1 blog - 1 página - Twitter, + de 40 grupos no Face, + de 496 blogs e comunidades no google+, + de 376 conexões LinkedIn - 374.359 visualizações / 27 meses
30 DE MARÇO DE 2015
PSDB E 'VEMPRARUA'
ABRAÇAM
O
TERRORISMO ECONÔMICO
Ao usar os acordos de leniência que vêm sendo
negociados entre as empresas envolvidas na Lava Jato e a União como pretexto
para pedir o impeachment da presidente Dilma Roussef, o movimento 'vemprarua',
braço tucano de mobilização nas redes sociais, assume a linha defendida pelo
ex-governador Alberto Goldman: quanto pior, melhor; o objetivo é quebrar as
empreiteiras, provocar desemprego em massa e, assim, com a deterioração
econômica, criar as condições para um golpe; estratégia foi explicitada nesta
segunda-feira por Rogério Chequer, empresário que até recentemente vivia nos
Estados Unidos e tem ligações com a Stratfor, empresa americana de inteligência
chamada de "CIA privada"; sobre os acordos de leniência, é evidente
que qualquer governo minimamente responsável, em qualquer país sério, tentaria
preservar empresas que empregam centenas de milhares de pessoas
247 - O movimento 'vemprarua',
instrumento de mobilização do PSDB nas redes sociais, assumiu sua nova linha de
discurso.
Nos protestos marcados para 12
de abril, irá pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em razão dos
acordos de leniência que estão sendo negociados entre as empresas envolvidas na
Lava Jato e a União.
“Não podemos ficar calados diante disso. O que parecia um plano
iniciado no Executivo, interferido no Judiciário, invadindo a AGU, passado pelo
TCU e aterrissado na Controladoria-Geral (CGU) começa a se deflagrar”, diz
Rogério Chequer, líder do 'vemprarua', que se diz apartidário, mas é tucano da
cabeça aos pés (saiba mais aqui).
Ao atacar os acordos de leniência, tanto o PSDB como o
'vemprarua', que são duas faces de uma mesma moeda, assumem a linha de ação
defendida explicitamente pelo ex-governador paulista Alberto Goldman: a do
quanto pior, melhor.
Em artigo publicado na Folha, Goldman escreveu que a deterioração
econômica é uma das condições necessárias para se obter um eventual impeachment
da presidente Dilma Rousseff.
Nos últimos seis meses, o setor da construção já demitiu cerca de
250 mil pessoas no Brasil. Estaleiros, como o Rio Grande, no Sul do País, e o
Enseada, na Bahia, estão praticamente fechando as portas.
Caso os acordos de leniência
sejam inviabilizados, como defendem o 'vemprarua' e o PSDB, o saldo de
demissões poderá superar a cifra de 1 milhão de trabalhadores, provocando o
colapso da infraestrutura no País.
É justamente por isso que a ação liderada pelos ministros Valdir
Simão, da Controladoria-Geral da União, e Luis Inácio Adams, da Advocacia-Geral
da União vem sendo tão bombardeada pela oposição, que, ainda que não assuma,
deseja o caos econômico e o desemprego em massa.
Apenas vozes isoladas, como o
deputado José Carlos Aleluia (DEM/BA), tiveram o bom senso de lembrar que a
engenharia é um patrimônio brasileiro e não deve ser destruído por razões
políticas.
Aleluia sabe, afinal, que qualquer governo responsável, em
qualquer país sério, agiria para preservar empresas que têm conhecimento
acumulado e empregam centenas de milhares de pessoas.
Um exemplo claro disso é o que ocorreu, por exemplo, com as
empresas Siemens e Alstom, acusadas de pagar propinas gigantescas ao redor do
mundo, inclusive no Brasil (não é mesmo, 'vemprarua'?) e se compromoteram a
adotar práticas anticorrupção.
O compromisso de Chequer, no entanto, não é com o Brasil.
Até recentemente, ele vivia nos
Estados Unidos e, aparentemente, era uma das fontes de informação da empresa
americana de inteligência Stratfor, um braço privado da CIA (saiba mais aqui).
31 DE MARÇO DE 1.964
E O DIA DO
GOLPE, COMO ELES MESMOS O FIZERAM HÁ 51 ANOS ...
1 blog - 1 página - Twitter, + de 40 grupos no Face, + de 496 blogs e comunidades no google+, + de 376 conexões LinkedIn - 372.646 visualizações / 27 meses
25/03/2015
POLÍTICA
O
risco
de chegar atrasado
ao dia do golpe
Fortalecidos pela magnitude das manifestações
do dia 15 de março,
os organizadores do dia 12 de abril já
organizam
um golpe na democracia brasileira.
Juarez Guimarães
Créditos da foto: José Cruz/Agência Brasil |
A coluna de Jânio
de Freitas no jornal Folha de S. Paulo do domingo 22 de março – “Começar mais
uma vez” - deve ser justamente saudada como a expressão nitidamente instalada
na consciência democrática e republicana brasileira de que a direção do PSDB já
está publicamente inserida em uma campanha golpista.
Como recordamos no
ensaio publicado nesta Carta Maior - “Por que ainda é possível
derrotar a campanha golpista do PSDB? - , já havíamos formulado este
diagnóstico em dezembro de 2014.
Não há mais lugar para a inconsciência ou
subestimação da ameaça que ronda a democracia brasileira: já está em curso uma
disputa pública bastante avançada sobre a legitimidade democrática da
interrupção do segundo mandato da presidenta Dilma Roussef em seus inícios.
Pesquisas recém
divulgadas - elas próprias fazem parte da campanha midiática - dão um alto grau
de impopularidade da presidenta, quatro quintos da população com a opinião de
que ela sabia da corrupção na Petrobrás, três quintos marcando a opção de que
ela não fez o que deveria para interrompê-la.
Na pesquisa CNT/
Sensus, divulgada no dia 23 de março, 59% da população já apoiaria a proposta
do impeachment da presidenta, seguindo altos índices de impopularidade do
governo e de rejeição .
Se já é nítida a vontade e também a
estratégia golpista do PSDB, é preciso agora diagnosticar o tempo em aceleração
do processo político em curso: há um risco enorme do governo Dilma e das forças
políticas que o sustentam chegarem atrasadas... ao dia do golpe.
Há boas razões para prever que o anunciado dia 12 de abril, marcado para convergir um novo protesto nacional de ruas contra a presidenta Dilma e o PT, está sendo pensado como um dia da instalação do golpe na democracia brasileira. Como isto poderia se dar?
A sua formulação de legitimidade democrática já está sendo publicamente exposta por FHC, cuja voz pública tem desde o início formulado o diapasão dos golpistas: se em dezembro já questionava a legitimidade da vitória eleitoral de Dilma, atribuindo a ela uma semi-legitimidade ou uma idéia de um país dividido ao meio, após o dia 15 de março já diferencia o impeachment por razões políticas do impeachment por razões técnicas: o primeiro poderia se dar por uma razão clara de ingovernabilidade.
Há boas razões para prever que o anunciado dia 12 de abril, marcado para convergir um novo protesto nacional de ruas contra a presidenta Dilma e o PT, está sendo pensado como um dia da instalação do golpe na democracia brasileira. Como isto poderia se dar?
A sua formulação de legitimidade democrática já está sendo publicamente exposta por FHC, cuja voz pública tem desde o início formulado o diapasão dos golpistas: se em dezembro já questionava a legitimidade da vitória eleitoral de Dilma, atribuindo a ela uma semi-legitimidade ou uma idéia de um país dividido ao meio, após o dia 15 de março já diferencia o impeachment por razões políticas do impeachment por razões técnicas: o primeiro poderia se dar por uma razão clara de ingovernabilidade.
Seria uma decisão
política do Congresso Nacional.
Esta formulação
tem, em linhas gerais, sido seguida por várias lideranças nacionais do PSDB.
O dia 12 de abril poderia, em uma
imaginação golpista, através do cerco simbólico a centros do poder, inaugurar
uma agenda de um lock-out nacional – como se fez um teste, por exemplo,
misturando reivindicações de caminhoneiros com o “fora Dilma” - , em uma cena
dramaticamente configurada por todos os meios de comunicação empresarial de
massa.
Seria previsível
neste contexto o acirramento dos ataques, inclusive físicos, a símbolos e sedes
do PT, seguindo a linha da criminalização do partido que já freqüenta as
manchetes dos jornais, como a manchete de O Globo de 21 de março.
Neste campo de previsão, o dia 12 de abril
seria o dia 15 de março mais centralizado politicamente na exigência da
renúncia ou saída imediata de Dilma (como aliás vem já sendo convocado nas
redes), com mais envolvimento empresarial, com mais dramatização anti-petista e
anti-governo (através de novas delações, depoimentos de Youssef na CPI,
generalização das denúncias de corrupção em outras empresas estatais, algum
testemunho ou ilação vinculando a corrupção ao PT ou à campanha de Dilma), com
mais simbolismo (centro em São Paulo, mas simbolicamente estabelecendo o cerco
em Brasília ao Palácio do Planalto).
Em uma cena de tal dramatização, seria possível confiar que a maioria da Câmara Federal está suficientemente posicionada a favor do governo para resistir a uma ação direta amparada em forte sentimento nacional captada nas redes midiáticas ou pesquisas de opinião?
Em uma cena de tal dramatização, seria possível confiar que a maioria da Câmara Federal está suficientemente posicionada a favor do governo para resistir a uma ação direta amparada em forte sentimento nacional captada nas redes midiáticas ou pesquisas de opinião?
Três dinâmicas
Toda a inteligência da estratégia golpista
do PSDB está em que o seu núcleo real de comando organiza a manifestação
pública mas não a convoca: para lhe dar um sentido “cívico”, para além
dos partidos, as redes sociais e o engajamento direto da mídia empresarial de
massa cumprem este papel.
As principais
lideranças do PSDB, do DEM, do PPS, do Solidariedade aparecem de forma discreta
ou apenas “apóiam”, dissolvidas no verde-amarelo cívico.
Sem a presença explícita da mediação dos
partidos, governos ou empresas, esta dinâmica de ruas, redes e mídias pode
desenvolver todo o seu potencial anti-democrático em três dimensões
fundamentais.
Em primeiro lugar, a aceleração do tempo político: não há que esperar o processo jurídico, o processo parlamentar da democracia.
Há, de fato, uma
sincronia entre a ação do PSDB que queria evitar a posse de Dilma e já
adiantava o compasso da desestabilização do governo antes do seu início e a
marcha da impaciência que mexe com os nervos à flor da pele dos manifestantes.
Um jovem, bastante
aplaudido ao microfone, na manifestação do dia 15 de março na avenida
Paulista acusava os “políticos que querem sangrar o governo Dilma” de serem
conciliadores!
Em segundo lugar, a intolerância deve
saturar toda a cena: não se deve duvidar ou discutir a verdade de que o PT e o
governo Dilma são os principais culpados da corrupção no Brasil.
O discurso cívico
correto que não se deve tolerar a corrupção é dirigido unilateral e de modo
viesado para o discurso desqualificador de que não se deve tolerar o PT ou o
governo Dilma.
Esta fuga ao
contraditório democrático também não é espontânea mas criada pelo tratamento
seletivo das investigações, pela sua publicidade dirigida contra o PT nos
oligopólios de comunicação e, principalmente, pelo discurso oficial que tem a
sua origem, desde 2005, na inteligência do Instituto FHC.
“Para acabar com a
corrupção no Brasil, a solução é simples: basta tirar o PT do governo”, afirmou
Aécio Neves no último debate na campanha eleitoral de 2014; “perdi a eleição
para uma organização criminosa”, reafirmou após as eleições.
Em terceiro lugar, a cena da manifestação
deve estar aberta ao discurso do ódio: não deve haver limites para a violência
verbal ou simbólica. Erra, como quase sempre, o colunista parcial Elio Gaspari:
não se tratam de excentricidades ou slogans de pequenos grupos
fascista ou de ultra-direita.
O micro-fone está aberto à barbárie: um torturador não foi convidado à fala ao microfone na Paulista?
Bonecos da
presidenta Dilma e do ex-presidente Lula enforcados vistosamente na grade
do viaduto?
Mas esta violência
sem limites está já, como se observou, na fala das principais lideranças do
PSDB e nos meios midiáticos que controlam: a presidenta com o pescoço pronto
para ser ceifado na charge da primeira página de O Globo, a presidenta Dilma
rodando bolsinha na charge que ilustra um ponto de vista do editor do site UOL!
Vigília democrática
Esta inteligência estratégica golpista que
arma o tempo acelerado, a intolerância e o discurso do ódio deve ser enfrentada
desde já e com a máxima urgência por uma inteligência democrática, capaz de
mobilizar os fundamentos dos sentimentos democráticos, republicanos e
socialistas do povo brasileiro.
O primeiro desafio é tomar a pulsão verde amarela do tempo golpista através da antecipação de seus passos.
Já há elementos e
consciência suficientes para propor à sociedade brasileira uma vigília
democrática verde-amarela e de todas as cores e a formação de um amplo
movimento em defesa da democracia, das liberdades e contra a corrupção.
Esta vigília
democrática deveria ser capaz de mobilizar e denunciar oficialmente as
intenções golpistas de FHC, Aécio Neves, Rede Globo e dos grupos proto-fascistas
que organizam as manifestações pelo impedimento político da presidente.
Ele deveria ser
capaz de formar em torno de si toda uma rede diária e permanente de comunicação
democrática e popular, como fez Brizola em 1962 formando a partir de uma rádio
gaúcha toda um rede nacional pela legalidade da posse do vice-presidente Jango
Goulart após a renúncia de Jânio.
O segundo desafio é o de desconstruir a
autoridade do PSDB de conduzir a luta pelo fim da corrupção sistêmica no
Brasil, através de uma massiva campanha pública capaz de furar o bloqueio do
anti-pluralismo midiático.
As lideranças que
conduzem a campanha golpista estão cercadas por todos os lados de denúncias
documentadas de farta e sempre impune corrupção.
O PSDB é
certamente, pode se comprovar com razão e provas, o partido que dá a maior
cobertura e apoio à corrupção no Brasil!
Em particular, a
figura de Aécio, presidente do partido golpista, é alvo de vídeos de Youssef,
provas documentadas e periciadas, testemunhos convergentes que indicam a sua presença
em escândalos de corrupção.
Os golpistas
conseguirão manter isto à margem do conhecimento da opinião pública nacional,
da maioria dos brasileiros?
O terceiro grande desafio é o de
recoesionar a base política, social e eleitoral do segundo governo Dilma
através de uma rápida e urgente reorientação de política econômica, retomando
os temas do desenvolvimento, da construção dos direitos das classes
trabalhadoras, da ampliação e qualificação das políticas públicas, do
enfrentamento dos preconceitos contra os negros, as mulheres e os gays.
Não se pode lutar contra o ódio da direita golpista sem mobilizar, de modo profundo, as paixões e esperanças do povo brasileiro em defesa de seus direitos. Isto não acontecerá se o discurso, a imagem e os símbolos do governo estiverem atados à linguagem fatal da recessão, da restrição, mesmo que na margem, de direitos, na limitações das políticas públicas.
Esta vigília
democrática, por sua representação e força acumulada, com sua capacidade
de mobilização e denúncia, ainda teria condições de paralisar a estratégia
golpista que converge para o próximo dia 12 de abril.