segunda-feira, 27 de maio de 2013

Publicado em 27/05/2013
Aécio utiliza Folha para justificar
atentado contra Novojornal
Após a publicação de denúncia da utilização indevida da PGR-MG para monitorar o Novojornal a serviço de Aécio, ele justificar-se em artigo na Folha
Novojornal noticiou que;
“Só mesmo em pleno Regime Militar as instituições da República foram utilizadas de maneira indevida para instaurar procedimentos investigatórios fundamentados na quebra da segurança Jurídica e das garantias individuais constitucionais, como vem ocorrendo em Minas Gerais. Novojornal, desde 2006 denuncia este fato e já havia sido vítima deste esquema em 2008, o que novamente ocorre, desta vez através da PGR-MG.
Chegou à redação do Novojornal, no início do mês de fevereiro deste ano, uma denúncia de que, desde o final do ano passado, através de uma representação do ex-procurador da república e advogado do senador Aécio Neves, Dr. João Batista de Oliveira Filho, que se encontrava em andamento na Polícia Federal sobre a classificação de “Sigiloso”, um procedimento investigatório contra o Novojornal e seu diretor responsável Marco Aurélio Carone.
Tratava-se de uma denúncia de que Novojornal estaria tentando chantagear o senador Aécio Neves através da publicação de notícias consideradas caluniosas e desfavoráveis a sua pessoa. Tudo começara a partir de uma série de indagações sobre sua participação em ocorrências criminosas, feitas por Novojornal ao próprio senador, a pessoas e instituições ligadas aos fatos que seriam citados na matéria”.
Diante da enorme repercussão e cobrança por entidades da sociedade civil ligadas a defesa da liberdade de imprensa, Aécio publicou neste fim de semana a seguinte matéria no Jornal Folha de São Paulo.
“Ninguém discute os benefícios da internet, que carrega o sonho de um mundo mais plural e democrático. Tamanha transformação exige, porém, um novo senso ético e de responsabilidade compartilhada.
Infelizmente, sob os novos horizontes tornados reais, existe um campo cinzento onde se instalou, no Brasil, um verdadeiro exército especializado em disseminar mentiras e agressões. Fingindo espontaneidade, perfis falsos inundam as áreas de comentários de sites e blogs com palavras-chaves previamente definidas; robôs são usados para induzir pesquisas com o claro objetivo de manipular os sistemas de busca de conteúdo; calúnias são disparadas de forma planejada e replicadas exaustivamente, com a pretensão de parecerem naturais.
Absurdas acusações que jamais serão comprovadas, por serem falsas, são postadas e repostadas diariamente. A vítima pode ser um magistrado, um político ou um cidadão comum. Pode ser um jornalista, uma atriz, não importa. Os objetivos são constranger, forjar suspeições, levantar dúvidas, transformar em verdade a mentira repetida mil vezes.
O mais grave é que esse roteiro se repete para buscar desconstruir a imagem de qualquer um que ouse defender ideias divergentes dos interesses daqueles que mantêm plugada essa verdadeira quadrilha virtual. E, quando alguém recorre à Justiça para se defender de ataques infundados, é acusado de exercer censura, invertendo, assim, as posições. A vítima passa à posição de réu.
Esse tipo de ação covarde é um lado da moeda que, na outra face, tenta controlar a imprensa, impedir a formação de novos partidos, defender a remoção do direito de investigação do Ministério Público e a submissão das decisões do STF à maioria governista no Congresso Nacional.
A boa notícia é que esse movimento, cuja origem e objetivos ficam cada vez mais claros, ganha crescente descrédito, fazendo com que certas vilanias fermentem apenas nas trincheiras dos espaços ocupados, e eventualmente pagos, pela má-fé.
Até porque não é apenas o conteúdo da internet, a mais importante revolução do nosso tempo, que deve permanecer para sempre. A honra das pessoas também deveria.
Liberdades de imprensa, de informação e de opinião são conquistas definitivas da nossa sociedade. Calúnia, injúria e difamação são crimes. E assim devem ser tratados”.
Novojornal esclarece que em todas as matérias publicadas citando o senador Aécio Neves foi dado ao mesmo a oportunidade de apresentar sua versão sobre o fato que seria noticiado, assim como  em todas as oportunidades Aécio negou-se a comentar. Sem dizer que todas foram acompanhadas da documentação que a fundamentou.

Notícia Relacionada: