FCO.LAMBERTO FONTES
Trabalha em JORNALISMO INTERATIVO
Mora em ARAXÁ/MG
1 blogspot, + 1 página no facebook, + de 90 grupos no facebook, + twitter,
+ de 940 blogs e comunidades no google+, + de 433 conexões no LinkedIn.
531.614 visualizações em 43 meses
31 DE JULHO DE 2016
NA PAULISTA E NO BATATA,
O CONFRONTO DE DOIS BRASIS
Protestos deste domingo opuseram, de um lado, nostálgicos da ditadura, o Brasil misógino de Frota e Bolsonaro; da sanha entreguista de Serra em doação das riquezas do Pré-Sal; de financistas que acham o salário mínimo alto demais, as aposentadorias precoces e os juros justos; e de outro, o Brasil dos sem-terra, dos sem-teto e dos sem-fome, dos operários e cotistas; daquele Brasil que acredita na democracia e na legalidade e que não admitirá a supressão do direito de eleger o seu representante máximo
Dois brasis confrontaram-se
neste domingo (31) nas ruas das capitais do país.
Duas propostas de nação
postaram-se na trincheira dos protestos: uma que defende a legalidade e que
teme pelo futuro da democracia; outra que afasta um presidente legitimamente eleito,
sem crime, e que promove uma patética e perigosa apologia da ditadura militar.
São Paulo foi palco de cabal demonstração da divisão que o país
vive.
De um lado, no Largo da Batata, 40 mil sem-terra, sem-teto, operários,
cotistas;
de outro, na Paulista, 5 mil tementes de se tornarem sem-Disney,
sem-carro-do-ano, a Fiesp, os nostálgicos do ideário dos coturnos.
O afastamento de Dilma Rousseff (PT) e a ascensão do interino
Michel Temer acabou por jogar luz sobre o projeto daqueles que foram às ruas
nas manifestações pretéritas.
É o Brasil dos privilégios, que concede reajustes
a categorias remediadas do funcionalismo, que intenta acobertar a corrupção,
que espolia o patrimônio nacional, as reservas do pré-sal, em benefício de
interesses estrangeiros.
Há na interinidade um notório retrocesso em garantias sociais.
O
Brasil conservador está tão assanhado que chegou-se ao absurdo de propor uma
jornada de trabalho de 80 horas semanais.
Mas nem isso foi capaz de arrefecer o
ânimo golpista dos canarinhos.
Pois foi contra a supressão dessas conquistas que o Brasil
progressista foi ao Largo da Batata, contra a reforma trabalhista que
privilegia o pato da Paulista; contra os cortes no Bolsa Família, que a revelia
das distorções, salva da fome milhões.
Saiu também às ruas contra a misoginia
ministerial, contra a cultura do estupro de Alexandre Frota e de Jair
Bolsonaro; contra a ascendência reacionária cristã que ofende a sociedade com
uma proposta de cura gay.