25/06/2014
Educação
Dilma anuncia
mais 100 mil bolsas para o
Ciência sem Fronteiras
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência
Brasil
Edição: Stênio Ribeiro
Em nova etapa, o
Programa Ciência sem Fronteiras deve oferecer mais 100 mil bolsas em
instituições de ensino estrangeiras, de 2015 a 2018, de acordo com anúncio,
hoje (25), da presidenta Dilma Rousseff.
Lançado em 2011, o
programa tinha por meta a concessão de 101 mil bolsas - 75 mil bancadas pelo
setor público e 26 mil por empresas privadas. Até o momento, foram efetivadas
83.184 bolsas. De acordo com Dilma, a meta será cumprida com as chamadas que
serão lançadas em setembro deste ano. Hoje, foram assinadas 5,2 mil bolsas por
empresas, das quais 5 mil pela Petrobras.
"Cada vez mais esse programa vai ter
uma interface com todos os demais programas de formação educacional e produção
científica e tecnológica do Brasil. Foi feito para garantir ao Brasil condições
de gerar, aqui, inovação", disse.
Ela destacou a
importância do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no contexto do programa,
uma vez que para participar do Ciência sem Fronteiras é preciso tirar no mínimo
600 pontos no exame. "Essa é uma das portas dos caminhos abertos pelo
Enem", ressaltou. Para participar, é preciso também proficiência em uma
segunda língua.
O ministro da
Educação, Henrique Paim, apresentou um balanço do programa, e disse que do
total de bolsas ofertadas, 52% são nos diferentes ramos de engenharia. "É
um avanço para o país, que muitas vezes não consegue avançar nessas
áreas".
O
programa é desenvolvido pelo Ministério da Educação, em parceria com o
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O MEC distribui 65% das bolsas,
via seleções da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes).
Paim também destacou a
contribuição dos pesquisadores estrangeiros ao Brasil. "A vinda dos
estudantes do exterior nos mostrou que temos que avaliar e refletir em torno do
nosso ensino superior. Eles dão ênfase à parte prática, e este é um esforço que
estamos fazendo".
O objetivo do programa
é promover a mobilidade internacional de estudantes e pesquisadores, e
incentivar a visita de jovens pesquisadores altamente qualificados e professores
seniores ao Brasil. O Ciência sem Fronteiras oferece bolsas, prioritariamente,
nas áreas de ciências exatas, matemática, química e biologia, engenharias,
áreas tecnológicas e da saúde.
Governo lança programa
de incentivo à pesquisa em
ciência, tecnologia e
inovação
A presidenta Dilma Rousseff participa da
reunião do Conselho
de Ciência e Tecnologia e da Mobilização
Empresarial pela Inovação
Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
Edição: Juliana Andrade
O governo federal lançou neste 25, quarta, O Programa Nacional de Plataformas do Conhecimento, com o
objetivo de estimular a pesquisa na área de ciência, tecnologia e inovação.
Pelo prazo de dez anos, o programa vai incentivar a pesquisa em 20 áreas do
conhecimento, como agricultura, saúde, energia e defesa.
Cada plataforma, segundo
o programa, vai reunir lideranças científicas para organizar recursos e desenvolver
produtos com o apoio de empresas para lançá-los ao mercado. Para isso, o
governo pretende lançar editais de fomento e financiamento, a fim de que
pesquisadores e empresas se candidatem e desenvolvam seus projetos.
A iniciativa foi lançada
em reunião do Conselho de Ciência e Tecnologia, no Palácio do Planalto, com a
participação da presidenta Dilma Rousseff, que assinou um decreto instituindo o
programa. De acordo com as diretrizes, por meio de regime especial, serão
contratadas pessoas e compras para o desenvolvimento do projeto.
Também participaram da reunião integrantes
do grupo Mobilização Empresarial pela Inovação.
Um Comitê Gestor será
integrado por representantes de seis ministérios a fim de acompanhar o
programa. Cronologicamente, as plataformas passarão pelas etapas de seleção da
capacidade científica, inscrição e seleção dos pré-projetos por meio dos
editais, julgamento e contratação das empresas e instituições de pesquisa e
avaliação dos resultados e da continuidade do financiamento.
No lançamento
Dilma defendeu que as parcerias do programa
envolvam a participação de empreendedores, ponham em prática as novas tecnologias
e tenham relevância econômica. “Eu confio que as plataformas terão critérios
muito claros para serem escolhidas, todas precisam combinar participação de
grupos de excelência em pesquisa de uma ou mais plataformas ou consórcio”,
disse a presidenta.
Ao ressaltar a
importância da educação na vida das pessoas, favorecendo o acesso à renda e à
ascensão social, a presidenta Dilma disse que é necessário que o Brasil tenha
não somente portas de saída dos estudantes. Segundo ela, o país precisa ser
“formado por técnicos, pessoas qualificadas profissionalmente”, para que elas
não venham a ter perda de renda futuramente.