FCO.LAMBERTO FONTES
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11 DE ABRIL DE 2016 ÀS 12:15
CARDOZO:
“É DE RECEBER DINHEIRO DE FURNAS QUE DILMA É ACUSADA?”
Ao apresentar a defesa da presidente Dilma Rousseff na comissão especial que analisa o pedido de impeachment, na Câmara, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, compara a situação de Dilma à do senador tucano Aécio Neves, um dos principais defensores do golpe, acusado de coordenar um esquema de corrupção em Furnas, e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu no STF por corrupção e dono de contas não declaradas na Suíça; "É de receber dinheiro de Furnas que Dilma é acusada? É de ter contas no exterior?", perguntou; Cardozo lembrou que Cunha teve direito a vários recursos, diferente da presidente, e lembrou que as chamadas 'pedaladas fiscais' já eram prática conhecida em outros governos; "Por que a nossa é de má-fé e a outra é correta?"; "A história não perdoa a violência da democracia. E um próximo governo fruto dessa situação não terá legitimidade. Se consumado, deve ser chamado golpe. Golpe de abril de 2016", finalizou
247 – O advogado-geral da União, José Eduardo
Cardozo, comparou as acusações contra a presidente Dilma Rousseff com as feitas
contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e contra o presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), ao apresentar a defesa do governo na comissão especial que
analisa o pedido de impeachment na Câmara dos Deputados nesta segunda-feira 11.
Um dos principais
defensores do golpe, Aécio e acusado de coordenar um esquema de corrupção em
Furnas e citado várias vezes por delatores diferentes na Operação Lava Jato.
Cunha é réu no Supremo Tribunal Federal
por corrupção e lavagem de dinheiro e dono de contas bancárias não declaradas
na Suíça, por onde recebeu ao menos US$ 5 milhões em propina.
"É de receber dinheiro de Furnas que Dilma é acusada?
É de ter contas no
exterior?", questionou Cardozo.
"Sobre o que ela
tem que responder?
Vossa excelência não
disse", acrescentou, em referência ao relator da comissão, deputado Jovair
Arantes (PTB-GO), que defendeu o afastamento da presidente em seu relatório.
Cardozo lembrou ainda que Cunha teve direito a vários recursos
em seu julgamento, diferente da presidente, e lembrou que as chamadas
'pedaladas fiscais' já eram prática conhecida e aprovada por tribunais de
contas e pelo Congresso em governos anteriores.
"Por que a nossa é
de má-fé e a outra é correta?", perguntou o ministro.
Segundo o chefe da AGU, o processo de impeachment é nulo
por vícios de origem.
"A história não
perdoa a violência da democracia.
E um próximo governo
fruto dessa situação não terá legitimidade.
Se consumado, deve ser
chamado golpe.
Golpe de abril de
2016", finalizou Cardozo.