quarta-feira, 27 de novembro de 2013

CACHIMANHA TUCANA,,, NO ARDIL E NA ARTIMANHA

 
Publicado em 27/11/2013
Editorial

O USO DO CACHIMBO
DEIXA A BOCA TORTA

Por Yve Thomé

É interessante e peculiar a capacidade que o partido PSDB possui de se apegar e agarrar as lembranças do passado e impressionante como o mesmo pauta a todo o momento suas ações atuais.
É visível a dificuldade que o partido possui de definir uma linha e um discurso político para as eleições de 2014, o que ocorre é o fato do PSDB, juntamente com Aécio Neves, beberem nas fontes do saudosismo, pois almejam a volta da gestão governamental regulada no neoliberalismo e no entreguismo, muito pertinentes na presidência de Fernando Henrique Cardoso, sonham com um governo estruturado na elite social e política.

O PSDB não quer inserir na sua agenda a inclusão social, nenhum dos candidatos que pretendem pleitear o cargo de presidente da República, ou seja, Aécio Neves e José Serra se preocupam com a questão, principalmente o senador Aécio Neves com sua política do choque de gestão que na verdade, não auxilia muito a minoria, mas camufla as irregularidades no estado de Minas.

Minas Gerais atualmente concentra um débito de R$ 79 bilhões, e o governo quer mais R$ 19 bilhões emprestados, justamente em um momento em que a economia mineira sofreu uma retração de 0,1% no segundo trimestre de 2013, o que nos faz pensar em algumas questões, exemplo: Cadê o rigor fiscal defendido pelo PSDB? Onde ficam as escolas públicas com acesso a deficientes, onde ficam os hospitais e as unidades de saúde pública com bom funcionamento no interior do estado?

O PSDB vivencia seu governo na base do contra-ataque, do elitismo, pois quando existem denúncias a respeito de seus parlamentares a situação não é aceita, pois é caracterizada como calúnia, modelo recente disso é a cúpula do PSDB pedir a demissão do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, uma vez que ele encaminhou à Polícia Federal as denúncias de formação de cartel entre multinacionais e pagamento de propinas para obtenção de contratos com o governo paulista, ele está sendo acusado pelos tucanos de ter adulterado o conteúdo do documento enviado à Siemens em 2008.

Moral da história, o PSDB acusa o PT de comandar uma operação para denegrir a imagem de seus políticos, com o intuito de tirar o foco das prisões do mensalão, portanto, mais uma vez o PSDB se coloca no papel de vítima, utiliza uma áurea de injustiça para promover enlaces políticos e reafirma que as acusações contra o partido são mentiras infundadas, como utilizar essa tática no Mensalão Tucano? 

Essas práticas viciosas do partido foram adquiridas com o decorrer dos anos, e o que parece é que estão bem longe de acabar.