FCO.LAMBERTO FONTES
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6 DE ABRIL DE 2017 ÀS 18:05
REQUIÃO DEFENDE NOVO PROJETO NACIONAL DE
DESENVOLVIMENTO
Em
discurso no Plenário, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) demonstrou sua
indignação com o modelo econômico adotado pelo país, marcado a seu ver por
liberdade excessiva ao capital, e defendeu a adoção de um projeto nacional de
longo prazo para estimular o crescimento e o desenvolvimento com justiça
social; defendeu maior distribuição de renda, estimulada com um sistema
educacional com pelo menos 15 anos de estudos e currículos reformulados,
vocacionando os formandos para as ciências naturais e a engenharia, gerando um
trabalhador educado e com maior renda
Agência Senado
Em discurso no Plenário, nesta quinta-feira
(6), o senador Roberto Requião (PMDB-PR) demonstrou sua indignação com o modelo
econômico adotado pelo país, marcado a seu ver por liberdade excessiva ao
capital, e defendeu a adoção de um projeto nacional de longo prazo para
estimular o crescimento e o desenvolvimento com justiça social.
Ao
apresentar estudo elaborado por sua equipe, o parlamentar listou pressupostos
que considera essenciais para que se construa um novo projeto de país.
Ele demonstrou preocupação com a dívida
pública, que, na sua opinião, inviabiliza qualquer ação estatal que necessite
de investimento, é impagável e, por isso, deve se tornar elemento promotor de
investimentos, aliada a câmbio competitivo e controlado.
Defendeu maior distribuição de renda,
estimulada com um sistema educacional com pelo menos 15 anos de estudos e
currículos reformulados, vocacionando os formandos para as ciências naturais e
a engenharia, gerando um trabalhador educado e com maior renda.
O
terceiro pressuposto, a seu ver, é a necessidade de integração do território,
com ações de ordenamento territorial e regularização fundiária, além do
planejamento da integração física do Brasil com os demais países da América do
Sul.
O senador propôs também a modernização da
indústria nacional para que se torne mais competitiva, com investimentos em
setores como o eletroeletrônico, o de química fina e o de biotecnologia.
E sugeriu melhorar a urbanização, vencendo a
desestruturação que se vê nas cidades e metrópoles brasileiras, com planejamento
urbano e um programa de construção civil de moradias que se encaixe no conceito
moderno de formatação de cidades.
Requião
também citou a importância da inserção internacional do país e a conquista do
mercado externo, que exigem uma estratégia geopolítica e a adoção de ações
diplomáticas para a conquista de novos mercados, para a montagem de grandes
parcerias no mundo e para a atração de investimento, mas também contando com um
bom aparato dissuasivo de defesa.
— O
Brasil tem vantagens comparativas estáticas e amplas, recursos agroindustriais
e minerais, um mercado de consumo crescente e uma cidadania mais exigente, que
vem cobrando políticas nacionais para todos, como na saúde e na educação.
Este deve ser o ponto de partida para
identificar as vantagens competitivas dinâmicas, sua priorização, para a
elaboração de um bem-sucedido projeto nacional.
Evidentemente, eu estou me
contrapondo a essa política do dependentismo, da subserviência como fator de
crescimento, da venda de terras nacionais sem limite para países estrangeiros —
afirmou.
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