quinta-feira, 29 de maio de 2014

FALCATRUAS,... CONLUIOS,... COOPTAÇÕES E DESVIOS DE CONDUTAS PESSOAIS E PROFISSIONAIS EXISTEM EM PRATICAMENTE TODO O SEGUIMENTO JUDICIÁRIO EM NOSSO PAÍS. INFELIZMENTE SE PRIVILEGIAM NOS "SEGREDOS DE JUSTIÇA", EM RAZÃO DO CORPORATIVISMO EXISTENTE EM TODAS AS INSTITUIÇÕES INERENTES. LEIAM ABAIXO, NO SEGUIMENTO DAS MATÉRIAS DOS PORTAIS DE NOTÍCIAS E FATOS, BRASIL247 E EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO, AQUI REPOSTADAS...

MATO GROSSO
29 DE MAIO DE 2014
ARARATH, DA PF, DESVENDA 
MAPA DE PROPINAS NO MP
Operação da Polícia Federal, que teve sua divulgação suspensa por decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pode ter chegado ao coração de um esquema milionário de corrupção no Ministério Público; planilha apreendida por policiais tem 47 nomes de promotores e procuradoras do MP-MT; não por acaso, foi a primeira vez em que a Procuradoria-Geral da República coibiu a divulgação das investigações, o que Janot negou ser "censura"; 
procurador-geral do Mato Grosso, Paulo Roberto Jorge do Prado, se disse "indignado" 
com denúncia de procuradora da República; 
"Ela enlameou 47 pessoas"
Mato Grosso 247 – A Operação Ararath, da Polícia Federal, pode ter desvendado um esquema milionário de corrupção entre promotores do Ministério Público do Estado do Mato Grosso. Uma planilha, encontrada na casa de Éder de Moraes, ex-secretário da Fazenda do governo do atual senador Blairo Maggi (PR-MT), traz 47 nomes de promotores e procuradores do MP-MT.

Entre os citados no documento, está o procurador-geral de Mato Grosso, Paulo Roberto Jorge do Prado, que se disse "indignado" com a denúncia, apontada pela procuradora da República Vanessa Christina Marconi Zago Ribeiro Scarmagnani. Segundo ela, o documento é de "supostos pagamentos a membros do Ministério Público do Estado de Mato Grosso".
Ao lado do nome de Prado, aparece a quantia de R$ 516,7 mil. "Ela [a procuradora] enlameou 47 pessoas com mais de 30 anos de profissão, são 47 nomes, todos do Ministério Público. Estou indignado com o amadorismo dessa procuradora. Somos promotores e procuradores honrados, mas que da noite para o dia viraram bandidos e corruptos", disse ele ao jornalista Fausto Macedo.

A Operação Ararath teve sua divulgação suspensa por decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Foi a primeira vez que a Procuradoria-Geral da República coibiu a divulgação de informações sobre uma operação da PF.

A atitude gerou uma nota da Associação de Delegados da Polícia Federal (ADPF), que chamou Janot de "censor da República". O procurador-geral nega ter praticado censura e diz que a decisão foi tomada em favor das investigações
 (leia mais).

Clique aqui e leia trechos da manifestação da procuradora e, abaixo, reportagem do portal Midianews, de Mato Grosso, sobre a denúncia:

MPF cita lista com nomes de 47 membros do MPE e valores
Planilha com nomes e valores foi apreendida pela PF na casa de Eder Moraes

Na busca e apreensão realizada na residência do ex-secretário de Estado Eder Moraes, no dia 19 de fevereiro, a Polícia Federal encontrou uma planilha contendo o nome de 47 membros do Ministério Público Estadual (MPE).
Na relação, na frente de cada nome de promotor e procurador de Justiça, há as indicações "valor original", "valor corrigido" e "valor a pagar".
O total dos valores indicados, respectivamente, são: R$ 10.829.027,91 (valor original); R$ 10.660.733,93 (valor corrigido); e 7.995.550,45 (valor a pagar).
A procuradora da República Vanessa Cristhina Marconi Zago Ribeiro Scarmagnani, que atua em Cuiabá, anexou a planilha na denúncia feita pelo MPF à Justiça Federal contra o ex-secretário de Estado Eder Moraes; sua esposa Laura Tereza da Costa Dias; o secretário-adjunto do Tesouro de Mato Grosso, Vivaldo Lopes Dias; e o gerente do Bic Banco em Cuiabá, Luiz Carlos Cuzziol.
A denúncia foi recebida pelo juiz federal Jeferson Schneider no último dia 20 de maio.
Na denúncia, a procuradora da República afirma, sobre a planilha contendo nomes dos membros do MPE.
Nomes
"Neste ponto, é necessário destacar uma planilha apreendida na residência do investigado Eder Moraes, contendo lista indicativa de pagamentos a membros do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (auto de apreensão nº 42/2014 - autos nº 1972-16.2014.4.01.3600", disse.
"A referida planilha foi encontrada no mesmo local e circunstância da apreensão dos documentos que sugerem pagamento de propina a autoridades do Poder Executivo e Legislativo do Estado de Mato Grosso (notas promissórias, cheques, lista contábil de pagamento, operações bancárias e anotações de depósitos)", afirma a procuradora do MPF.
Ela ressalta que não é possível saber do que se trata a planilha. Mas observa os nomes do procurador-geral de Justiça Paulo Prado e do promotor de Justiça Marcos Regenold Fernandes – e os valores relacionados a ambos.
"Não é possível afirmar se ocorreu o pagamento, do que se trata, sua origem e licitude. Apenas que ao Procurador de Justiça Paulo Roberto Jorge do Prado é apontada a quantia de R$ 516.778,92, ao Promotor de Justiça Marcos Regenold Fernandes a quantia de R$ 59.700,54", afirma a procuradora na denúncia.
Outro lado
A reportagem tentou falar com o procurador Paulo Prado, por meio de seu telefone celular. As ligações não foram atendidas. Uma das assessoras do MPE também não atendeu as ligações feitas.

21/05/2014 20h4

Procuradores defendem sigilo

na divulgação de informações

da Operação Ararath


André Richter - Repórter da Agência Brasil Edição: Juliana Andrade

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) divulgou nota hoje (21) para defender a decisão da Justiça que proibiu a Polícia Federal (PF) de divulgar informações sobre a Operação Ararath 5, deflagrada ontem (20) em Mato Grosso. A entidade defende o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e afirma que a medida foi necessária para assegurar eficiência às investigações.

A associação considera levianas as acusações de que Ministério Público está amordaçando a Polícia Federal. Segundo a ANPR, o Código de Processo Penal garante a decretação do sigilo para preservar as investigações. “Inconformados com a impossibilidade de disseminar informações sobre uma operação, os delegados de PF, ou sua associação, atribuem, com previsível imprecisão, ao procurador-geral da República essa restrição. Na realidade, a ordem adveio do Supremo Tribunal Federal, à vista da existência de dados acobertados pelo sigilo.”

A entidade também declarou que os questionamentos sobre a imposição do sigilo devem ser feitos ao Supremo Tribunal Federal (STF), que deferiu o pedido. “A ANPR espera que o Departamento de Polícia Federal não exceda de seu elevado papel de cumprir, sem contestação, mandados judiciais, por maioria de razão, os advindos do STF”, declarou.

A manifestação da associação foi motivada pela divulgação de uma nota pela Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF). No texto, a associação declarou que a medida “calou” a Polícia Federal e chamou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de "censor-geral da República, Rodrigo Janot, de "censor-geral da República".

Saiba Mais

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21/05/2014 20h31

Delegados criticam sigilo

na divulgação de informações

da Operação Ararath


André Richter - Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) divulgou nota hoje (21) para criticar o sigilo na divulgação das informações sobre a Operação Ararath 5, deflagrada ontem (20) em Mato Grosso. A entidade declarou que a medida “calou” a Polícia Federal (PF).

Atendendo a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a Justiça proibiu que a PF divulgue qualquer informação relacionada à operação por meio do Departamento de Imprensa do órgão. Segundo a PGR, a medida foi requerida para garantir a efetividade do cumprimento dos mandados de busca e apreensão e das prisões. O pleito foi acatado pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), e pela Justiça Federal em Cuiabá.

Em nota, a associação considerou a imposição do sigilo como a “mais contundente violência sofrida pela instituição desde a redemocratização do Brasil”. 

A ADPF também cobrou o esclarecimento dos fatos que motivaram a medida. “Afinal, o que seria capaz de transformar o chefe do Ministério Público da União em um verdadeiro 'censor geral da República'? Também é preciso esclarecer os reais motivos que levam um ministro da mais alta Corte brasileira a aceitar os argumentos do Ministério Público Federal e impedir que a imprensa seja devidamente informada sobre o trabalho da PF, uma instituição respeitada e admirada por todos os brasileiros”, adianta.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que não vai se pronunciar sobre as críticas da associação.

Na operação, a PF investiga donos de empresas de factoring (fomento mercantil) que exerciam atividades exclusivas de instituição financeira, como a concessão de empréstimos, com exigência de garantia, e sem autorização do Banco Central. Por meio de operações de empréstimo fraudulentas, as empresas lavavam dinheiro e fraudavam o Sistema Financeiro Nacional, movimentando mais de R$ 500 milhões em seis anos. 

Ainda de acordo com a PF, a base do esquema era uma empresa de Várzea Grande (MT) que, oficialmente, encerrou suas atividades em 2012.

27/05/2014 16h35

Janot nega censura

à Polícia Federal


André Richter – Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco


O procurador Rodrigo Janot   José Cruz/Agência Brasil

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse hoje (27) que não houve censura na decisão que proibiu a Polícia Federal de divulgar informações sobre a Operação Ararath 5, deflagrada na semana passada em Mato Grosso.

Segundo Janot, o sigilo foi necessário para preservar a investigação. O procurador participou nesta terça-feira de reunião na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado sobre a reforma do Código Penal.

Atendendo a pedido do procurador, a Justiça proibiu que o departamento de imprensa da Polícia Federal divulgasse qualquer informação relacionada à operação. O pleito foi acatado pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), e pela Justiça Federal em Cuiabá.
“Não houve censura nenhuma. O que eu pretendi com isso é que a gente tivesse foco na própria investigação. A investigação tem um escopo, e esse escopo não pode ser driblado”, disse o procurador.

O sigilo provocou reações de entidades ligadas à Polícia Federal e de procuradores da República. Em nota, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal considerou a imposição do sigilo a “mais contundente violência sofrida pela instituição desde a redemocratização do Brasil”. A ADPF também cobrou o esclarecimento dos fatos que motivaram a medida.

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) também divulgou nota para defender Janot e disse que a medida foi necessária para assegurar eficiência às investigações. A associação considera levianas as acusações de que Ministério Público está amordaçando a Polícia Federal.