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VÍDEOS 247
30 DE OUTUBRO DE 2014
DERROTA DA IMPRENSA,
MARCO REGULATÓRIO
E
POVO NO PODER
O Partido dos
Trabalhadores ressuscitou.
No decorrer dos quatro anos de Governo
Dilma Rousseff, o PT foi transformado em carne moída, a alimentar o moedor da
imprensa de negócios privados e a ser alvo constante de acusações provenientes
do Congresso Nacional, por intermédio das lideranças do PSDB, do DEM, do PPS e
até de alguns partidos de esquerda, que fizeram o jogo da direita, a exemplo do
PSOL e, posteriormente, o próprio PSB, que abandonou a coligação de 25 anos
para concorrer ao cargo de presidente da República com a candidatura de Eduardo
Campos, morto em acidente de avião em Santos (SP) e substituído por sua vice, a
ex-ministra do Meio Ambiente do Governo Lula, Marina Silva, da Rede
Sustentabilidade, partido que ainda não conseguiu se regularizar no TSE.
O partido mais importante do Brasil virou
um saco de pancadas, inclusive de setores do Ministério Público, do Judiciário,
bem como da Polícia Federal, especificamente ao que tange às alas tucanas e
conservadoras dessas instituições, que, nos governos de Lula e Dilma, nunca
sofreram interferências indevidas por parte do Executivo, além de receberem
todo o apoio material, estrutural e de pessoal dos governantes trabalhistas,
que no poder sempre demonstraram perfis de republicanos, e, com efeito, abriram
as portas dos palácios para os movimentos sociais e populares.
Contudo, o PT, que incorreu em muitos
erros e equívocos, afinal um partido é composto por homens e mulheres, passou a
sofrer uma campanha negativa, sem trégua e água, por parte dos magnatas
bilionários de imprensa e seus empregados como nunca se viu antes neste País.
Nem mesmo os históricos presidentes trabalhistas Getúlio Vargas e João Goulart,
a respeito do "mar de lama" do direitista Carlos Lacerda, conhecido
também como o "Corvo", enfrentaram uma mídia tão poderosa e
diversificada, como ocorreu com os petistas Lula e Dilma Rousseff.
Milhares de manchetes escandalosas,
notícias depreciativas e repercussões de acusações e denúncias de corrupção,
muitas delas vazias, pois sem provas e contraprovas, desaguaram nas portas do
Palácio do Planalto como se fossem uma sequência de tsunamis, porque o
propósito da máquina midiática comercial e privada e de seus cúmplices — as
lideranças de direita na Câmara e no Senado —, bem como procuradores-gerais e
juízes, a exemplo de Roberto Gurgel, Marco Aurélio de Mello, Gilmar Mendes e
Joaquim Barbosa, dentre muitos outros, era, e ainda continua a sê-lo, a busca
sistemática pela criminalização do PT, do Governo Trabalhista, de suas
lideranças históricas e, evidentemente, efetivar o desgaste político de Lula e
Dilma, dois presidentes populares de grande força ideológica e eleitoral.
O PT, acossado pelo bombardeio midiático
e de setores poderosos do próprio Estado nacional, enfim, passou a reagir, até
porque antes tarde do que nunca. Sua campanha e propaganda eleitorais deste ano
significaram a ressurreição da agremiação de esquerda, que, porém, demorou de
mais para se soerguer e se contrapor, com força, às acusações infundadas,
porque as que foram comprovadas a Polícia Federal, nos governos trabalhistas,
encarregou-se de investigar e prender, quando necessário, os corruptos e os
corruptores do dinheiro público.
O sucesso das ações da PF foi confirmado,
indubitavelmente, por intermédio dos altos índices e números de investigações,
operações, repressões e prisões, no que concerne ao combate à corrupção e
outros crimes combatidos pelas administrações petistas, que, apesar das falhas
humanas, não varreram a sujeira para debaixo do tapete, como ocorreu nos
governos tucanos de FHC, cujo procurador-geral da República foi apelidado de
engavetador-geral. Sem comentários...
Contudo, a derrota do PSDB e de partidos
traidores das causas populares, como o PSB, e de políticos cooptados pelo
sistema de capitais, a exemplo de Marina Silva, não pertence somente aos
tucanos. Destaco que a Sonhática escancarou, definitivamente, as portas da
direita partidária, do empresariado mais reacionário, do porte dos banqueiros,
e do conservadorismo político e ideológico para ela entrar ao apoiar o
candidato de direita, o tucano Aécio Neves. Marina está agora em seu devido
lugar, e sua opção não tem volta. Marina é o Roberto Freire de saia. Sua
escolha no segundo turno foi soberana, direito de cidadã livre, mas escolha
grave, porque ela enterrou, sem qualquer apelação, seu passado de lutas
populares.
Ponto!
Os magnatas bilionários de imprensa e de
todas as mídias cruzadas e seus capatazes perderam. São os principais
derrotados dessas eleições. Uma derrota acachapante e retumbante, porque eles
agem como se fossem sombras, como seres das penumbras ou dos lodos. Todavia,
tais barões são covardes, porque brigam e lutam contra um partido político que
não tem acesso aos meios de comunicação privados, que se transformaram em um
partido político de direita e de extrema direita, sem, no entanto, serem
legalizados para agirem dessa forma, em uma parcialidade que remonta a imprensa
dos regimes ditatoriais em qualquer era ou época da história da humanidade.
Mais do que o PSDB e seus coligados, mais
do que certos setores do MP, da PGR, do STF e de outros tribunais superiores, a
imprensa corporativa e historicamente golpista é a maior derrotada. A imprensa
das mentiras e das meias verdades, a imprensa da manipulação e dos escândalos
de caracteres marqueteiros, das denúncias e das acusações não comprovadas —
vazias.
A imprensa de direita e ponta de lança
dos interesses dos grandes trustes internacionais e aliada dos governos
estrangeiros de países de DNA colonialista e imperialista.
A imprensa hedonista e arrivista: a protagonista da derrota.
Alvo de um nocaute emblemático, cujo
ringue é a eleição presidencial de 2014.
Por isso se torna urgente a efetivação do marco regulatório para os meios
de comunicação, que é constitucional.
Além da reforma política, que vai proibir
o financiamento privado de campanhas e, consequentemente, diminuir a corrupção,
o marco regulatório não deixa também de ser uma reforma, apesar de sê-lo uma
ferramenta de regulação e regulamentação de um setor econômico, que se
considera acima da lei e dos interesses legítimos do povo brasileiro.
Todo mundo sabe que os magnatas
bilionários das mídias cruzadas vão berrar, chorar, mentir, dissimular e
manipular essa questão tão cara ao Brasil e seu povo.
Entretanto, não há mais como o governo
empurrar com a barriga a construção de um País mais justo, igualitário e
democrático no que é relativo a esse setor econômico, que luta para não ser
inserido no contexto social, a se submeter às leis e a responder por seus erros
e acertos, e, quando cometer crimes, ser punido, como ocorre com outros
segmentos da sociedade tementes à Lei.
O PT e o Governo Trabalhista devem a regulação das mídias — a Lei dos
Meios ao Brasil.
Ponto!
Salutar também, pois, com efeito, é a
presidenta Dilma Rousseff não se "esquecer" do marco, porque não
seria justo, à sociedade brasileira como um todo e aos militantes da democracia
e das causas populares, que deram seus tempos e suas coragens para enfrentar o
poderoso sistema midiático empresarial, além dos seus áulicos da perversidade e
da iniquidade esparramados em todos segmentos da vida brasileira.
A vitória pertence ao PT, ao PCdoB, aos seus aliados políticos e eleitores
do Brasil de almas democráticas e humanistas.
A vitória também pertence aos combatentes
e generosos blogueiros progressistas, que, aos milhares, realizaram
contrapontos às versões de notícias e manchetes inúmeras vezes manipuladas pela
imprensa empresarial e familiar, que foi desmentida prontamente quando
necessário.
Se não fosse a internet e o protagonismo
dos blogs e sites "sujos", acredito que o candidato da direita, o
tucano Aécio Neves, sairia das eleições como vencedor.
A imprensa burguesa não fala mais
sozinha.
A vitória do PT e de Dilma retrata,
sobretudo, a grandeza e o humanismo do povo brasileiro.
O povo no poder! É isso
aí.