domingo, 29 de dezembro de 2013

GOVERNOS AÉCIO NEVES E ANASTASIA, OS PREDADORES DO MEIO AMBIENTE MINEIRO... DEZENAS DE PROJETOS COM INTERVENIÊNCIAS DANOSAS AO MEIO AMBIENTE FORAM ENVIADOS À ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA MINEIRA POR ESTES GESTORES EXECUTIVOS NO PODER.


29/12/2013
Flora mineira
cada vez mais pobre

Alessandra Mendes - Hoje em Dia

Serra do Cipó, em Minas, um dos locais visitados para a elaboração do livro

Uma em cada três espécies da flora mineira está ameaçada de extinção. De um total de 2.056 espécies analisadas, 34% estão em risco, situação que coloca o Estado como líder do ranking nacional de vulnerabilidade das plantas. O alerta consta no Livro Vermelho da Flora do Brasil, publicado este mês. 

Por ser o estado com o maior número de espécies, Minas concentra, por consequência, a maior quantidade de exemplares ameaçados.

“A grande extensão territorial, a diversidade de atividades nas áreas que são habitat da flora e o fato de haver muitas espécies endêmicas do Estado, ou seja, que só ocorrem ali, acabam justificando a classificação”, explica o coordenador do Centro Nacional de Conservação da Flora, Gustavo Martinelli.

RISCO NACIONAL

Ao todo, 4.617 espécies foram avaliadas em todo o país. Dessas, 2.118 (45,9%) foram classificadas como ameaçadas. Elas se encontram nas categorias vulnerável, em perigo e criticamente em perigo. 

Mata atlântica e cerrado são os dois biomas em que se verificou maior número de espécies ameaçadas, seguidos da caatinga e dos pampas. 

Quanto às espécies avaliadas, o grupo das pteridófitas (que inclui samambaias, avencas e xaxins, por exemplo) é o que mais está em risco, enquanto o das briófitas (musgos, dentre outros) é proporcionalmente o menos ameaçado.

HOMEM PREDADOR 

As principais causas para o problema em Minas são mineração, agricultura, pecuária e crescimento populacional. “Se você está destruindo o habitat onde essas espécies ocorrem, evidentemente você tem um sério problema ambiental. A consequência pode ser o desaparecimento de exemplares, como acontece atualmente”, afirma Martinelli.

O prejuízo, nessas circunstâncias, são incalculáveis. Muitas espécies podem ter potencial econômico jamais descoberto e explorado. Outras se perdem antes de terem contribuído para pesquisas, com substâncias que podem ser usadas em prol da saúde humana. 

Somados, todos os fatores negativos acabam funcionando como um índice de meio ambiente. Um estado que tem muitas espécies ameaçadas, como é o caso de Minas, também tem muitas atividades que vão contra a preservação e a manutenção dos exemplares e perde possíveis benefícios futuros.

Para o pesquisador, a solução para o entrave entre a evolução natural das cidades e o cuidado com o meio ambiente passa pela conscientização individual. “Claro que devemos buscar um mecanismo tecnológico capaz de permitir crescimento com sustentabilidade. Mas isso passa primeiro pelo processo de entendimento da importância do meio ambiente e dos recursos naturais. É um desafio à sociedade”.