FCO.LAMBERTO FONTES
Trabalha em JORNALISMO INTERATIVO
Mora em ARAXÁ/MG
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16 DE NOVEMBRO DE 2015
TRAGÉDIA EM MARIANA DEVE
CRIAR 'DESERTOS DE LAMA'
Sessenta
bilhões de litros de rejeitos de mineração de ferro foram despejados por mais
de 500 km na bacia do rio Doce; ‘Esse resíduo de mineração é infértil
porque não tem matéria orgânica. Vai virar um deserto de lama, que demorará
dezenas de anos para secar", afirmou Maurício Ehrlich, professor de
geotecnia da Coppe-UFRJ;
ambientalistas dizem ainda que rios podem secar
247 – Para ambientalistas,
as toneladas de lama que vazaram no rompimento de duas barragens da empresa
Samarco em Mariana (MG) podem secar rios e criar ‘desertos de lamas’. Sessenta
bilhões de litros de rejeitos de mineração de ferro foram despejados por mais
de 500 km na bacia do rio Doce.
‘Esse resíduo de mineração é infértil porque não tem
matéria orgânica. Vai virar um deserto de lama, que demorará dezenas de anos
para secar", afirmou Maurício Ehrlich, professor de geotecnia da
Coppe-UFRJ, em entrevista à ‘Folha de S. Paulo’.
Para Marcus Vinicius Polignano, presidente do Comitê de
Bacia do rio das Velhas e professor da UFMG, um dos mais graves efeitos é o
assoreamento de rios e riachos: "É algo irreversível. Fala-se em
remediação mas, no caso da lama nos rios, não existe isso. Não tem como
retirá-la de lá" (leia mais).
RIO DOCE ESTÁ MORTO,
DIZEM ESPECIALISTAS
Rompimento
de barragem em Mariana, que deixou nove mortos até o momento, mostra a outra
face da tragédia: o desastre ambiental, que deixou o Rio Doce – o mais
importante da região de Minas e Espírito Santo – como a principal vítima; de
acordo com especialistas, ele está oficialmente morto; a lama prejudicou a
biodiversidade do rio para sempre; ambientalistas não descartam a possibilidade
de que espécies endêmicas inteiras tenham sido soterradas pela lama dos
rejeitos da mineradora Samarco
Minas 247 - O rompimento de duas
barragens (Fundão e Santarém) em Mariana (MG) deixou nove mortos e 18
desaparecidos já foram contabilizados até o momento, segundo o Corpo de
Bombeiros. Mas outra face da tragédia vem se revelando: o desastre ambiental,
que deixou, por enquanto o Rio Doce – o mais importante de Minas Gerais – como
a principal vítima.
De acordo com especialistas, ele está oficialmente morto.
Uma análise
laboratorial encontrou na água do rio partículas de metais pesados como
alumínio, bário, boro, cobre, chumbo, ferro, e mercúrio.
De acordo com o
diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Baixo Guando, órgão
responsável pela análise, Luciano Magalhães, "parece que jogaram a tabela
periódica inteira" dentro do rio.
O dirigente informou que a água não tem
mais utilidade nenhuma, sendo imprópria para irrigação e consumo animal e
humano, de acordo com a revista Galileu.
A lama prejudicou a
biodiversidade do rio para sempre. Ambientalistas não descartam a possibilidade
de que espécies endêmicas inteiras tenham sido soterradas pela lama.
Em consequência da
lama, o rio teve o seu curso natural bloqueado, perdendo força e formando lagoas,
que também não devem ter vida longa, pois, esgoto, pesticidas e agrotóxicos
estão sendo carregados pelas águas, além de minérios.
No início deste mês,
a mineradora Samarco informou que cerca de 62 milhões de metros cúbicos de
rejeitos foram liberados no meio ambiente, o suficiente para encher 24.800
piscinas olímpicas.