FCO.LAMBERTO FONTES
Trabalha em JORNALISMO INTERATIVO
Mora em ARAXÁ/MG
1 blogspot + 1 página com + de 60 grupos no facebook + twitter + de 860 blogs e comunidades no google+, + de 412 conexões no LinkedIn = 474.974 visualizações em 38 meses
20/02/2016
·
POLÍTICA
por FERNANDO BRITO
Exploração
política
de
pensão fajuta?
Valeu
para Renan,
mas
não vale para FHC
As revistas semanais, como era de se esperar, simplesmente
ignoraram em suas capas o escândalo da semana: a revelação, pela jornalista
Mírian Dutra, de que Fernando Henrique Cardoso valia-se de um contrato fajuto
de uma empresa beneficiária do Governo para pagar uma pensão alimentícia de US$
3 mil ao filho que, àquela altura, considerava seu.
E providenciaram, num
estalar de dedos, uma nova carga de vazamentos contra Lula, montada à base de
suposições absurdas até pelo valor que se pagaria, de fato, se ele estivesse
patrocinando negócios ilegais e não a legítima expansão de negócios de empresas
brasileiras no exterior – e bem distante das Ilhas Cayman, de onde vinha a
“pensão fajuta” da ex-namorada de Fernando Henrique. Porque, onde se atribui a
um gerente da Petrobras, Pedro Barusco, o surrupio de R$182 milhões,
chega a ser risível que – entre viagens, hospedagens e palestras, Lula tivesse
recebido 26 vezes menos para atuar como “vendedor” de serviços empresariais.
E, se as palestras e
eventos com Lula não tinham valor, mas eram simples cobertura do pagamento de
vantagens a Lula,no julgamento da mídia, resta explicar porque por elas pagaram
quase o mesmo, por cada uma, empresas como a Microsoft, Itaú,
Santander, Ambev, Telefónica, Iberdrola, Telmex, Lojas Americanas, LG, Bank of
America e outras, além da própria dona da Época, a Infoglobo.
A coisa é tão ridícula
que usam como “prova” o fato de Lula ter se reunido com o presidente do BNDES
um mês depois de ter ido a Cuba, em 2011.
Desculpem, se Lula,
com o prestígio que tinha em 2011, pisasse no aeroporto e ligasse para o
presidente do BNDES dizendo que precisava falar com ele, era recebido no mesmo
dia, se desejasse.
Evidente que os
vazamentos integram a operação “Fazer o que o gato faz” com o escândalo
FHC-Brasif.
E o “coitado” do
ex-presidente reclama do “uso político” do caso, com os lordes da grande mídia
balançando a cabeça, reprovando essa “baixaria” – não sei qual, porque o
problema é o dinheiro e seus caminhos, não a indiferença parental de Fernando
Henrique Cardoso.
O curioso é que
fizeram capas inteiras sobre o caso semelhante de Renan Calheiros, quando
uma ex-amante – coincidentemente a também jornalista Mônica Veloso –
denunciou outra pensão fajuta igualzinha, como mostro na ilustração do post.
A moral da mídia
é mesmo elástica para seus queridinhos e uma rocha para seus inimigos.