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Herança maldita
e transição de faz de conta
Bagunçar
a casa o máximo possível para o próximo inquilino. Parece ser essa a tática do
PSDB na transição para o governo estadual petista em Minas Gerais. Passando por
cima dos interesses do povo mineiro e apostando somente na disputa partidária
vazia, os tucanos aproveitam seus últimos suspiros no Governo de Minas para
aumentar a dívida, envenenar o orçamento do próximo ano e criar armadilhas para
a próxima gestão.
Talvez
o maior presente de grego deixado pelos governos de Aécio, Anastasia e Alberto,
a dívida pública mineira consolidada já chega a 90 bilhões de Reais,
comprometendo o orçamento de 2015 em 6 bilhões. Os últimos empréstimos
realizados pelo governo tem sido utilizados para cobrir o déficit orçamentário
anual, avaliado em 8,5 bilhões de Reais. Uma manobra irresponsável do ponto de
vista econômico e que garante o efeito bola de neve para a dívida mineira por
mais algum tempo.
Aliada
a um crescimento pífio do PIB, dependente da extração de minério, a fórmula do
Choque de Gestão não construiu alternativas econômicas para Minas Gerais, o que
resultou em um estado falido, quebrado e com pequena arrecadação.
Também
fazem parte da herança maldita do PSDB em Minas os 8 bilhões de Reais desviados
da Saúde e os 8 bilhões de Reais desviados da Educação, que não tiveram seus
mínimos constitucionais respeitados nos últimos 12 anos. Assim como a carreira
congelada dos servidores públicos estaduais e o pagamento dos servidores da
Educação abaixo do Piso Salarial Nacional.
A extinção do Funpemg (Fundo de
Previdência do Estado de Minas Gerais) como forma de apropriação dos recursos
do fundo para cobrir os déficits do caixa mineiro selou a depredação social
promovida pela trinca de Ás dos tucanos mineiros.
De
forma irresponsável, a transição em Minas Gerais ocorre como um jogo de cena,
no qual se arrolam documentos que já são públicos, listas infindáveis de nomes,
mas nada que apresente um quadro real do estado.
Soma-se
a isso uma sequência de manobras que transformaram a Assembleia Legislativa em
uma verdadeira “casa de armadilhas e arapucas”, como é o caso da PEC 69, que ao
invés de resolver o problema grave criado para os professores da Lei 100,
apenas o empurra pra frente.
Ou ainda o projeto de reajuste linear dos
servidores estaduais retroativo a outubro, que coloca nas mãos do próximo
governo uma responsabilidade que deixou de ser cumprida pelos próprios tucanos.
O “orçamento impositivo”, que ainda segue em debate no Congresso Nacional, aqui
em Minas Gerais tramita às pressas pelas mãos dos tucanos, que tentam a todo
custo ditar as despesas de Pimentel para o ano que vem.
De
toda essa história, uma coisa é certa: serão necessárias muitas auditorias e
CPI’s para desenterrar os esqueletos que os tucanos agora insistem em esconder.