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2 DE SETEMBRO DE 2015 ÀS 18:06
'SITUAÇÃO DE MINAS
É A MAIS GRAVE DO BRASIL',
DIZ LÍDER DO GOVERNO
Repercutindo a declaração do secretário
Helvécio Magalhães, de que "o dinheiro acabou" e o estado terá de
aumentar impostos, o deputado estadual Durval Ângelo (PT) culpou as gestões
anteriores, do PSDB, pela maior parte dos problemas financeiros do Estado;
"A situação econômica de Minas é a mais grave do Brasil. Supera muito o
Rio Grande do Sul. Acho que os 12 anos de governo tucano foram muito
duros. Então nós já tivemos uma herança, no ponto de vista orçamentário, muito
grave", afirmou ao 247
Por Luis Mauro Queiroz, Minas 247 - Após a declaração do secretário de
Planejamento e Gestão de Minas Gerais, Helvécio Magalhães, alertando sobre a
grave crise econômica e fiscal que vive o estado e afirmando que, diante de um
déficit recorde, Minas precisará aumentar impostos, o líder do governo na
Assembleia Legislativa, deputado Durval Ângelo (PT), responsabilizou a gestão
anterior, do PSDB, por grande parte dos problemas financeiros vivenciados
atualmente pelo Estado.
Ao Minas 247, ele disse que a situação de
Minas é a mais grave do País.
"A
situação econômica de Minas é a mais grave do Brasil.
Supera muito o Rio Grande do Sul. Acho
que os 12 anos de governo tucano foram muito duros – existiam contabilidades
mascaradas, pedaladas fiscais que eles davam; transferiam ou cancelavam
empenhos no fim dos anos, tanto que o déficit chegou a R$ 7,2 bilhões.
Então nós já tivemos uma herança, no
ponto de vista orçamentário, muito grave", relembrou o deputado.
Outro ponto
destacado pelo petista é a dependência do estado na exportação de commodities,
que representam metade da produção econômica mineira atualmente.
"Só que essa má gestão também está
relacionada a dependência que o estado criou dos commodities.
Interessante que Minas tem uma situação
econômica diferenciada: hoje 80% do que é a movimentação produtiva do estado
vem de commodities minerais e agrícolas. Para ter uma ideia a extração de
minério e de outros minerais representa quase 50% do arranjo produtivo do de
Minas Gerais."
Durval
também relata que os altos impostos praticados no estado nos últimos 12 anos
prejudicaram e afastaram investidores.
"Minas se tornou um cemitério de
empresas por causa da política fiscal altíssima, severa. Perdemos investimentos
para Goiás, São Paulo, para o Rio de Janeiro, Espírito Santo e para a Bahia.
Praticamente todos os estados atraíram
empresas, nós perdemos frigoríficos para Goiás, atacadistas para o Rio, parque
de eletrônicos para Bahia e indústrias de laticínios para São Paulo",
destacou.
Para a
resolução desta crise econômica, a curto prazo, o parlamentar citou a
importância da liberação dos depósitos judiciais, além da manutenção do ICMS em
produtos de telecomunicação e em bebidas alcoólicas.
Com o intuito de reforçar a economia
mineira nos próximos anos, o deputado afirma que é necessário uma política de
desenvolvimento com parceiros.
"Pimentel
quer lançar um novo plano de reindustrialização do estado, de interiorização de
empresas.
A Codemig tentou atrair investidores paulistas para o estado, o
governador esteve em Portugal para captar investimento europeu para cá, pois
tanto fizeram um déficit demagógico, mentiroso, mascarado, como não fizeram uma
política de desenvolvimento em Minas Gerais", explicou.