1 blog - 1 página - Twitter, + de 30 grupos no Face, + de 450 comunidades no google+, + de 370 conexões LinkedIn - 342.936 visualizações/25 meses -
22 DE JANEIRO DE 2015
GESTÃO TUCANA ESCONDEU CRISE NO ABASTECIMENTO
DE ÁGUA
EM MINAS
Mesmo sabendo que o Sistema Paraopeba, que abastece a Região
Metropolitana de Belo Horizonte, estava em queda contínua desde o início de
2014 e operava abaixo de 50%, a gestão tucana em Minas Gerais não adotou
qualquer medida de contingenciamento ou emergência para evitar que a situação
se tornasse crítica; em reportagem publicada no início de agosto, em plena
campanha eleitoral, pelo jornal Estado de Minas, o então presidente da
companhia, Ricardo Simões, tranquilizava a população e dizia que os níveis dos
reservatórios estavam dentro da normalidade
Minas
247 - Segundo fontes da Copasa, mesmo sabendo
que o Sistema Paraopeba, que abastece de água a Região Metropolitana de Belo
Horizonte, estava em queda contínua desde o início do ano e operava abaixo de
50%, a gestão tucana em Minas Gerais não adotou qualquer medida de
contingenciamento ou emergência para evitar que a situação se tornasse crítica.
Em
reportagem publicada no início de agosto, em plena campanha eleitoral, pelo
jornal Estado de Minas, o então presidente da companhia, Ricardo Simões,
tranquilizava a população e dizia que os níveis dos reservatórios estavam
dentro da normalidade.
Segundo
o jornal, ele afirmou na ocasião que não haveria problema de racionamento na
região "mesmo com estiagem severa" a partir de outubro.
Em 21
de outubro, Simões voltou a negar a possibilidade, em entrevista coletiva.
"Não temos risco de desabastecimento. Estamos com abastecimento da região
metropolitana sob controle total, o abastecimento se dando de forma
normal", defendeu.
Ainda
no ano passado, técnicos da empresa já davam como real o risco de "colapso
do sistema" a partir de julho deste ano se nenhuma medida fosse tomada e o
regime de chuvas permanecesse o mesmo. A situação já seria crítica pelo menos
desde agosto de 2014.
Quando
Simões deu a primeira declaração, em agosto, o nível do Sistema Paraopeba
estava em 50,51%. Na segunda declaração, já havia baixado para 39,7%.
Em
dezembro, o nível já havia caído para menos de 33,46%.
Embora
negasse a dimensão da crise e o risco de desabastecimento, a gestão anterior,
segundo técnicos da empresa, já operava com as chamadas "manobras de
rede", o famoso rodízio, em que se alternam os dias de fornecimento de
água para as cidades e bairros a fim de garantir o abastecimento.
As
"manobras de rede", no entanto, não seriam publicamente admitidas.
A
dúvida já havia sido levantada em reportagem do jornal O Tempo, publicada em
outubro, em que leitores reclamavam da falta de água: "Para minha
surpresa, [ao ligar para a Copasa] a atendente disse que os reservatórios
estavam vazios e, por isso, a empresa optou por fazer um rodízio na
distribuição entre várias regiões".
Ao
comentar o assunto, em entrevista coletiva concedida em outubro, o antigo
presidente da empresa atribuiu a questão a "situações pontuais" na
rede.
"Nós
temos ai quilômetros de rede, que trabalham pressurizadas 24 horas por dia,
portanto, estão sujeitos a rompimento", disse.