FCO.LAMBERTO FONTES
Trabalha em JORNALISMO INTERATIVO
Mora em ARAXÁ/MG
1 blogspot + 1 página com + de 50 grupos no facebook + twitter + de 810 blogs e comunidades no google+, + de 412 conexões no LinkedIn - 463.345 visualizações em 37 meses
20
DE JANEIRO DE 2016
OS PRINCIPAIS PONTOS
DA ENTREVISTA DE LULA
Em entrevista a um grupo de jornalistas que
incluiu Gisele Federicce, editora do 247, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva tratou de vários temas: das denúncias de corrupção ao processo eleitoral
em 2016; "A democracia é séria, não se brinca com a democracia. Eles
tentam destruir a democracia negando a política. Por isso eu vou fazer mais
política, vou participar ativamente do processo eleitoral. Tem gente que acha
que o PT acabou, e vocês vão ver. Eu acho que o Haddad vai ser reeleito em São
Paulo, só pra falar a maior cidade"; confira a íntegra
O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva participou de um café da manhã com blogueiros na manhã
desta quarta-feira (20), em São Paulo, na sede de seu Instituto.
Ao longo de cerca de
três horas, Lula falou sobre combate à corrupção, a situação econômica do país
e suas sugestões para superar a crise, o momento político da presidenta Dilma e
do PT, entre outros temas.
Participaram do
encontro, que foi transmitido ao vivo pela internet, Altamiro Borges (Blog do
Miro), Breno Altman (do Opera Mundi), Conceição Lemes (Viomundo), Conceição
Oliveira (Maria Frô), Eduardo Guimarães (Blog da Cidadania), Gisele Federicce
Francisco (Brasil 247), Joaquim Palhares (Agência Carta Maior), Kiko Nogueira
(Diário do Centro do Mundo), Laura Capriglione (Jornalistas Livres), Miguel do
Rosário (O Cafezinho), Renato Rovai (Revista Fórum).
Confira,
abaixo, alguns trechos da fala de Lula durante a coletiva.
Acusações e combate à corrupção
“Existe uma tese de que há uma quadrilha que foi montada [nos
governos petistas] para roubar a Petrobras. É uma tese. Mas é engraçado que
todos os funcionários envolvidos, são funcionários de carreira com mais de 30
anos de casa. Quando eles foram nomeados, não houve denúncia de nenhum
trabalhador. Não houve denúncia de nenhum diretor.
Algum
dia o Brasil vai reconhecer que esse processo de combate à corrupção só existe
porque criamos as condições para isso. A Dilma será reconhecida e enaltecida
neste país pelo que ela criou de condições para permitir que neste país todos
saibam que tem de andar na linha, e se não andar na linha será punido, do mais
humilde ao brasileiro de mais alto escalão.
Não
tem neste país uma viva alma mais honesta do que eu, nem delegado, nem promotor
do Ministério Público, nem empresário, nem na Igreja. Pode ter igual, isso sim.
Aprendi com uma senhora analfabeta, que me disse: ‘meu filho, se você for
honesto, poderá andar de cabeça erguida’.
Impera
a tese de que não importa o que vão dizer os juízes, porque mesmo que a justiça
absolva, o sujeito já está condenado pela imprensa. Quem é culpado tem de ser
preso, mas, para isso, precisa ser julgado. Está na hora da sociedade
brasileira acordar e exigir mais democracia, mais respeito pelos direitos
humanos e mais fortalecimento das instituições.”
A perseguição ao PT e a Dilma
“Buscamos
o objetivo de não permitir que ninguém neste país destrua o projeto de inclusão
social que começamos a fazer a partir de janeiro de 2003. O que incomoda é
isso. Pode dizer que não, mas desde o tempo do Império Romano a elite não
gostava quem se aproximava do povo. Mas ninguém vai destruir este projeto. O
povo aprendeu a conquistar coisas, aprendeu que pobre pode fazer universidade,
que pode comer carne, que pode viajar de avião, e que pobre não nasceu pobre,
ficou pobre por conta do sistema econômico deste país. Isso está em jogo, e os
democratas não podem se conformar com essa tentativa de golpe explícito que
tenta aplicar falando em impeachment da Dilma.
A
democracia é séria, não se brinca com a democracia. Eles tentam destruir a
democracia negando a política. Por isso eu vou fazer mais política, vou
participar ativamente do processo eleitoral. Tem gente que acha que o PT
acabou, e vocês vão ver. Eu acho que o Haddad vai ser reeleito em São Paulo, só
pra falar a maior cidade.”
Processos contra caluniadores
“Eu
comecei a processar, diferente do que eu fazia antes, porque diziam que não
adiantava nada. Aí fui a uma audiência, onde processamos jornalistas do Globo…
e comecei a processar porque o dono do jornal se livra botando a culpa no
jornalista, então comecei a processar para ver se retomamos a dignidade profissional
da categoria.
Nesse
processo que fui, no Rio de Janeiro, quando o juiz fazia uma pergunta, o cara
falava: “tem a fonte, não posso falar”. E eu pergunto: venho aqui, fico nu
diante da Justiça, e vem um cidadão que diz: “olha, não posso falar, é segredo
de fonte”. Assim é desproporcional. Não dá para ser assim.
A
desfaçatez é tamanha… O que se faz com o meu filho Fabio é uma violência. Ontem
mesmo fiquei sabendo de um lutador dessa luta que eu não gosto falando que meu
filho tem um iate de 80 pés em Angra… como um cidadão tem a desfaçatez de
mentir?
A
gente começou a abrir processo agora, porque não interessava. Mas acho que tem
que processar. Quando cheguei ao governo, a Fenaj apresentou um projeto para
criar um tipo de OAB dos jornalistas. E o pessoal analisou, deu entrada, e
quando chegou ao Congresso Nacional, foi um cacete que nem a Fenaj defendeu. Os
jornalistas atacaram, reclamaram, e eu pensei: se nem o jornalista quer,
tiramos o projeto.
Antigamente
os jornais tinham dono, e você falava com o dono e tentava resolover alguma
coisa. Hoje você tem executivo preposto. Não resolve mais nada.
A
politização chegou a tal ordem… e eu admito a politização. Que eles peçam o
voto que quiserem nos editoriais. O que não admito é mentira na informação.
Daqui pra frente vou processar. Tem muitos, e vai ter cada vez mais. Eu não
gostaria que fosse assim.
Há
um abuso, uma falta de respeito com a Dilma. Achei que ela seria mais bem
tratada por ser mulher, mas não tem isso. É uma coisa de pele. Se você não tem
a minha pele, não te aceito no meu clube.
As
pessoas podem não gostar do PT, sem problemas, mas se elas não reconhecerem o
que seria este país sem o PT… Um homem sério ou uma mulher séria não pode
admitir a execração das pessoas.”
Campanha em 2014 e ajuste fiscal em
2015
“O
cidadão não pode gastar mais do que ganha. Se você quer ter uma capacidade de
endividamento, tem que ser uma que dá para pagar. Acho que todos nós fazemos
assim. Agora, a verdade é que a Dilma, no primeiro mandato, teve um mandato
muito exitoso. Os problemas começaram quando a Dilma preocupada em prevenir a
redução do crescimento, e ela não queria de jeito nenhum reduzir os programas
sociais, ela fez um forte subsídio. E uma forte política de isenções que chegou
a quase R$ 500 bilhões nos últimos anos.
Quando
você faz subsídios e a economia não consegue se recuperar, você começa a
arrecadar menos. E aí precisa fazer um corte. E para isso, precisa escolher o
que é prioritário para a sociedade, no caso, a geração de emprego, o
investimento nas universidades.
Ora,
houve um equívoco político já reconhecido pela presidenta. Foi a gente ganhar
as eleições com um discurso, com apoio do povo da PUC e da Zona Leste, de
artistas, de gente que acreditou e foi para a rua defender um projeto de
inclusão social, acreditando que é possível fazer um processo mais forte de
democratização da mídia brasileira, de diversificação da cultura. Foi para isso
que as pessoas foram para as ruas.
E a
Dilma dizia que ajuste era coisa de tucano, não coisa dela, mas depois foi obrigada
a fazer. E como estava num processo de diálogo com o movimento sindical e só
anunciou em dezembro… criou um mal estar. Ela sabe disso. Agora, o que nós
estamos vendo: se em algum momento se acreditou que fazendo discurso para o
mercado a gente ia melhorar, o que a gente percebeu é que não conseguimos
ganhar uma pessoa do mercado. Nem o Levy, que era representante do mercado no
ministério da fazenda, não virou governo. Não ganhamos ninguém e perdemos a
nossa gente. Então o desafio da Dilma, agora, e eu peço a Deus que a ilumine
muito, o ministro Nelson Barbosa e todo o governo, é que em algum momento neste
mês vão precisar anunciar alguma coisa para a sociedade brasileira. Então o
Levy saiu, e o que vai mudar?
Uma
forma de aumentar a capacidade de arrecadação do estado brasileiro é aumentar
imposto, e está difícil no Congresso. A outra, é o crescimento econômico. A
Dilma tem de ter como obsessão a retomada do crescimento e do emprego. Não é
fácil, mas é a tarefa política.
Você
precisa escolher o que fazer, com investimento público. Se o governo não está
pondo dinheiro, porque o empresário vai por? O governo precisa tomar a
iniciativa. Precisamos de uma forte política de financiamento, temos muitas
obras inconclusas que precisam ser terminadas. A Dilma lançou o PIL, que é um
programa de investimento em logística. E tem muita coisa por fazer.
Não
existe nada mais edificante para um ser humano do que ser capaz de prover seu
próprio sustento. O jovem está ansioso para trabalhar. O emprego precisa ser
uma obsessão para nós.”
Recuperação da economia
“Nós
estamos arrecadando pouco, e portanto não temos capacidade de investimento para
induzir. Você não está fazendo as concessões de portos e aeroportos, e é
importante fazer. O que a gente percebe é que tá faltando crédito,
financiamento. Penso que apresidenta e o Barbosa precisam pensar, não sei pra quando,
uma forte política de crédito para investimento e para consumo.
Em
2008, na época da crise, colocamos R$ 100 bilhões do Tesouro para financiar o
desenvolvimento. Na primeira levada que colocamos, os bancos privados não
criaram crédito a partir dos títulos do tesouro. Então fomos com os bancos
públicos, compramos o Banco Votorantim para financiar carro, o Bradesco tinha
parado de financiar motocicleta e nós fizemos o financiamento para motocicleta
nos bancos públicos.
Nós
temos 14 milhões de micro empresas e MEI, e que precisamos financiar, financiar
a cadeia produtiva, por exemplo. Isso tem de ser feito com mais rapidez. Tem de
ter uma política de financiamento de infraestrutura com mais rapidez, e o
consumo. Se não tem consumo, ninguém investe. Poderia se tentar ver como está o
crédito consignado e fazer uma forte política de crédito consignado, acertado
com o movimento sindical e os empresários.
Se a
gente fizer tudo isso, a gente faz a roda da economia girar. Aí o governo vai
arrecadar mais, e ter mais capacidade de investimento.
O
pessoal fala muito de dívida pública no Brasil… Depois de 2007, a dívida
pública norte-americana foi de 74% para 105%; o Obama endividou o país, mas
para fazer a economia girar. Você cria um ativo que vai dar retorno e vai te
ajudar a arrecadar mais. Agora falam da nossa dívida, ela cresceu porque o PIB
caiu. Se o PIB crescer, ela cai.
Então
o jeito da gente consertar a economia, na minha opinião, é fazer a economia
crescer. A Grécia começou com uma crise que 30 bilhões resolviam, mas depois de
10 anos de discussão, chegou a uma situação que 200 bilhões não resolviam.
Infraestrutura
é central, não apenas ferrovias, mas muitas coisas que você precisa investir.
Eu se fosse a Dilma, fazia como os russos: chamava a China e pactuava um grande
projeto de investimentos e dava como garantia o petróleo. Eles precisam e nós
temos. Uma crise cria a oportunidade que você faça tudo que não dá para fazer
na normalidade”.
A turma do ‘quanto pior, melhor’
“O povo brasileiro precisa repudiar,
veementemente, todas as pessoas que trabalham para atrapalhar o desempenho do
Brasil. Quando alguém trabalha para impedir que o que o governo faz não dê
certo, quem sofre na pele é o povo mais necessitado deste país. Quando as
pessoas tiraram a CPMF achando que iam me prejudicar, eu não fui prejudicado.
Mas o povo brasileiro foi. Quem precisa da saúde pública é o povo mais humilde.
Então
quando as pessoas tentam prejudicar a Dilma, estão retardando o avanço social
do povo brasileiro. Teve até um que disse outro dia que ia tirar R$ 10 bilhões
do Bolsa Família.
A
Dilma precisa conversar mais com a sociedade, organizar os partidos, assumir
compromissos de seus aliados, porque… política é assim. Se tem uma coisa que o
Congresso Nacional adora, e qualquer parlamento do mundo, é presidente fraco.
Quando ele forte, o presidente faz muita coisa e eles não podem contestar. Veja
o papel do Eduardo Cunha. Ele se presta a criar uma pauta bomba todo dia, sem
se importar se tem algo pra votar que tenha importância para o país; não de
importância para a Dilma, mas para o país.
Mas
precisa, pelo amor de Deus, com a base aliada, pactuar que a minoria não
paralise este país. O governo foi eleito para governar, e não pode permitir que
a minoria, que a pauta negativa, paralise o país. O Jaques Wagner tem muita
expertise política e vai trabalhar, com o Berzoini, para que a gente aprove o
que for necessário para que a economia volte a crescer.”
A volta por cima do PT
“O
PT errou, cometeu práticas que condenávamos. E o PT não nasceu para ser igual
aos outros, nasceu para mudar a lógica dos partidos tradicionais. Mas uma coisa
é o PT quando a gente dizia: “sua vez, sua voz”, o PT que fazia campanha
vendendo macacão, estrela, bandeira… na medida que a família começa a crescer e
o partido entra nas instituições e na briga institucional, o partido mudou.
Lembro de um tempo que a gente sentava aqui na direção nacional e fechava política
de alianças nacional. Mas aí o partido vai crescendo e começa aliança ora com
um, ora com outro, aí precisa de dinheiro pra campanha, as campanhas de TV
ficam cada vez mais caras, parecendo filme de Hollywood e, de repente, o PT
ficou parecido a todos os outros. E isso levou a posturas equivocadas.
Agora,
você conhece algum deputado deste país que vendeu seu patrimônio para ser
deputado? O que acho grave é que todos os partidos pegaram dinheiro das mesmas
fontes. Os empresários são os mesmos para todos os partidos, e só com o PT é
crime? Por isso, sou favorável ao financiamento público de campanha.
As
pessoas falam do PT e não conhecem o PT. Em 1989, eu tava pra desistir de ser
candidato. Eu estava chegando a Balbina, no Amazonas, quando o Kotscho me trouxe
um Estadão com o Ibope: “Lula cai de 3% para 2,75%”. E eu pensei em desistir,
porque senão ia terminar a eleição devendo pro Ibope. Mas quando chego lá em
Balbina, encontro 100 pessoas, crianças, famílias, com bandeirinha do PT
esperando para nos ouvir. As pessoas pegavam dois dias de canoa, trazendo
frango e farinha pra comer e vender, só pra ver o PT, então eu não podia
desistir. Eu não tenho o direito de desistir. Esse partido é muito grande, não
pode ser abandonado porque uma pessoa cometeu um erro.
Não
é questão de voltar às origens, porque não podemos voltar a ser quem fomos. Mas
voltar a ter os mesmos compromissos e práticas daquela época. Os erros não
devem servir para execrar o PT, mas para nos ajudar a consertá-lo. Pode
ficar certo: o PT vai ressurgir como fênix. Vai ressurgir das cinzas muito mais
forte. Fecha os olhos trinta segundos e imagine o que este país seria sem o PT,
o que seria a política deste país sem o PT. Eu não vou deixar, eu vou motivar
nossos companheiros. Então, uni-vos petistas! Em torno da causa nobre da
democracia e da inclusão social!”
Movimentos sociais são críticos
demais?
“Eu
nasci na política no movimento social. O legado que eu consegui construir neste
país se deve muito à participação do movimento social, nos bons e nos maus
momentos. Porque o movimento social tem uma característica: eles pedem menos
que qualquer adversário e ajudam muito mais que qualquer adversário atendido.
Sinto muito orgulho de ter estabelecido a melhor relação entre Estado e
sociedade e movimento social neste país.
Às
vezes, enche o saco, a gente não gosta… mas Deus há de fazer com que esse
movimento continue cobrando do governo. Se o movimento não cobra do governo, o
governo acha que tá tudo certinho. Eu prefiro o movimento cobrando e
reivindicando que movimento social passivo. Eu tenho o mais profundo respeito e
acho que a Dilma tem o mais profundo respeito. Com a diferença que eu vim dele,
seja no sindicato, seja na igreja progressista, eu venho deles.”
Quem está mais à esquerda: Lula ou
Dilma?
“A
Dilma é muito mais à esquerda que eu. Ela tem uma formação ideológica mais
consolidada. Eu sou um liberal… Veja, eu, na verdade, o que eu acho, eu sou um
cidadão muito pragmático e muito realista entre aquilo que eu sonho e aquilo
que é a política real.
Se
um partido ganhasse as eleições sozinho, elegesse todo mundo, ia ser uma
desgraça. Ia ter corrupção pra caramba. O ideal é ter as maiorias, mas não
tendo forças, não tendo aliados de esquerda, você faz uma composição. E você
faz com quem quer te apoiar. O PT negou muitos apoios. Quando fui presidente da
República, eu tinha consciência de que eu era um estranho no ninho. Aquilo não
foi feito para um operário chegar lá. O Congresso não tinha nem banheiro
feminino.
Eu
hoje acho que sou mais à esquerda do que eu era. Eu tenho lido mais, eu tenho
visto que mesmo fazendo o que nós fizemos por este país, ganhando o dinheiro
que ganharam em nosso governo, eles ainda não nos aceitam. Há um preconceito,
que não sei se é de classe, mas é visível. E eu tento tratar isso
democraticamente.
Os
de cima não aceitam sequer um novo rico; se não for do meio deles, tá fora.
Então te confesso que eu tenho uma coisa na minha vida que é minha coerência
política. Um discurso de 1989 e um de 2009, tem coerência. O Lula nunca mudou de
lado. Eu sei de onde eu vim. Fui presidente da República e voltei para o mesmo
lugarzinho.”
Lei Antiterrorismo
“Eu
sou contra a lei antiterrorismo. É uma loucura a gente fazer uma lei por conta
dos black blocs. Este país não tem tradição de terrorismo. Nós fizemos os jogos
Pan Americanos e não aconteceu absolutamente nada. Vamos fazer as olimpíadas e
com o sistema de segurança que está sendo feito, não vai acontecer nada. Vamos
envolver o povo brasileiro, com a quantidade de pessoas por aí que querem ser voluntárias.
Não vamos trazer para cá um problema da
França, americano ou do Oriente Médio.
Somos outra nação.”