vantagens irregulares a
servidores vinculados aos governos tucanos e irregularidades na companhia de saneamento
básico do estado, a Copasa; construção do estádio Mineirão será alvo de
uma Comissão Parlamentar de Inquérito
O deputado estadual Durval Ângelo,
líder da bancada do PT no Legislativo mineiro, declarou à imprensa, semana
passada, que houve "total corrupção" nas gestões do PSDB iniciadas no
Estado em 2003, com a eleição de Aécio Neves para o governo do Estado.
Segundo
Ângelo, conclusões da auditoria sobre os
governos anteriores são
"estarrecedoras".
Ângelo afirmou ao jornal O Estado de São Paulo, na última quinta-feira, 5,
que as irregularidades envolvem os governos anteriores exatamente com as mesmas
empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Para levantar as irregularidades nos
governos anteriores, a gestão Fernando Pimentel "importou" de São
Paulo o "xerife" do prefeito Fernando Haddad, Mario Spinelli, que
desbaratou uma quadrilha de fiscais que atuou livremente nas gestões José Serra
e Gilberto Kassab.
Diante desses fatos, o Blog procurou
o deputado Durval Ângelo, que forneceu mais detalhes sobre os alvos da
investigação e sobre as providências que serão tomadas pelo governo Fernando
Pimentel e pela bancada do PT na Assembleia Legislativa mineira.
Segundo o petista, os alvos da
investigação conduzida pelo "xerife Spinelli" são a construção do
estádio Mineirão – que será alvo de CPI que a bancada estadual do PT pretende
abrir –, a construção da Cidade Administrativa pelo governo Aécio Neves, a
construção de estradas dadas em concessão à iniciativa privada (empreiteiras da
Lava Jato), pagamento de vantagens irregulares a servidores vinculados aos governos
tucanos e irregularidades na companhia de saneamento básico de MG, a Copasa.
Esses são os focos principais das
auditorias dos governos Aécio Neves e Antonio Anastasia que o governo Fernando
Pimentel está levando a cabo, mas não são todos, são, apenas, os focos
principais. Segundo Ângelo, há muitas outras linhas de investigação.
O deputado petista afirma que
Spinelli, o controlador-geral do Estado de Minas, já dispõe de "elementos
evidentes" sobre corrupção nas gestões tucanas e esses elementos serão
tornados públicos no fim de março ou começo de abril.
Ângelo informa que os suspeitos sem
foro privilegiado serão denunciados ao Ministério Público estadual, apesar de
ser controlado por um procurador-geral indicado pelo ex-governador Anastasia.
Com foro privilegiado só figuram nas investigações os ex-governadores tucanos,
que, por conta disso, serão denunciados ao Procurador Geral da República,
Rodrigo Janot.
O deputado também disse que durante
os governos tucanos secretários de Estado, por exemplo, eram denunciados ao MP
mineiro pela oposição, mas, como tinham foro privilegiado – só podiam ser
investigados pelo chefe do MP estadual –, as investigações não andavam, pois o
procurador-geral "sentava em cima". Como agora esses servidores não
têm mais foro privilegiado por não fazerem mais parte do governo qualquer
procurador poderá investigá-los.
Já Aécio e Anastasia, por serem
senadores poderão ser investigados pelo MPF, apesar de que a competência para
investigá-los seria do procurador-geral do Estado. Mas como algumas supostas
irregularidades os vinculam a empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato,
que tem escopo federal, a denúncia pode ser feita à Procuradoria Geral da
República.
Perguntado pelo Blog sobre a
consistência das acusações, o deputado Durval Ângelo diz que seriam fortes.
Porém, como se trata do PSDB ele desconfia que um elemento fundamental em
investigações, a pressão da imprensa, não existirá, facilitando a vida dos
acusados.
Mas afirma que o que cabe ao governo Pimentel fazer, está sendo feito.