30
DE MAIO DE 2014
DILMA:
"NÃO VOU LEVAR
DESAFORO PRA CASA"
Durante Encontro Estadual do PT em Minas Gerais, nesta sexta
(30), que promoveu a pré-candidatura do ex-ministro Fernando Pimentel a
governador, a presidente Dilma Rousseff defendeu os investimentos do governo
federal no Estado, fez duras críticas ao presidenciável do PSDB, Aécio Neves, e
afirmou que está pronta para mais uma disputa eleitoral; "Vamos
enfrentá-los de peito aberto, sem medo. Não vamos aceitar provocações. Eles
querem ganhar na marra. Vão descobrir pela 4ª vez que nós e o povo brasileiro
não se deixam enganar. Posso ser a Dilminha paz e amor mas não vou levar
desaforo para casa", disse; antes dela, o ex-presidente Lula afirmou
que os candidatos da oposição estão "mais raivosos e agressivos"
e conclamou a militância a defender o governo Dilma; na sua vez, Pimentel disse
que mineiros "vivem sentimento imenso de abandono" com governos
tucanos
247 - A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva participaram nesta sexta-feira (30) da abertura do
Encontro Estadual do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais, ao lado do
pré-candidato ao governo de Minas, Fernando Pimentel, em Belo Horizonte. O ato
faz parte da preparação para a Convenção estadual do partido que acontecerá em
junho.
Ao iniciar seu
discurso, o ex-presidente Lula disse que os candidatos da oposição estão
"mais raivosos e agressivos". "Nunca vi tanto desrespeito como o
que eles estão fazendo contra Dilma. Mas nós não podemos perder a
tranquilidade. Nós vamos ter que instituir agora a campanha 'Dilminha Paz e Amor'.
Eles passaram o governo dela todo dizendo que ela era raivosa, grossa, que não
recebia ninguém. Mas vamos mostrar o contrário. Vamos com cuidado. Estamos com
99% de possibilidade de reeleger Dilma. Vamos comparar os nossos 12 anos de
governo com os séculos de governos deles. Não devemos ter medo. Fizemos muito
mais do que eles em todos os setores. Até onde erramos, fizemos mais e melhor
do que eles", disse.
Lula conclamou a
militância e os partidos aliados a defender o governo Dilma. "A oposição
inventou agora um discurso para tentar dizer que não fizemos muito. Eles
criaram a tese de que tudo que aconteceu neste país foi esforço.
Por exemplo,
quando nós falamos que nós colocamos mais estudantes nas escolas em 12 anos do
que eles colocaram em um século, eles falam que os estudantes foram para escola
por esforço próprio. Mas se foi esforço próprio, porque não foi no governo de
FHC?. Afinal de contas, quando é que o um filho de pedreiro teve oportunidade
de ser engenheiro? Quando é que a filha de uma empregada doméstica teve a
oportunidade de ser médica?", questionou.
Ao final da sua fala,
de mais de 30 minutos, o ex-presidente disse ainda que não viajará mais para
fora do país nos próximos meses, porque "agora está no Brasil para fazer
campanha para a presidente Dilma".
DILMA: "TROUXEMOS BILHÕES E BILHÕES PARA MINAS"
Em sua participação, a
presidente Dilma Rousseff fez uma grande defesa da pré-candidatura de Fernando
Pimentel. "Conheço o Pimentel e confio no Pimentel. Você é o homem certo
na hora certa. É muito importante romper com a situação que vivemos hoje em
Minas Gerais. Tem um grupo querendo dominar Minas, mas os mineiros não irão
aceitar este tipo de político", disse.
A presidente Dilma,
assim como Lula, destacou investimento dos governos do PT em Minas Gerais.
"Foram bilhões e bilhões para muitas obras. Metrôs, barragens, BRTs",
destacou. Ela também rebateu críticas da oposição. "Andaram dizendo por aí
que as obras não tinham avançado porque o governo federal não tinha enviado
dinheiro. Isso é uma falsidade. As obras não avançaram porque o governo
estadual não terminou o projeto", disse.
Dilma também fez duras
críticas ao presidenciável tucano, Aécio Neves, mesmo sem citá-lo diretamente.
"Tem candidato que disse que quer ser eleito para impor medidas
impopulares. Querem trazer de volta um modelo que fracassou, o modelo
neoliberal. Querem trazer de volta a recessão, o desemprego, o arrocho
salarial, o aumento da desigualdade e toda a submissão que o Brasil tinha no
passado.
Tem candidato dizendo que o Brasil é um cemitério de obras. Ele
enxerga de forma míope o Brasil. O Brasil é um continente hoje repleto de
obras. Obras sociais, de saneamento, construção de escolas, postos de saúde.
Hoje eles estão tentando aparecer como grande defensores do Bolsa Família,
quando na verdade chamavam o programa de Bolsa Esmola", afirmou.
A presidente também
falou que o seu "desafio mais imediato" é "fazer a Copa das
Copas". "A gente não pode cair na armadilha de que a Copa do Mundo
não é um grande evento para o Brasil. É sim. Não tem essa história de Padrão
Fifa. O nosso padrão é o padrão da distribuição de renda e da garantia da
prestação dos serviços públicos", disse. "Hoje, não torcer pela
Seleção Brasileira é não ser capaz de ter orgulho do seu país e ter um imenso complexo
de vira-lata, como bem denunciou nos anos 50 Nelson Rodrigues",
afirmou.
Ao finalizar seu
discurso, Dilma disse que os candidatos da oposição "não vão enganar o
povo" e disse que está pronta para "enfrenta-los de peito aberto, sem
medo". "Não vamos aceitar provocações. Eles querem ganhar na marra.
Vão descobrir pelas 4ª vez que nós e o povo brasileiro não se deixam enganar.
Posso ser a Dilminha paz e amor mas posso dizer que não vou levar desaforo para
casa", encerrou, sendo ovacionada pela plateia.
PIMENTEL: "MINAS VIVE SENTIMENTO IMENSO DE ABANDONO"
O pré-candidato a
governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), disse que há no Estado um
"sentimento imenso de abandono". "O governo do Estado nestes 12
anos virou as costas para o povo. Não ouviu, não incluiu e nai respeitou o povo
de Minas. Quando chegamos em qualquer cidade, somos recebidos com alegria, mas
também com surpresa. Dizem que nunca fizeram isso antes", afirmou
Pimentel, a despeito das viagens que ele tem feito a todos municípios, através
da "Caravana da Participação".
Ele destacou ações do
governo federal no Estado, através do "Minha Casa Minha Vida",
Pronatec, Prouni, Luz para Todos e outros projetos que são desenvolvidos nos
municípios. "Quando olhamos Minas vemos o governo federal iluminando o
Estado. Não há ações do governo estadual. Há ausência completa", disse
Pimentel.