FCO.LAMBERTO FONTES
Trabalha em JORNALISMO INTERATIVO
Mora em ARAXÁ/MG
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19/02/2016
Perigo
à vista no
Congresso
Nacional
O que
está em questão para nós brasileiros, diante do avanço do capital para se
apropriar de ativos de nossas estatais e obter mais lucro, é a soberania
nacional, já que as estatais citadas são de áreas estratégicas para definição
das bases de um projeto de nação
O presidente do senado Renan Calheiros colocou a votação do
PL-555/2015 na terça (16), pós carnaval. Esse projeto de lei impõe um grande
risco à nação, a volta do processo de privatização das estatais brasileiras.
Uma ameaça de R$ 4,5 trilhões ao patrimônio do povo brasileiro, isso só
contabilizando os ativos das 140 estatais federais, segundo dados do Ministério
do Planejamento em dezembro de 2014.
Estão na mira dos interesses do mercado estatais como:
Petrobrás, Eletrobrás, Telebrás, Caixa
Econômica Federal (CEF), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), Banco do Brasil (BB), Banco da Amazônia (Basa), Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Correios, entre outros. Todas de grande valor
estratégico para o nosso país. O PL abrange além de 140 empresas estatais
federais também as estaduais, municipais e do Distrito Federal.
O objetivo é que
possa ser avaliado em menos de três meses. Incluído na Agenda Brasil proposta
pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também conta com apoio do
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o que possibilita grandes
chances de ser aprovado.
O texto do
projeto aponta para as seguintes medidas:
a) que as estatais deverão
manter em circulação no mercado pelo menos 25% das suas ações ordinárias;
b) altera a função social
das estatais, ou seja, não mais dá prioridade ao bem-estar da população
brasileira e sim ao lucro;
c) condiciona a direção das
estatais brasileiras a um pequeno grupo de executivos com formação, visão e
experiência de mercado.
Esses cargos ficam reservados exclusivamente a pessoas com comprovação de dez anos de mercado.
Ou seja, o capital privado será dono de boa parte do patrimônio, buscará somente o lucro e terá o comando total das empresas estatais.
Esses cargos ficam reservados exclusivamente a pessoas com comprovação de dez anos de mercado.
Ou seja, o capital privado será dono de boa parte do patrimônio, buscará somente o lucro e terá o comando total das empresas estatais.
Sem dúvida, veremos no oligopólio midiático brasileiro
argumentos como a corrupção na Petrobras para justificar a retomada do processo
de privatização e a aprovação do PL-555, entre outras estratégias semelhantes
para construir a visão do que é privado como mais competente, eficiente,
transparente e ético, que fazem parte da receita de bolo da manipulação ideológica.
O que está em questão para nós brasileiros, diante do avanço do
capital para se apropriar de ativos de nossas estatais e obter mais lucro, é a
soberania nacional, já que as estatais citadas são de áreas estratégicas para
definição das bases de um projeto de nação.
Não
podemos contar com o Congresso Nacional e pouco esperarmos dos governos.
Nos resta
a retomada das ruas com a mesma energia e criatividade do carnaval e assim
impedirmos mais um crime contra o povo brasileiro.