Pré-candidato do PT ao Palácio da Liberdade,
Fernando Pimentel diz que programa irá atender 100% da demanda mineira por
médicos; estado tem 1.200 profissionais trabalhando em 480 municípios;
"Como salvar vidas sem um profissional de Saúde? É um dever do Estado e um
direito fundamental. Estamos cumprindo a Constituição. E pensar que muita gente
foi contra...", lembra ex-prefeito de Belo Horizonte
Pautando
Minas – O governo federal começa
a enviar para Minas Gerais, a partir desta semana, 352 novos médicos a fim de
cobrir 100% da demanda do estado por novos profissionais de Saúde inscritos no
Mais Médicos. Em Minas, o programa completará nove meses de vida no início de
maio com a marca de 1.200 profissionais trabalhando em 480 municípios.
As informações são do
pré-candidato do PT ao governo de Minas, Fernando Pimentel, segundo quem a
maioria desses médicos atua no Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha, regiões
com os menores índices de desenvolvimento econômico e social do estado.
Inicialmente, foram priorizados os municípios com maior carência de
profissionais e de maior vulnerabilidade social.
"É impossível
prestar atendimento de qualidade se você não tem médico no posto de saúde. Era
uma situação inaceitável e, após longo estudo, estamos conseguindo mudar essa
realidade. Só quem sofre lá na ponta sabe a importância desse programa",
afirma Pimentel, ao lembrar os ataques da oposição ao Mais Médicos.
Pimentel cita o caso de
Itinga, no coração do Vale do Jequitinhonha, que tem o menor Índice de
Desenvolvimento Humano do estado e é um dos 141 municípios mineiros que
receberam profissionais dentro do Programa Mais Médicos. Para se ter uma ideia
da penúria em Itinga, quem recebe Bolsa Família é considerado "classe
média".
Por isso, a chegada de
três médicos ao município mudou a realidade da população. "Não haver
médico na cidade, como ocorria em Itinga antes do Mais Médicos, é caso de vida
e morte. Como salvar vidas sem um profissional de Saúde? É um dever do Estado e
um direito fundamental. Estamos cumprindo a Constituição. E pensar que muita
gente foi contra...", observa.
O ex-prefeito de Belo
Horizonte lembra que 80% dos problemas de saúde podem ser resolvidos de forma
precoce, no primeiro atendimento médico.
"O programa é um passo para
desafogarmos as emergências e as UPAS, fundamental para que o SUS cumpra o seu
papel como deve. Os desafios são enormes, mas investir na atenção básica é o
melhor caminho", analisa.
Pesquisa recente do
Instituto Datafolha ajuda a explicar por que as críticas ao Mais Médicos
arrefeceram, diz Pimentel. Cerca de 14 milhões de brasileiros já foram
atendidos por algum profissional inscrito na iniciativa do governo federal.
Desses, 69% consideraram o atendimento ótimo ou bom.
Em todo o país, serão
mais 3.745 profissionais que levarão o Mais Médicos a atingir 100% da demanda
apresentada pelos municípios no lançamento do programa. Hoje, 9.490 médicos em
3.025 municípios e 31 distritos indígenas, uma cobertura de 70% do total de
municípios do país. Com os novos médicos, serão 4.040 municípios atendidos.
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