FCO.LAMBERTO FONTES
Trabalha em JORNALISMO INTERATIVO
Mora em ARAXÁ/MG
1 blogspot, + 1 página no facebook, + de 90 grupos no facebook, + twitter,
+ de 940 blogs e comunidades no google+, + de 433 conexões no LinkedIn.
534.055 visualizações em 43 meses
09/08/2016
Porque
não
estou
cobrindo
o
julgamento no Senado?
A
televisão, ao fundo, vai tocando os vossa-excelência-pra-cá-vossa-excelência-pra-lá em
que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski faz o papel
de Nossa Senhora em certos estabelecimentos de luz fracas e avermelhadas.
Assiste-se a um julgamento sobre o nada,
porque nada há para julgar.
Não há crime e isso ficou claro quando o órgão
competente, o Ministério Público, afirmou que não há operação de crédito no
Plano Safra e que não há sequer parecer do Tribunal de Contas sobre as
questões orçamentárias de 2015.
O
que se passa ali é tão somente um circo político, onde uma ambiciosa maioria
alinhada – e aliciada – pelo presidente interino apenas afia a lâmina para a
execução não de Dilma Rousseff, mas da legitimidade de quem recebeu o voto
popular.
Que a política
parlamentar no Brasil é um lixo desprezível, salvo cada vez mais raras
exceções, todos sabemos.
Mas constrange ver o presidente
da corte suprema presidindo um julgamento onde os próprios acusadores não têm
com que sustentar aquilo com que acusam.
Está
ali apenas para zelar que tudo seja formalmente “limpinho”.
Não é um juiz, apenas um rábula regimentalista.
Mas correm,
apressam-se, agora por umas uma extraordinária razão: entregar a presidência a
Michel Temer é livra-lo, até, de investigação criminal pelas denúncias de
propinagem que estão, de forma fugaz, na imprensa que o apóia.
Francamente, o
balé do golpe é repugnante demais e está além de qualquer discussão séria das
razões apresentadas.