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4 DE JULHO DE 2015
PESSOA DELATA PSDB,
QUE QUER USÁ-LO
PARA O GOLPE
A estratégia delineada pelo senador Aécio Neves
(PSDB-MG) para derrubar à força a presidente Dilma Rousseff agora tem um
complicador; os depoimentos de Ricardo Pessoa, dono da UTC/Constran, em sua
delação premiada são bem mais amplos do que se imaginava; Pessoa implicou nada
menos que 15 partidos ao falar de suas doações com recursos ilícitos, incluindo
o PSDB, presidido por Aécio, e o DEM, de artífices do golpe, como os senadores
Ronaldo Caiado (DEM/GO), denunciado por caixa dois pelo ex-companheiro Demóstenes
Torres, e Agripino Maia (DEM/RN), investigado no Supremo Tribunal Federal pelo
recebimento de propinas; para o PSDB, no entanto, apenas os trechos da delação
que citam a campanha da presidente Dilma Rousseff merecem fé pública?; será que
cola?
247 – Ventríloquo de Aécio Neves
(PSDB-MG), o senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB) marcou a data para o início da
derrubada da presidente Dilma Rousseff: 14 de julho, quando Ricardo Pessoa,
dono da UTC/Constran irá depor no Tribunal Superior Eleitoral sobre suas doações
à campanha presidencial de 2014.
“Acreditamos firmemente que, já no próximo semestre, haverá o
julgamento que poderá cassar o diploma da presidente Dilma Rousseff e o do
vice-presidente Michel Temer. Assume, pelo comando constitucional, por três meses,
o presidente da Câmara”, disse Cunha Lima, apostando que a investigação no TSE
será a base para o impeachment (leia mais aqui).
No entanto, o projeto golpista tem um novo obstáculo. Nesta
sexta-feira, o Jornal Nacional noticiou que a delação de Ricardo Pessoa é bem
mais ampla do que se supunha. O dono da UTC/Constran implicou nada menos
que 15 partidos ao falar de suas doações com recursos ilícitos, incluindo o
PSDB, presidido por Aécio, e o DEM, de artífices do golpe, como os senadores
Ronaldo Caiado (DEM/GO), denunciado por caixa dois pelo ex-companheiro
Demóstenes Torres, e Agripino Maia (DEM/RN), investigado no Supremo Tribunal Federal
pelo recebimento de propinas de R$ 1,1 milhão.
Embora tenha noticiado o caso, e citado PSDB e DEM, a imprensa
familiar tem dado mais ênfase às falas de Pessoa que envolvem a presidente
Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula (confira, por exemplo, a reportagem
do Estado de S. Paulo).
No entanto, será muito difícil convencer juízes e ministros de
tribunais superiores que a delação premiada de Ricardo Pessoa só merece fé
pública quando atinge a presidente Dilma Rousseff e o PT, como desejam Aécio e
seus parceiros no golpe.
Os depoimentos do empresário escancaram uma dura realidade: o
financiamento empresarial de campanhas atinge todos os partidos e é um mal que
deveria ser combatido por toda a sociedade. O discurso hipócrita e golpista de
Cunha Lima, que já foi cassado por compra de votos, encontrou um duro obstáculo
pela frente.