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19 DE NOVEMBRO DE 2014
MILITARES AVISAM
RADICAIS: O BRASIL
É UMA DEMOCRACIA
Os
três chefes das Forças Armadas, o almirante Julio Soares de Moura Neto, o
general Enzo Peri e o brigadeiro Juniti Saito, falaram à jornalista Monica
Bergamo sobre as manifestações radicais que pediram a volta da ditadura e
conseguiram atrair até um ex-guerrilheiro que combateu o regime militar como o
senador Aloysio Nunes (PSDB-SP); Moura Neto falou em militares "inseridos
na democracia"; Saito criticou "extremistas";
Peri afirmou que o
Brasil vive ambiente de "absoluta normalidade"
247 - Depois das manifestações de
grupos radicais no último dia 15, que chegaram a pedir a volta da intervenção
militar no Brasil, em protestos que atraíram até ex-guerrilheiros, como o
senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), a jornalista Monica
Bergamo decidiu ouvir os chefes das Forças Armadas.
Os três, o general Enzo Peri, o brigadeiro Juniti Saito e o almirante
Julio Soares de Moura Neto, falaram num ambiente de absoluta normalidade
institucional.
"Os militares estão totalmente inseridos na democracia e não vão
voltar. Isso eu garanto", disse o almirante Julio Soares de Moura Neto,
comandante da Marinha. "Os militares só
voltam em seu papel institucional, que é o que têm hoje", afirmou.
Saito, por sua vez, criticou os radicais. "São opiniões de extremistas", afirma, antes de sentenciar.
"É algo impossível de acontecer. Só quem poderia tentar fazer isso é o
pessoal da ativa. E, como nós não queremos nada nesse sentido, não há a menor
chance de essas ideias evoluírem."
Peri também rechaça a pregação golpista. "Nós vivemos há muitos
anos em um ambiente de absoluta normalidade."
Na última manifestação, até mesmo alguns de seus "líderes", como
o cantor Lobão, desistiram de participar, quando se deram conta de que um dos
objetivos era a volta de uma ditadura no País.