Minas 247
18 DE FEVEREIRO DE 2014
CRM-MG ABSOLVE MÉDICOS
CONDENADOS POR VENDA
DE ÓRGÃOS
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Condenados e presos na semana passada por retiraram os órgãos
de um garoto de 10 anos, ainda vivo, os médicos Cláudio Rogério Carneiro
Fernandes e Celso Roberto Frasson Scafi foram absolvidos por unanimidade
no processo administrativo do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais
pela mesma acusação; segundo a Justiça, os órgãos foram vendidos em uma
situação de tráfico no estado
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– Condenados e presos na semana passada
por retirarem os órgãos do garoto Paulo Pavesi, de 10 anos, ainda vivo, os
médicos Cláudio Rogério Carneiro Fernandes e Celso Roberto Frasson Scafi foram
absolvidos da mesma acusação em processo administrativo realizado pelo Conselho
Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG). A decisão foi unânime em um
grupo de 42 conselheiros.
Na semana passada, quando os condenou,
a Justiça pediu ainda a cassação do registro profissional dos dois médicos,
para que eles não pudessem mais atuar na profissão. Com a decisão tomada pelo
CRM-MG, porém, os profissionais seguem aptos a exercer a atividade da medicina.
A Justiça aponta que os órgãos do menino foram vendidos em uma situação de
tráfico em Minas Gerais.
Outros
quatro médicos também foram absolvidos pelo CRM no mesmo processo: Félix Herman
Gamarra Alcantara, Alexandre Crispino Zincone, Gérsio Zincone e João Alberto
Goes Brandão. Os dois primeiros foram condenados, além da morte de Pavesi, pela
morte e retirada de órgãos para venda do pedreiro José Domingos de Carvalho. Os
dois últimos foram condenados apenas pela morte do pedreiro.
O
CRM argumenta que fez um relatório "amplo" depois de analisar as
denúncias, prontuários e depoimentos das testemunhas. Para os conselheiros,
ficou claro que os profissionais citados não infringiram o código de ética.
"Foi entendido que nos autos não
havia prova alguma de irregularidade. O juiz se baseia no Código Penal, mas o
CRM decide na esfera administrativa, com base no código de ética", afirmou
o órgão.
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