segunda-feira, 23 de março de 2015

COM “ESSES” 300 A 400 PICARETAS E ACHACADORES, TEREMOS UMA REFORMA POLÍTICA COMO ESPERAMOS E PRECISAMOS,???



FCO.LAMBERTO FONTES
JORNALISMO INTERATIVO DE ARAXÁ / MG / BR
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21 DE MARÇO DE 2015

AS LIÇÕES
DA QUEDA DE CID GOMES
Quem governa o Brasil é ou não refém
 de “300 picaretas” ou de “400 achacadores”?
Como sair desse impasse?








Muito antes de ser presidente, o então operário Luiz Inácio Lula da Silva 
denunciou a existência de "300 picaretas" no Congresso Nacional.

Quando chegou ao poder, organizou a maior coalizão governista que já se viu no País. Uma coalizão, diga-se de passagem, que lhe permtiu governar, mas também trouxe problemas a ele, como no caso do chamado "mensalão", e a sua sucessora Dilma Rousseff, nos episódios da "faxina ministerial" e, mais recentemente, da Lava Jato.
Agora, foi a vez de Cid Gomes, ex-ministro da Educação, diagnosticar a presença de "400 achacadores" no parlamento ­– ou seja, a cota de "picaretas" teria aumentado 33,33%.
Na quarta-feira, quando muitos esperavam que Cid pudesse se desculpar no Congresso, baixou nele o espírito de Ciro, seu mais do que arretado irmão.
Cid apontou o dedo para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e disse que é melhor ser chamado de mal-educado do que de achacador, reiterando sua acusação anterior. Naturalmente, caiu.
Para o governo Dilma, que atravessa um momento de convulsão política, teria sido melhor manter as aparências.
Cid pediria desculpas, diria que tropeçou nas palavras inadvertidamente e a vida seguiria em frente.
Aliás, nada disso seria necessário se ele próprio tivesse sido demitido de forma sumária quando sua declaração vazou, há pouco mais de uma semana.
Assim, seguiríamos a máxima de La Rochefoucauld: a hipocrisia é uma homenagem que o vício presta à virtude.
Ocorre que, em momentos turbilhonares, como o atual, a verdade tem mais valor do que a hipocrisia.
Afinal, o que revela o "sincerídio" de Cid Gomes?
Nada menos que o altíssimo custo da chamada governabilidade no Brasil. 
No momento em que o Brasil se vê, novamente, estarrecido com pagamentos a parlamentares, será que ninguém se pergunta qual é a origem disso tudo?
E mais: será que ninguém vê realmente a necessidade de uma reforma política, apenas porque esta não era a bandeira dos protestos do dia 15 de março?
Pois o caso Cid tem tudo a ver com a Lava Jato e todos os outros escândalos recentes do País.
A política, hoje, no Brasil é caríssima e leva ao financiamento privado, que leva à corrupção.
A governabilidade, com a miríade de partidos, também é cara e produz corrupção.
Só há uma saída:
reforma política e com urgência.