quarta-feira, 28 de maio de 2014

O JORNAL "OTEMPO" DE BELO HORIZONTE - http://www.otempo.com.br/ - PUBLICA DUAS MATÉRIAS SOBRE DROGAS. VEJAM A INSENSATEZ DOS LEGISLADORES NO CONGRESSO NACIONAL, DIANTE DE UMA CALAMIDADE EXISTENTE EM EXPANSÃO E CRESCIMENTO, COM SENADORES QUE DEVERIAM SE PREOCUPAR COM A EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL DE NOSSAS CRIANÇAS EM ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL, A SAÚDE DOS BRASILEIROS COM ASSISTÊNCIA DIGNA E ADEQUADA ÀS SITUAÇÕES INERENTES, A SEGURANÇA EM TODOS OS NÍVEIS PARA OS SETORES PRODUTORES, COMERCIAIS E A SOCIEDADE EM UM TODO; ... PORTANTO, SERÁ TAMBÉM UMA INSENSATEZ DE ELEITORES VOTAREM NOS POLÍTICOS QUE APROVAREM A LIBERAÇÃO DA MACONHA, OPORTUNIZANDO Á CIDADÃOS ENQUANTO INOCENTES, AOS CAMINHOS SEM RETORNOS DAS DROGAS MAIORES AINDA, EXISTENTES NO MUNDO DE HOJE...

PUBLICADO EM 28/05/14

 CRIMINALIDADE

ALTA
Traficantes estocam drogas
de olho na demanda da Copa

Média mensal de apreensões de cocaína em Minas subiu 293% em 2014,  

na comparação com o ano passado

Belvedere. Operação da Polícia Civil fechou casa que era usada
para guardar 1,5 tonelada de drogas

BERNARDO MIRANDA

A média mensal de apreensões de cocaína em Minas Gerais cresceu 293% em 2014, na comparação com o ano passado.[NORMAL_A] No caso da maconha, o aumento foi de até 22%. Quando consideradas as drogas em geral, o percentual é de 10%. A Polícia Civil afirma que reforçou as operações de combate ao tráfico, mas aponta a realização da Copa do Mundo no Brasil como o principal motivador da maior circulação de entorpecentes, uma vez que os criminosos estão intensificando as atividades a fim de garantir estoque de “mercadoria” no Mundial.

No ano de 2014, foram 409 ocorrências de apreensão de cocaína em Minas por mês, segundo dados da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). Em 2013, a média mensal foi de 104 ocorrências, o que representa alta de 293% (veja mais números no quadro ao lado)

O chefe do Departamento de Investigação Antidrogas da Polícia Civil, delegado Márcio Lobato, explica que o tráfico funciona como qualquer outro comércio, com a lei da oferta e da procura. Como vai haver uma circulação maior de pessoas, inclusive turistas durante os jogos, os traficantes querem aproveitar o momento para lucrar mais. “Eles precisam ter o produto em quantidade suficiente para ofertar, senão abrem concorrência e perdem os clientes. Por isso, estão trazendo quantidades maiores”, explica o delegado. Ele ainda destaca que o clima de festa gerado pela Copa é propenso a um maior consumo. O principal destino das drogas apreendidas é a região metropolitana de Belo Horizonte, conforme o policial.

Segundo Lobato, em todo o ano passado foram apreendidas quatro toneladas de drogas pela Polícia Civil. Somente nos últimos dois meses, foram mais de 2,7 toneladas encontradas em operações da corporação. Se levarmos em conta as apreensões da Polícia Federal no Estado, esse número sobe para 11 toneladas. “Para além da Copa, estamos intensificando nossas investigações e realizando mais operações”, conta o delegado. A Polícia Federal foi procurada durante a última semana, mas não quis se manifestar.

Análise. Na avaliação do especialista em segurança pública Robson Sávio, a Copa pode ter gerado uma movimentação maior de drogas, mas ele pondera que o reforço do aparato policial feito no ano do Mundial também pode ter influenciado.
 
“Às vezes, esse número maior vem de uma presença mais ostensiva do aparato policial e de maior empenho nos serviços de inteligência. O que é certo é que o que é apreendido representa apenas a ponta do iceberg do volume de drogas que chega ao Brasil”, afirma.


POLÊMICA

Maconha:

estudo do Senado

defende legalização controlada

“Possibilidade pode trazer benefícios e não representa ruptura 

ou ameaça à vida social”, diz texto

Em debate. No Brasil, o consumo, o plantio e a comercialização da maconha são considerados crimes


JOSÉ VÍTOR CAMILO


Enquanto parte do país estará praticamente parada por conta da Copa do Mundo, a discussão sobre a legalização 
da maconha no Brasil esquentará o clima do Senado Federal até meados de outubro. Tendo como relator o senador 
Cristovam Buarque (PDT-DF), a proposta de regulamentação da maconha para uso medicinal, recreacional e industrial 
no Brasil tem início na próxima segunda-feira (2), com uma audiência pública que reunirá autoridades sobre o assunto, 
entre eles Julio Calzada, secretário geral da Secretaria Nacional de Drogas do Uruguai, que no ano passado regulamentou 
o consumo, o plantio e o comércio da planta.

O debate começa após a sugestão nº 8, enviada por André Kiepper em fevereiro pelo portal e-Cidadania. A proposta ganhou o 
apoio de mais de 20 mil pessoas em apenas nove dias e chegou até Buarque, que pediu um estudo detalhado sobre o assunto. 
Divulgado pelo Senado anteontem, o estudo de 115 páginas foi produzido por Denis Murahovschi e Sebastião Moreira Junior, consultores da casa.

O sumário do estudo afirma que conclusão é de que “a possibilidade de regulação desse produto pode trazer benefícios e não representa necessariamente uma ruptura ou ameaça à vida social. O desafio que se aponta é o da legalização controlada, com a regulação de todo o processo – da produção e oferta à posse e consumo –, sujeita ao controle e fiscalização pelo Estado”, 
afirma o documento.

O estudo aponta que países com políticas mais duras em relação ao uso de drogas mantêm níveis mais elevados de consumo e de problemas relacionados a elas, em comparação aos que têm políticas mais liberais. Além disso, o documento aponta que a 
liberalização das penalidades aos usuários não leva ao aumento do consumo.

Marcha. 

Neste sábado, Belo Horizonte terá a Marcha da Maconha. Segundo o médico Paulo Fleury Teixeira, um dos ativistas do movimento, este promete ser um dos maiores. “Já temos mais de 4.000 confirmados no evento do Facebook. A concentração 
começa a partir das 13h na praça da Estação e, às 16h20, marcharemos em direção à praça da Liberdade”, informa o ativista. 
(Com Lucas Buzatti)

Raio X
180 mi de pessoas usam maconha em todo o mundo
US$ 2 mi arrecadou o Colorado (EUA) após legalizar a planta
9% dos usuários de maconha se tornam usuários crônicos da droga


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