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1 DE MARÇO DE 2015
FHC É GOLPISTA,
O PSDB É DERROTADO E
A MARCHA DE 15 DE MARÇO
É CONTRA O BRASIL
O grão-tucano, na verdade, pertence à corrente de
pensamento conservadora, que defende a hegemonia de classe, a privatização do
patrimônio público, o estado mínimo
e a dependência máxima
DAVIS
SENA FILHO
O tucano Fernando Henrique Cardoso é
ex-presidente da República.
Apesar de ser carioca, trata-se de um político do
Estado de São Paulo, unidade da Federação conservadora, que historicamente e
politicamente sempre foi aliada dos interesses da burguesia bandeirante,
da oligarquia rural e da plutocracia internacional.
FHC
— o Neoliberal I — reflete o que São Paulo sempre o foi e
nunca deixou de sê-lo: a Primeira República, a República Velha ou a Politica do
Café com Leite.
Este político, que já "bebeu"
da literatura de Karl Marx, hoje é a fina flor dos interesses das classes
dominantes, do empresariado nacional e internacional e dos governantes das
grandes potências do ocidente.
O grão-tucano, na verdade, pertence à
corrente de pensamento conservadora, que defende a hegemonia de classe, a
privatização do patrimônio público, o estado mínimo e a dependência máxima,
porque quer ver o Brasil subordinado aos interesses estrangeiros.
Saiu da esquerda para a direita, e
hoje, lamentavelmente, apregoa um golpe político contra a presidenta
trabalhista Dilma Rousseff, recém-eleita pela maioria dos eleitores
brasileiros, em eleições livres, justas e democráticas.
A verdade é que o tucano que governou
este País, no papel de caixeiro viajante e jamais como estadista, porque se
recusa, tais quais ao PSDB e às "elites", a pensar o Brasil, nunca
aceitou o sucesso do ex-presidente Lula na Presidência da República, ao sair o
poder com 82% de aprovação popular, bem como requisitado por governos de
inúmeros países para visitá-los e ser homenageado, como deve ser tratado um
mandatário que mudou o Brasil para melhor, ao desenvolver seu mercado interno, criar
mais de dez milhões de empregos e praticamente eliminar a fome e a miséria,
além de ter sido o principal articulador do Brics, da Unasul e do Mercosul, a
fazer com que o poderoso País sul-americano fosse respeitado em todo o planeta.
Por sua vez, Fernando Henrique Cardoso
recusa a se recolher à sua própria insignificância política, porque se não
fosse os magnatas bilionários de imprensa e seus feitores aboletados nos covis
das redações das grandes mídias meramente de mercado, o PSDB e o Príncipe da Privataria
não sairiam dos limites de São Paulo, o Estado conspirador, reacionário ao
desenvolvimento do Brasil e de caráter e intenção separatista.
Blindado politicamente pelos barões da
imprensa alienígena, FHC, malandramente e sorrateiramente, dá uma de João sem
braço, apoia e fomenta o golpe institucional contra Dilma Rousseff, ao tempo em
que aconselha aos membros do PSDB que, todavia, tal apoio não deve ser dado aos
golpistas de 15 de março — a maioria coxinha udenista de classe média —, de
forma oficial, mas, conforme o grão-caixeiro viajante, “Tem que ficar claro que
nós apoiamos, mas não somos os promotores”.
FHC muito se parece com o ex-presidente
Washington Luís, nascido no Estado do Rio de Janeiro, como o tucano, e
igualmente adotado pela burguesia de São Paulo. O último presidente da
República Velha foi derrotado pelas forças getulistas, juntamente com seu
aliado, Júlio Prestes, que não conseguiu assumir a Presidência da República em
1930, porque o trabalhista gaúcho e líder de revolução, Getúlio Vargas, assumiu
o poder, com o apoio da Paraíba e de Minas Gerais.
Os mineiros se sentiram traídos por São
Paulo, que não cumpriu o acordo de revesamento entre ambos. Na Primeira
República, os dois estados eram hegemônicos, no que concerne a controlar o
governo central.
Nos dias de hoje, percebe-se claramente
que São Paulo e Minas, dos ex-governadores do PSDB, Aécio Neves e Antônio
Anastasia, derrotados pelo PT nas eleições para governador em 2014,
reviveram a República Velha, como se estivessem em 1932, uma tentativa de golpe
de estado da burguesia paulista, depois transformado em marcha comemorativa
anual, com a finalidade de relembrar o que a casa grande do estado bandeirante
chama de "Revolução Constitucionalista".
A resumir: todo ano a burguesia paulista
comemora a derrota.
Contudo, a verdade é que tal evento
bélico não passou de uma quartelada mais longa, cujo objetivo era retroceder à
Era da Política do Café com Leite.
A secessão golpista de propósitos
elitistas foi sumariamente derrotada por Getúlio Vargas, e, consequentemente, a
maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo, até os dias de hoje
não tem uma única rua com o nome do estadista gaúcho responsável pelo Brasil
moderno, por sua industrialização e pelas leis trabalhistas, que tiraram o
trabalhador brasileiro da condição de semi-escravo.
Fernando Henrique — o presidente que
entregou o Brasil — continua a velejar por mares bravios e a caminhar por
veredas tortuosas, pelo simples fato de não ter quaisquer compromissos com o desenvolvimento
deste grande País e muito menos com a emancipação do povo trabalhador
brasileiro. Sua convicção de levar o País ao retrocesso é plena, e não deixa
margem à dúvida daqueles que combatem suas ideias e preceitos derrotistas,
colonizados e entreguistas.
FHC é o caboclo com os punhos de renda
e ar pedante. Você pode vê-lo a um quilômetro de distância e sabe, sem
conhecê-lo, que se trata de um coxinha de alto calibre social e pouca
consciência prática e teórica sobre as questões brasileiras, porque,
irrefragavelmente, o tucano, como a maioria dos que frequentam o campo da
direita e são inquilinos da casa grande, recusam-se a pensar o Brasil, porque
adotaram países estrangeiros como suas referências de sonhos de consumo e
exibicionismo barato por se considerarem vips.
O maior traidor da Pátria de todos os
tempos, o que vendeu 125 estatais a preço de banana, o que desempregou e não
construiu escolas e universidades, o que não prendeu corruptos e corruptores, o
que depredou a Petrobras e afundou a plataforma P-36, o que deixou o País às
escuras por causa de um apagão de 18 meses, o que mente ser o criador do Real,
sendo que o verdadeiro criador da moeda é o ex-presidente Itamar Franco, e o
que foi ao FMI três vezes, de joelhos, humilhado, com o pires nas mãos, porque
quebrou o Brasil três vezes é, sem sombra de dúvidas, o FHC. Ponto.
Neste momento de crise política, o
tucano-mor, que se diz um democrata, junta-se aos golpistas de sempre, a
exemplo da imprensa comercial e privada, e dos partidos de direita, dentre
outros personagens inconformados com a quarta vitória do PT, para insuflar um
golpe institucional, porque, realmente, recorrer aos militares não tem mais
sentido e nem razão.
Mas, se pudessem, o fariam, porque a
direita não se preocupa em defender a democracia, pois sem ela vive muito bem,
sente-se confortável, além de se beneficiar e manter, indefinidamente, o status
quo, pelo qual eu não tenho o mínimo respeito.
O
Príncipe Privata orientou seus "súditos" a estimular o impeachment
contra a Dilma Rousseff, porém, sem participar diretamente do movimento
golpista e antidemocrático, a ser realizado no dia 15 de março, a ter os
coxinhas udenistas de classe média a fazer a claque e a carregar vassouras
"janistas", porque eles são contra a corrupção e a "tudo o que
está aí".
Só não são contrários ao que diz
respeito à corrupção dos tucanos do PSDB, do DEM (o pior partido do mundo) e do
empresariado que apoia tal campo político-ideológico conservador.
O traidor da Pátria brasileira, que até
os recém-nascidos e os idiotas sabem de quem se trata, também ouviu um de seus
"súditos", igualmente golpista como ele:
"Temos
que estabelecer esse limite, ter esse cuidado. Não será iniciativa
partidária" — ressaltou Aécio Neves, o tucano duplamente derrotado por
Dilma Rousseff, no Brasil, e por Fernando Pimentel, em Minas Gerais.
Então, vamos à pergunta que não quer
calar: "Como é que é, cara pálida?" Vamos ver se eu entendi: o Aécio
Neves é derrotado, e em seu primeiro pronunciamento no Senado apregoa o golpe e
não reconhece a vitória legítima de Dilma Rousseff nas urnas.
Depois disso, a imprensa corrupta e de
negócios privados faz coro com o tucano derrotado e inconformado, ao ponto de
grande parte de seus escribas de opinião pregarem o golpe, de forma direta e
também dissimulada.
Depois disso, atores da política se
juntaram ao propósito de não deixar Dilma governar e passaram a pedir o
impeachment.
Álvaro
Dias, Ronaldo Caiado, Carlos Sampaio, Aloysio Nunes (este diz que vai ao
protesto de direita), Agripino Maia, Rodrigo Maia, José Carlos Aleluia, dentre
outros, apostam no impeachment, como forma de a direita chegar ao poder antes
das eleições de 2018, até porque Lula pode ser o candidato do PT.
Depois desses fatos e realidades
pró-impeachment que a direita criou, essa gente diz, no encontro realizado no
iFHC, que tem de "haver limites e não oficializar seu apoio" ao
impeachment de Dilma?
O que é isto, camarada?
Os demotucanos enfiam a mão na cumbuca
e depois escondem a mão, porque ficou presa e não conseguem retirá-la.
Como sempre em cima do muro, até para
assumir a cumplicidade com a tentativa de golpe contra uma mandatária eleita.
Eles esquecem que o vice-presidente é
do PMDB, que se diz legalista e constitucionalista, além de se verificar no
Brasil que os movimentos sociais urbanos e rurais, as confederações de
trabalhadores, os estudantes, grande parte da classe média que vota na
esquerda, a OAB, a ABI, as Forças Armadas, dentre outros órgãos, entidades e
instituições não vão permitir que um bando de tucanos emplumados dê uma de
brucutu golpista e irresponsável.
A verdade é apenas
esta:
fazer passeata e
protestar é permitido.
Dar golpe de
estado, não.
Fernando Henrique —
o Neoliberal I — é golpista,
o PSDB é derrotado
e a marcha de 15 de março
é contra os
interesses do Brasil.
É isso aí.