segunda-feira, 6 de maio de 2013

Segunda-Feira, 06 de maio de 2013
QUE HISTÓRIA
É ESTA?

                                                         
EDITORIAL: Por Geraldo Elísio
Geraldo Elísio escreve no "Novojornal". Prêmio Esso Regional de jornalismo, 
passado e presente embasam as suas análises.

“O primeiro compromisso de Minas é com a liberdade” – Tancredo Neves em seu discurso de posse como governador de Minas Gerais.

Muito antes dele, na luta pela liberdade contra a Coroa Portuguesa, Joaquim José da Silva Xavier, o “Tiradentes”, cunhou a célebre frase que a bandeira de Minas Gerais até hoje ostenta: 

“Libertas quae sera tamem”
– Liberdade ainda que tardia.-

Às vésperas do primeiro cinqüentenário do golpe civil militar de 64, insuflado pelos EUA (Operação Brother Sam”, quando um regime ditatorial foi implantado no Brasil, à larga funcionando a censura depois da queda do presidente João Goulart o Brasil vive momentos de liberdade de imprensa reconquistada, mas o Estado de Minas Gerais não resiste a um exame clínico no que diz respeito a tal quesito.
Porém, sintoma é efeito e não a causa. A ressonância da impunidade vai ampliado a área de tecidos lesados pela impunidade criando um patologia crônica onde um erro, digamos pequeno, em todas a tentativas inválidas de encobri-lo o transformam em patologia média com a ação seguinte conduzindo ao estado terminal de degradação moral com uma septcemia  a atingir organização como um todo em seu conjunto.
Agravando a situação o desprestígio e o descrédito da mídia tradicional, aliados ao surgimento de novas formas de comunicações alternativas com o mercado a exigir profissionais com outro tipo de formação distanciada do quadro básico que até agora funcionou, implicam num pauperismo que leva o conjunto da mídia de joelhos a se postar diante das burras governamentais que assim mesmo os levam a morrer de silêncio.
No atual quadro o primeiro compromisso de Minas deixou de ser com a liberdade, excluída para dar lugar às tentativas de exclusão da informação que omita o descalabro moral de muitos a alimentar tal ciclo vicioso. Feito vírus letais a contaminar tantos que de repente não dará nem para alguém sensato perceber estarmos envoltos em uma pandemia.
O dinheiro acumulado pode comprar muitas coisas, mas não todas as coisas.
E até onde isto irá chegar eu não sei, mas aposto todas as minhas fichas que não será a um bom lugar.
Este espaço é permanentemente aberto ao democrático direito de resposta a todas as pessoas e instituições aqui citadas.
geraldo.elisio@novojornal.com