segunda-feira, 16 de novembro de 2015

ISTO AINDA É CONSEQUÊNCIA DESASTROSA DO ESTADO DE EXCEÇÃO, DE " UM SÓ PODER " CRIADO E ADMINISTRADO POR AÉCIO NEVES E ANTÔNIO ANASTASIA, QUANDO PSDB E DEMOCRATAS PERMITIAM TODAS AS INTERVENÇÕES DANOSAS AO MEIO AMBIENTE ESTADUAL E MODIFICAÇÕES CRIMINOSAS EM LEIS AMBIENTAIS DE MINAS GERAIS... ESTES GESTORES, CONVENIENTEMENTE PERMITIAM NOS CONLUIOS DE SEUS INTERESSES PARTICULARES E POLÍTICOS...


FCO.LAMBERTO FONTES
Trabalha em JORNALISMO INTERATIVO
Mora em ARAXÁ/MG

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16 DE NOVEMBRO DE 2015


TRAGÉDIA EM MARIANA DEVE

 CRIAR 'DESERTOS DE LAMA'


Sessenta bilhões de litros de rejeitos de mineração de ferro foram despejados por mais de 500 km na bacia do rio Doce; ‘Esse resíduo de mineração é infértil porque não tem matéria orgânica. Vai virar um deserto de lama, que demorará dezenas de anos para secar", afirmou Maurício Ehrlich, professor de geotecnia da Coppe-UFRJ; 
ambientalistas dizem ainda que rios podem secar 

247 – Para ambientalistas, as toneladas de lama que vazaram no rompimento de duas barragens da empresa Samarco em Mariana (MG) podem secar rios e criar ‘desertos de lamas’. Sessenta bilhões de litros de rejeitos de mineração de ferro foram despejados por mais de 500 km na bacia do rio Doce. 

‘Esse resíduo de mineração é infértil porque não tem matéria orgânica. Vai virar um deserto de lama, que demorará dezenas de anos para secar", afirmou Maurício Ehrlich, professor de geotecnia da Coppe-UFRJ, em entrevista à ‘Folha de S. Paulo’.

Para Marcus Vinicius Polignano, presidente do Comitê de Bacia do rio das Velhas e professor da UFMG, um dos mais graves efeitos é o assoreamento de rios e riachos: "É algo irreversível. Fala-se em remediação mas, no caso da lama nos rios, não existe isso. Não tem como retirá-la de lá" (leia mais).

RIO DOCE ESTÁ MORTO, 

DIZEM ESPECIALISTAS



Rompimento de barragem em Mariana, que deixou nove mortos até o momento, mostra a outra face da tragédia: o desastre ambiental, que deixou o Rio Doce – o mais importante da região de Minas e Espírito Santo – como a principal vítima; de acordo com especialistas, ele está oficialmente morto; a lama prejudicou a biodiversidade do rio para sempre; ambientalistas não descartam a possibilidade de que espécies endêmicas inteiras tenham sido soterradas pela lama dos rejeitos da mineradora Samarco

Minas 247 - O rompimento de duas barragens (Fundão e Santarém) em Mariana (MG) deixou nove mortos e 18 desaparecidos já foram contabilizados até o momento, segundo o Corpo de Bombeiros. Mas outra face da tragédia vem se revelando: o desastre ambiental, que deixou, por enquanto o Rio Doce – o mais importante de Minas Gerais – como a principal vítima. 
De acordo com especialistas, ele está oficialmente morto.
Uma análise laboratorial encontrou na água do rio partículas de metais pesados como alumínio, bário, boro, cobre, chumbo, ferro, e mercúrio.
De acordo com o diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Baixo Guando, órgão responsável pela análise, Luciano Magalhães, "parece que jogaram a tabela periódica inteira" dentro do rio. 
O dirigente informou que a água não tem mais utilidade nenhuma, sendo imprópria para irrigação e consumo animal e humano, de acordo com a revista Galileu.
A lama prejudicou a biodiversidade do rio para sempre. Ambientalistas não descartam a possibilidade de que espécies endêmicas inteiras tenham sido soterradas pela lama.
Em consequência da lama, o rio teve o seu curso natural bloqueado, perdendo força e formando lagoas, que também não devem ter vida longa, pois, esgoto, pesticidas e agrotóxicos estão sendo carregados pelas águas, além de minérios. 
No início deste mês, a mineradora Samarco informou que cerca de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos foram liberados no meio ambiente, o suficiente para encher 24.800 piscinas olímpicas.