FCO.LAMBERTO FONTES
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Postado em 13 maio 2016
O caso
Gilmar & Aécio
simboliza a nova era.
Por Paulo Nogueira
Eles sorriem e o país chora
Não foi necessário mais de um dia para que se
confirmasse o óbvio.
Todo o alarido da plutocracia não era contra a
corrupção. Era contra o PT. Contra a esquerda.
Primeiro veio a informação em que seu ministério,
um verdadeiro mausoléu dos horrores, Temer incluiu sete investigados na Lava
Jato.
Deu-lhes, assim, foro privilegiado.
Num dos últimos capítulos da campanha sem tréguas
contra Dilma, a nomeação de Lula foi tratada pela mídia plutocrática como um
escândalo.
O STF contribuiu para tornar ainda pior a situação de Dilma ao
suspender a indicação de Lula.
E agora?
Nada, nada, nada. E ainda nada.
É o Brasil destes tempos: a lei, as regras, os
rigores, as cobranças não são para todos.
A direita pode tudo.
Tão simbólica disso quanto os setes anões morais do
ministério foi a atitude de Gilmar Mendes diante do pedido de novas
investigações sobre o envolvimento de Aécio no caso Furnas.
Gilmar Mendes, há
muito conhecido como líder do PSDB no STF, rechaçou o pedido, nascido da delação de
Delcídio.
O DCM fez uma investigação especial sobre Furnas.
Aécio é personagem central no esquema de assalto ao dinheiro público através
desta estatal.
Veja aqui o vídeo do DCM.
Nunca ninguém – a
começar por Aécio – foi punido por causa do que foi dito acima: a direita pode tudo.
A imprensa fechou
os olhos, em sua cumplicidade crônica.
E a Justiça não se mexeu.
Furnas merece um parêntese.
Em sua delação, Delcídio afirmou que foi ali que
Eduardo Cunha começou a se vingar de Dilma.
Dilma, segundo ele, acabou com a
farra dos corruptos em Furnas.
Um pau mandado de Cunha foi afastado por ela
para moralizar a empresa.
E então Cunha iniciou o que culminaria na aceitação
do infame pedido de impeachment: a retaliação.
Esta é República dos Plutocratas, inaugurada na
quinta por Michel Temer.
O usurpador disse que já é hora de a imprensa parar de
falar em crise. Na mesma linha, Moro pediu calma à sociedade.
Tolerância diante
da corrupção.
Pausa para gargalhar.
Como se Temer e Moro tivessem que pedir este tipo
de coisa.
A mídia plutocrática vai transformar prontamente o inferno artificial
que era o Brasil sob o PT num paraíso ainda mais fajuto que será o Brasil sob o
amigo Temer.
A corrupção vai sumir do noticiário.
A Lava Jato
nunca mais merecerá as coberturas estrepitosas da era Dilma e PT.
E os
midiotas, ou analfabetos políticos, não se sentirão empurrados a ir para as
ruas gritar contra a corrupção e nem a bater panelas caras.
Bem-vindos à República dos Plutocratas.
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16 DE MAIO DE 2016
Depoimentos do senador tucano e de testemunhas
relacionadas aos casos envolvendo Aécio Neves, que deveriam acontecer em até 90
dias, foram cancelados com o pedido do ministro Gilmar Mendes de cancelar a
coleta de provas em documentos e arquivos apreendidos na Operação Lava Jato;
Aécio foi alvo de pedido de investigação ao STF pela Procuradoria-Geral da
República em dois inquéritos diferentes, sobre Furnas e tentativa de
influenciar o resultado da CPI dos Correios, em 2005
247 – O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal
Federal, cancelou depoimentos do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e de testemunhas
relacionadas aos casos envolvendo o parlamentar, que deveriam acontecer em até
90 dias.
Os
depoimentos foram cancelados com o pedido de Gilmar de arquivar a coleta de
provas em documentos e arquivos apreendidos na Operação Lava Jato para apurar o
envolvimento de Aécio em duas denúncias diferentes.
Uma delas
aponta que o senador comandava um esquema de corrupção em Furnas, e a outra que
ele teve influência em ações para influenciar o resultado da CPI dos Correios,
em 2005 – ele teria, junto com o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) e o atual
prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), tentado ocultar da comissão o chamado
mensalão mineiro.
Aécio foi
alvo de pedido de abertura de dois inquéritos pela Procuradoria Geral da
República, comandada por Rodrigo Janot, ao STF, tendo como uma das bases para
isso a delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral.
Gilmar
mandou apurar o caso, mas no dia seguinte, mandou arquivar a coleta de provas.