sexta-feira, 8 de março de 2013

novojornal    Publicado em 08/03/2013

Corte do TRE-MG rebela-se contra "pressões externas"
A revolta é grande entre os integrantes do TRE-MG após o envolvimento do filho do presidente do TJMG na defesa do vereador de BH Léo Burguês

Integrantes da Corte e da procuradoria eleitoral de Minas Gerais fizeram coro aos advogados que ficaram revoltados com o comportamento do advogado Sérgio Augusto Santos Rodrigues, filho do atual presidente do Tribunal de Justiça de Minas, ao assumir a defesa do vereador Léo Burguês.
Desde o dia 26/02 com a procuradoria eleitoral, o pedido de casacão do atual presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Léo Burguês, deve ser devolvido esta semana e a previsão para seu julgamento é para até o final deste mês de março.
“As irregularidades apontadas contra Burguês são graves e amplamente comprovadas nos autos, desta forma inevitavelmente a Corte não terá outra saída, vai manter a casacão de seu mandato”, afirma um assessor da procuradoria eleitoral.
Integrantes da Corte, consultados, informaram que não poderiam antecipar seus votos, porém reservadamente são unânimes em admitir que as pressões são grandes principalmente do secretario Danilo de Castro, autor das articulações para eleição de Burguês para presidência da Câmara Municipal de BH.
Danilo, através do vereador Wellington Magalhães, articulou a candidatura de Burguês para derrotar o candidato de seu adversário partidário, o presidente do PSDB mineiro, Marcos Pestana, assumindo, a partir da vitória de Burguês, as negociações com o prefeito de BH, Marcio Lacerda.
Assessores próximos do presidente do TJMG informam que ele está incomodado com a situação, principalmente diante da insatisfação do funcionalismo que enxergam nele, devido sua ligação política com Danilo da Castro, o empecilho para o cumprimento do acordo celebrado com os funcionários do tribunal.
Na nota do SINJUS fica clara a insatisfação com o Desembargador Herculano Rodrigues;
“Apesar do acordo em torno do Reajuste Escalonado ter sido descumprido com a alegação do TJMG de que era inviável a implementação do benefício em 2013, o presidente do tribunal, desembargador Herculano Rodrigues, tem totais condições de reverter esse quadro. O que falta é vontade política”.
“É importante lembrar que o presidente Herculano Rodrigues sempre defendeu a valorização dos servidores e alegou textualmente que “os salários do Judiciário mineiro são escorchantes”. Além disso, ele afirmou que já tinha negociado o Reajuste com o governador do Estado e que não ia aceitar cortes no Orçamento que inviabilizassem sua implementação”.
Nota do sindicato Sinjus
 

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